Um Highlander Em Minha Vida

Notícias Desagradáveis

–Como o tempo passou rápido!
Um mês já havia se passado desde o casamento de Aeryn e Cayden e aos poucos eles tentavam se aproximar e se entender.
E para surpresa até deles mesmos estavam indo muito bem.
Descobriam que tinham muito em comum e a convivência era fácil, até mesmo carinhosa entre os dois.
Podia-se até dizer que eles estavam felizes nessa união, uma coisa muito rara e pouco encontrada nos casamentos da nobreza. Aliás, nos casamentos em geral.
Aeryn pensava em como sua vida havia mudado, e a vida de Cayden e os povos de ambos por consequência.
As mulheres estavam cada vez melhores no arco e flecha e nas lutas com espadas.
Os homens, por sua vez, não queriam ficar para trás e se esforçavam ainda mais no treino para não passarem vergonha frente as suas mulheres.
Aeryn constantemente mediava as hostilidades que surgiam entre escoceses e irlandeses e aos poucos eles se consideraravam um só povo, unidos cada um por quem eles chamavam de seus líderes.
A paz se instalou e o povo do castelo passou a ser um povo unido, um verdadeiro exército ao comando de Cayden e Aeryn.

–Vamos escocesa, tu consegues vencer essa disputa! Lute!
Aghna não tinha pena de exigir de Eileen, que quase se arrependia de ter pedido ajuda a ruiva para se tornar menos indefesa.
Eileen tentou uma manobra com a espada, mas seu pé se enroscou  na barra do vestido de Aghna, que se desequilibrou. Aghna tentou se segurar em Eileen, mas as duas acabaram caindo.
Eileen percebeu com vergonha que estava em cima de Aghna, e as bochechas das duas ficaram vermelhas como tomate.

–Não pense que vai escapar de mim! -disse Cayden, rindo.
–Como se pudesses me pegar! -debochou Aeryn.
Ele tentava alcançar a esposa, mas Aeryn era realmente rápida, não era tão fácil assim correr atrás dela.
Cayden quase a pegou, mas ela desviou de novo, passando por baixo dos braços dele.
Com uma expressão vitoriosa, ela mostrou a língua.
–Não me pegas!
–Está me desafiando, esposa?
-O que achas, marido?
–Te verás em maus lençóis quando puserde-lhes as mãos Aeryn MacCionarth!
–Até agora estou gostando dos lençóis, caro Lord. -falou ela com malícia, desviando dele mais uma vez.
–E ainda provocas! Mas esperes já!
Depois de alguns minutos ele a capturou com a estratégia de fingir ir para um lado, a pegando enquanto ela passava mais uma vez por baixo dos braços dele, se aproveitando de sua estatura baixa.
Ele a ergueu no colo.
–Disse-lhes que a pegaria, não disse-lhe?
Ele a girou no ar, fazendo com que Aeryn reclamasse de tontura para Cayden.
–És teu castigo por tuas provocações, feiticeira!
E a girou de novo.
De longe Alasdair via encantado a interação dos dois. Não cansava de olhar o casal junto, não era nem um pouco pequena a mudança que se operou no feudo e na vida de todos os MacCionarth. Era maravilhoso ver seu irmão com o velho jeito alegre e sua irmã menos desconfiada e mais aberta a sua cunhada e a irmã dela.
Era até engraçado ver como Cayden estava próximo de Aeryn e Eileen de Aghna.

Mas nada dura para sempre.
As mensagens e coisas ruins uma hora sempre vão chegar a qualquer pessoa e não era diferente para aquela família.
Quando o mensageiro saiu dos portões para ir até seu caminho Alasdair ainda estava em um estado de atordoamento, sem poder acreditar nas palavras que ouviu do homem.
Que notícia terrível e triste! E com certeza era uma notícia que mesmo não querendo afetaria muito seu irmão e Aeryn.
Desolado, entrou no castelo e foi para o salão principal.
Chamou uma criada e pediu que avisasse a seu irmão para falar com ele.
Em pouco tempo Cayden chegou, preocupado.
–Diga irmão! -disse, já em um estado de aflição com o mistério que se fazia.
–Nós temos um enterro para ir. A filha do Lord Bailenfour... Está morta.
Cayden sentiu-se impactado com a notícia.
–Mas... Como? Tão jovem!
–Exatamente. Muito jovem. Jovem demais para um casamento tão cedo. O velho com quem o pai a casou não foi lá muito gentil na noite de núpcias... Ela sempre teve um corpo frágil e franzino, nem um pouco desenvolvido. Sangrou muito. Não resistiu a perda de sangue. Faleceu.
A tristeza logo se instalou no Lord de MacCionarth.
Não imaginava que as coisas pudessem terminar de forma tão trágica para a menina.
–Não te atrevas! Não te sintas culpado meu irmão. A culpa é do marido e do pai dessa jovem!
–Eu ao menos deveria ter impedido esse casamento e arranjar um noivo melhor para a pobre menina!
–Mas não fizeste isso por que és o Lord, não o pai ou responsável da menina! Lord Bailenfour foi muitas vezes alertado por mim e por você para que esperasse a filha crescer mais um pouco, que o corpo dela não iria aguentar, mas o homem nos ouvia? Não! Queria por que queria arranjar um marido para aquela criança mirrada, magra e sem força ou resistência nenhuma. Ela não iria sobreviver a um casamento nesta pouca idade com o corpo que tinha. O homem sentenciou a filha a morte de teima com esse assunto.
Cayden aceitou os argumentos do irmão, mas não deixava de sentir pena pelo horror da morte de uma menina, ainda mais do jeito que foi.
Ele combinou com Aeryn em ir no enterro.
Mas como desgraça pouca é bobagem, outra mensagem que o Lord não gostou nada chegou ao castelo.
Depois de ler gemeu de frustração, encostando a cabeça na mesa.
–O que houve? -perguntou Alasdair, assustado.
–É uma convocação real. O rei quer que eu vá a Inglaterra para estabelecer um acordo com o rei de lá. Eu tenho que ir.
–Inglaterra? -Alasdair engoliu em seco.
–Sim. E Elena, como sobrinha do rei vai estar lá com certeza para me infernizar. Por que meu Deus? Por que?

Pequena nota autora.
Dicas que dou:
Sempre beba um gole d'água, nunca deixe sua garganta seca.
Alimentos como acerola, laranja, mexerica e inhame aumentam a imunidade.
Lave suas mãos por pelo menos vinte segundos.
Cuide-se, saúde é tudo.