Voltando Ao Lar

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Aeryn sentia cada vez mais saudades do castelo MacCionarth, sua irmã e seus cunhados

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Aeryn sentia cada vez mais saudades do castelo MacCionarth, sua irmã e seus cunhados.
Embora fosse divertido atormentar a mulher que tanto fez seu marido sofrer ela não tinha paciência com a corte, sua falsidade e suas intrigas.
–Esse lugar é um verdadeiro ninho de víboras! -ela dizia baixinho para si mesma quando ninguém estava olhando.
Aquelas pessoas sorriam e elogiavam, mas por dentro eram cheias de maquinações. Ela sabia, ela sentia, se pudessem fazer algo que a prejudicasse para se darem bem assim fariam.
"Não é a toa que meu pai deixou tudo isso para trás e escolheu morar num vilarejo com a minha mãe! Eu também sairia desse lugar correndo na primeira oportunidade!", ela refletia.
Ela às vezes reprimia suas memórias para não lembrar dos pais, que morreram por causa da praga, e isso a deixava triste, mas em alguns poucos momentos se permitia lembrar sem permitir que a melancolia a dominasse, dos conselhos e dos cuidados de ambos, do amor e carinho com que se tratavam, do quanto eram unidos, e até morreram juntos segurando a mão um do outro. As mãos não puderam ser separadas, enterraram os dois corpos com as mãos juntas.
Aqueles dois, sempre unidos, pegaram a praga tentando curar os doentes do povo.
E era por isso que Aeryn aceitou a proposta de Cayden, seus pais morreram tentando salvar aquelas pessoas e ela não podia deixar o seu legado ser em vão.
Mais do que por dever, ou por honra, era por amor aos pais e ao que eles representavam que ela estava ali, na casa das maiores cobras traiçoeiras.
Ainda bem que ela era uma águia, pronta para devorar qualquer cobra que tentasse a atacar.

O rei Henry acabou se ferindo em uma justa, e Cayden o ajudou contendo o sangramento do ferimento que ele tinha no ombro

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O rei Henry acabou se ferindo em uma justa, e Cayden o ajudou contendo o sangramento do ferimento que ele tinha no ombro.
Quando um criado se aproximou e ajudou o rei a subir a manga da blusa, Cayden se assustou com o que viu no ombro do rei.
Uma ideia terrível passou por sua mente e o perturbou por cada segundo daquele dia.
Quando chegou no quarto, Aeryn estava na banheira, relaxando, mas ao ver a expressão do marido ficou preocupada.
–Cayden?
Ele ficou em silêncio, ainda refletindo sobre a conclusão que tinha chegado.
–Cayden, eu ordeno que você entre nessa banheira e esqueça um pouco o que seja lá que esteja te perturbando.
Ele não demorou a se juntar a sua esposa no banho.
Aeryn se aproximou e pôs a mão no peito dele.
–O que é que está atormentando a mente de meu marido?
Ele respirou fundo.
–Eu vi algo que me deixou um pouco preocupado. Pode ser uma besteira da minha mente, mas pode ser verdade.
–Pois digas!
–O rei se feriu, e quando o criado levantou sua manga tinha uma marca que já vi antes. Eu vi... Na Elena.
Aeryn ficou tensa e entendeu onde o marido queria chegar.
–Achas que o rei... É pai da Elena?
–Eu posso ter me enganado. Ela afinal é conhecida como sobrinha dele, talvez seja apenas uma coincidência os dois terem a mesma marca.
–Quem é o suposto pai da Elena?
–Eu nunca o vi. Nunca conheci, ela nunca me falou o nome dele quando estávamos juntos.
Aeryn e ele se entreolharam com o mesmo pensamento passando em sua mente.
–Isso explica a proteção do rei com ela em específico. O rei deve ter um monte de sobrinhos, por que só ela tem privilégios?
Depois dessa conclusão, debateram sobre o assunto mais um pouco, daí mudaram o rumo da conversa e se animaram com o fato de irem embora em breve.
Decidiram esquecer dos problemas e se deleitar um com o outro na banheira.

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