A idade de ouro
É essa ausência de leis...
Leis que confundem o amor...
Leis que prejudiquem a virtude...
Leis que nos põe ausentes...
Leis que querem ir contra a divindade...
Leis que nos prendem...
Quero voltar a idade de ouro...
A idade da virtude...
Em que a virtude não tinha tempo...
Em que a virtude não tinha lugar...
Em que a virtude era de coração...
Em que a virtude sabia o seu valor (que não tem).
Quero voltar a idade de ouro...
Em que tu não eras mais do que eu...
Em que eu não era mais que tu...
Em que as aparências não iludem...
Sem vícios para nos corromper...
Em que o amor não era prazer...
Em que as paixões não existiam...
Em que o meu nome era igual ao teu...
Quero voltar a idade de ouro...
Em que amizade não se comprava...
Em que a felicidade não era de ontem nem será para amanhã...
Em que a força não era limitada mas de todos...
Quero voltar a idade de ouro...
Sem submissão...
Sem favores...
Sem pedidos...
Com as mãos dadas contigo....
Com os abraços sinceros...
Com a vida que é para sempre...
Que não acaba com a morte...
Que não se subjuga ao medo...
Que não teme a fortuna...
Que és tu, eu, ele e nós todos...
Que faz jus ao que Deus nos deu...
Que é Deus entre nós.
Ass. : JC
