Libertei-me

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Libertei-me...
Quebrei as algemas que me prendem...
Posso tê-las amarradas em mim...
Podem estar a magoar-me os pulsos...
Eu esqueço...
Apesar de quererem ser lembradas...
Pelas lágrimas de dor que me estão a fazer...
Eu digo: que se foda!!!
Isso não sou eu...
Os meus braços não me pertencem...
E os olhos querem lacrimejar...
Querem que veja as paixões...
Que é mera ilusão...
Querem que eu parta para o vício...
Que eu pegue num bom charro de erva...
Que eu o fume...
Que me perca em fantasias...
Que bate uma, outra e outra...
Até cansar a minha mão...
Pensando em gajas boas...
Nas boas fodas que daria...
São fantasias!!!
São ilusões!!!
Não sou eu...
Querem me impedir o movimento...
Estou em todo lado...
Estou em vocês que me lêem...
Se me repudiarem, nem estou aí...
Não sou eu!!!
E confundiram-se!!!
São meus pensamentos...
Que não sou eu...
Sou além disso tudo...
Sou a pureza da pureza da alma...
A vida que me quer matar.
Sou muito além da vida...
Além da morte...
Sou Superior!!!
Também o és!!!
Sou mais que o meu corpo...
Sou o infinito!!!
Sou além desta pandemia...
Sou a chuva, a estrela, a lua e o sol.
Sou deus....
Sou deus que vejo em ti...
O deus que és em mim...
"Não se vive belamente o dia sem propo-lo como o último".

Ass. : JC o estóico

Caminhos de um estóico da era modernaOnde histórias criam vida. Descubra agora