Cayden MacCionarth

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–É sério isso meu irmão? Vais premiar o povo daquele traidor o levando para viver com o nosso?

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–É sério isso meu irmão? Vais premiar o povo daquele traidor o levando para viver com o nosso?

–Alasdair, caro irmão, me conheces a vida inteira e sabes que nunca puni um inocente pelos erros do culpado, ao menos quando pude evitar

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–Alasdair, caro irmão, me conheces a vida inteira e sabes que nunca puni um inocente pelos erros do culpado, ao menos quando pude evitar.
–Mas eu não sei se podemos confiar nessas pessoas.
–E quando sabemos quando confiar em alguém?- ele disse com amargura.
Alasdair ficou quieto, sabendo que o irmão estava se recordando do passado, quando confiou na maldita traidora que quase o levou a morte. A desgraçada realmente destruiu qualquer mínima possibilidade do irmão confiar no amor novamente.
"Maldita inglesa! Eu te mataria mil vezes com prazer Elena sua imunda!", ele pensou.
Em silêncio esperaram os portões de seu castelo abrir e Cayden já se preparava para a objeção de sua gente.
Respirou fundo e entrou nas suas terras.
Seu povo o saudou com alegria, gritando e batendo palmas para si e para seus guerreiros.
–Viva o Lord! Viva MacCionarth!
A algazarra só parou quando Cayden subiu na mesa de pedra que ficava exatamente no centro de tudo. Todos ficaram quietos, pois sabiam que quando seu senhor se dirigia a esse lugar era para um pronunciamento de suma importância.
–Caro povo de MacCionarth, voltei de minha luta contra o traidor vitorioso.
Todos bateram palmas mas ele os fez parar com um gesto rápido das mãos.
–O traidor covarde deixou seu próprio povo a deriva. Essas pessoas abandonadas decidiram me acompanhar e jurar lealdade a mim.
Alguns começaram a protestar contra a ter o povo de traidor entre eles. A voz de um homem se destacou acima de todas.
–Como podemos confiar neles se não podemos confiar em seu senhor?
Do meio das pessoas de Ballinderry reunidas saiu Aeryn e foi até a frente desse homem.
–Como poderíamos trair o homem que nos salvou quando o nosso próprio senhor nos traiu? Realmente acreditas que nós ainda seríamos fiéis a quem nos arrancou maridos, pais, irmãos, filhos, tios e primos queridos para sacrificar numa batalha sem sentido? A traição dele atingiu a nós com mais força do que a qualquer um aqui!
Ela olhou com firmeza para as faces ainda em sobreaviso para com eles.
–Esse povo que você vê chora a morte de muitos amados. Aqui há quem chore pelo pai cujo apoio nunca mais terá consigo! Aqui há quem chore pelo marido ou noivo que nunca vai voltar para casa! Aqui há quem chore pelo filho cujo sorriso iluminava sua vida e nunca mais verá! Olhe aquele homem sem perna, ele só tinha um filho, que era todo o seu amparo na velhice, olhe para aquela viúva, como ela vai impedir que seus cinco filhos pequenos passem fome agora? Nós não pedimos a sua confiança, nem a confiança de seu senhor. Nós só queremos uma chance. E não sei quanto aos outros, mas eu quero ser julgada pelos meus atos e não pelos atos de alguém! Se não podem fazer isso e nos tratar com justiça que tipo de povo são vocês?
Com essas palavras todos ficaram quietos e já não sentiam vontade de protestar a permanência dos aldeões irlandeses ali.
–Creio que seria melhor que mostrassem a área onde os novos moradores dessas terras vão morar. Podem ir.- dispensou Cayden.
Soldados levaram o agora ex povo de Ballinderry para a área mais afastada.
Cada um voltou a seus afazeres e Cayden entrou no seu castelo junto com o irmão.
Logo ouviu um grito animado e uma jovem morena o abraçou com entusiasmo.

Logo ouviu um grito animado e uma jovem morena o abraçou com entusiasmo

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–Senti saudade de vocês dois!
–Nós também sentimos Eileen.
–E eu?- reclamou Alasdair - Não ganho abraço não?
–Claro que ganha irmãozinho!
Depois de colocar a conversa em dia com a irmã mais nova ambos foram tomar um longo banho e se preparar para a refeição.
Eileen mostrou preocupação com o fato de ter irlandeses como parte do povo do castelo.
–Eu não confio neles.
–Se nos traírem vão morrer!- afirmou Cayden em tom sombrio.
–Há soldados os vigiando minha irmã.- tranquilizou Alasdair.
–Fico mais tranquila.- ela disse, tremendo com o que aconteceu quando os três confiaram em uma estrangeira. Foi por muito pouco que Cayden não morreu. E o pior foi a rameira estrangeira ter escapado viva após sua traição.
"Viva, mas não intacta!", refletiu, sentindo um pouco de satisfação com o belo castigo que Cayden deu nela e no conde inglês velho, gordo e de cara de cavalo que agora era o marido de Elena. Cayden teve que deixar a maldita viva mas deixou uma bela marca para nunca se esquecer do preço da traição.
Elena com certeza pensaria duas vezes antes de planejar traições novamente.
Eileen respirou fundo para espantar os pensamentos ruins, embora sua outra preocupação também ocupasse sua mente. Como dar a seu querido irmão mais velho a notícia que mais o incomodaria?
–Cayden, ele veio aqui.
Ele soltou a carne que devorava e olhou para a irmã em estado de alerta.
–Lord Bailenfour?
–Sim, ele!
Cayden bateu com a mão na mesa em frustração.
–E isso agora!
–Ele quer que você cumpra a promessa irmão. Seus dias estão acabando!
–Não vou me casar com Catriona! Ela ainda cheira ao leite da mãe!
–Ela tem 14 anos já irmão. Se não se casar em poucos dias vai ter que casar com ela, sabe disso.
–Maldita promessa de meu pai! Como querer aquela criança mirrada e ressequida como esposa? Não deve nem aguentar carregar um filho no ventre! Morreria no primeiro parto, será que o pai dela não enxerga que a filha não está pronta para se casar? Dois anos atrás ainda tinha bonecas!
–O que você precisa é se casar o mais rápido possível.
–Quem seria essa mulher? Não quero ao meu lado alguém que não possa confiar mas o problema é que não confiaria em ninguém! E não quero uma criança assustada, quero uma mulher que saiba enfrentar o perigo que o vamos correr! Estamos em guerra, mulheres fracas só vão atrapalhar nesses tempos que ficam mais difíceis.
–Acho difícil alguma das filhas de nossos aliados estarem dentro de suas expectativas meu irmão. Você nunca confiou em nenhuma delas.
–E a quem vou confiar em momentos difíceis? Vocês sabem, sem mim aqui minha esposa seria a responsável por tudo. Quem nós vimos aqui que tem a coragem necessária para comandar esse povo e esse lugar? Quem estaria disposta a enfrentar tudo pelo seu povo? Onde vou encontrar essa mulher? Onde vou achar alguém que já provou ser digna de ser a Lady MacCionarth?
Depois de muito pensar uma ideia passou pela mente de Cayden.
–É claro! Claro que é ela!

 –É claro! Claro que é ela!

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Um Highlander Em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora