Quando a aldeia de Aeryn é invadida, tudo que ela quer é garantir a segurança de sua irmã e impedir que ela e as outras jovens da aldeia sejam capturadas e abusadas pelos escoceses.
E com isso, seu destino inesperadamente se entrelaça com o do chefe...
Eu não posso, não posso, não posso, não posso ser domada
Eu não posso ser modificada
Eu não posso ser domada"
A festa seguia normal, com convidados já bem altos por causa da bebida. Aeryn pensou que seu recado, dado com a cabeça quente não seria ignorado. Ninguém se atreveu a tentar afrontar a agora esposa de Cayden, Lord de MacCionarth. Ela apertou os olhos e pôs uma mão na testa, com cansaço. -Espero estar fazendo a coisa certa pelo meu povo. E o dele, que agora é meu também. Uma mão se pôs sobre o seu ombro. -Nosso povo não podia desejar líder melhor do que a ti, minha irmã. Ela sorriu com doçura. -Obrigada Aghna. Eu precisava ouvir isso, ainda mais de você, minha única família. -Papai e mamãe te apoiariam também, não tenhas dúvidas. -Quanto a isso eu não sei. Lembras que papai desistiu da posição de filho bastardo de um nobre para casar com nossa mãe. E olhes como é o destino! Mamãe era uma irlandesa que casou com um inglês e eu uma irlandesa que casou com um escocês. -E não se esqueça do nosso avô galês. Todos os povos da Grã Bretanha em uma família só. Aghna e Aeryn pensaram nos seus pais e avós. Infelizmente atingidos por uma praga terrível que se abateu no lugar em que viviam e dizimou boa parte da aldeia. Até Aghna quase morreu com a doença. Os sobreviventes foram reunidos por Aeryn e todos juntos partiram atrás de abrigo e acabaram como servos do marquês. Foi uma decisão terrível, já que ele convocou muitos dos poucos homens que eles tinham. E eles morreram na guerra. E tudo o que Aeryn podia fazer era liderar o que restou e garantir a proteção das mulheres, crianças e os idosos. Ela não podia falhar com eles. -Vamos, alegria, dance, cante, coma e beba! É seu casamento! - Tem razão. Não me arrependo de ter escolhido esse caminho e não posso me comportar como se fosse meu velório. É o meu casamento oras! Puxou sua irmã pelas mãos e começou a dançar, girando e rodando com ela. Alasdair deu um cutucão em Cayden e apontou as duas. - Vamos lá meu irmão, para que deixar duas belas damas dançando sozinhas? -Tens razão. Ambos se aproximaram e se curvaram para as duas, estendendo a mão em em convite. Aeryn pegou a mão de Cayden e Aghna a de Alasdair. Ela sorriu maliciosamente. -Mostre para mim o que sabe fazer, marido! -Está me desafiando, esposa? -Sempre! Ele fez sinal aos músicos para uma música mais dançante e a pegou pela cintura. -Desafio aceito! Cayden e Aeryn começaram seus passos juntos, e logo os convidados formaram uma roda em volta deles para acompanhar o ritmo. Cayden percebeu que a muito tempo não se deixava relaxar, dançar ou se comportar de forma despreocupada. Não acreditava estar se divertindo na sua festa de casamento.
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