6 R a) chuva de Setembro

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Deixo a chuva cair...
Não procuro abrigo...
Não fujo da chuva...
Caminho como se nada me molhasse...
Caminho ciente da chuva que cai em mim...
Deixo-me molhar...
Não é nada de mais...
Danço...
Canto...
Começo a rir que nem um doido...
Tou além da chuva...
Tou além da escuridão da noite...
Tou por cima das nuvens...
Guardo em mim a luz intensa do dia...
Guardo o sentimento que nasceu comigo...
Exalto a minha virtude...
Que vai além das palavras...
Que não se consegue ver...
Que não se ouve...
Que vai muito além da chuva...
Que vai além da escuridão da noite chuvosa...
Vou sem pressa mais lento que a chuva que cai ...
Como Braga continua a mesma depois da chuva
Eu permaneço  igual a mim mesmo...
E faço o meu caminho...
Como se não chovesse...
Sem pressas...
Comigo mesmo.

Ass. : JC

Caminhos de um estóico da era modernaOnde histórias criam vida. Descubra agora