As Crônicas de Olímpia - Aliança

XIV Traumas

MARK

Sabíamos que teríamos problemas na viagem, mas nunca imaginamos que seria tão perto do reino dos anões, não tínhamos andado nem trinta quilômetros . Mesmo tendo sido uma batalha relativamente fácil, aquilo tinha atrasado nossa viagem, e não tínhamos tempo.

O sol já estava baixando, deveria ser umas cinco da tarde, segundo nosso motorista ainda tínhamos mais ou menos duas a três horas de viagem para chegar no porto.

- Acho que deveríamos parar senhores, os animais precisam de descansar, vou entra mais pra floresta e deixar que pastem por meia hora – o velho fala já indo em direção a floresta.

- Tá certo, vamos fazer um perímetro em volta, mas não podemos ficar muito – o anão responde.

Assim que o cocheiro acha um bom lugar com uma pequena fonte de água descemos, eu vou para um lado e o anão para o outro, fazemos uma pequena patrulha em um raio de 10 metros, felizmente não tinha nada.

No caminho de volta, acho algumas escamas de algum animal, parecia ser dragão, porém era muito pequena talvez fosse um filhote de dragão, o que era estranho naquela região. Mas se fosse verdade, onde tem filhote sempre tem uma mãe bolada.

Eram quinze pedaços no total, com o tamanho de um dedo, todas eram azuis-claros translúcidas eu poderia afirmar que era a primeira troca de pele da criatura, ainda estavam quentes então não tinha muito tempo que haviam sido tiradas, o que significava que não estava longe.

Quando penso em pegar algumas, sou surpreendido, consegui apenas coloca a mão no rosto sentindo uma súbita mudança de temperatura, rolo para o lado saindo da lufada de ar. Na minha frente um Draguelo, era uma criatura prima dos dragões só que muito menor, esse era jovem, tinha cerca de dois metros do pé até a cabeça e uns três da cabeça até a cauda, calda essa que é fina com a ponta espinhenta, parecendo uma clava. Suas asas eram pequenas, com três saliências na ponta que era como as patas dianteiras dele, seus pequenos bracinhos de dinossauro. A parte de dentro das asas eram cheias de pequenas escamas como uma proteção, já a parte de traz era dura como aço, coberta de uma penugem fina que brilhava com a luz da lua. Enquanto eu analisava, sua boca se abre criando uma forma transparente de energia me acertando o peito, me lançando por entre as árvores.

Bem entenda Draguelo são só parentes dos dragões, parentes bem distantes, na real eles são mais próximos dos Wyvern, por isso eles não usam fogo para atacar, na realidade dois dos três tipos de Draguelo catalogados, são frágeis contra fogo.

Mesmo não usando fogo, sua rajada de ar queima feito ácido, me levanto rápido sentindo o peito arder. Preparo uma bola de gelo, que eu não consigo segura por muito tempo, já que ele mais uma vez me ataca usando a calda me fazendo pular, fico em ziguezague tentando confundir a criatura, já preparando outra bola de gelo, essa eu forço até virar uma esfera espinhenta, ataco mirando suas asas, ele defende com a calda, que para a minha sorte fica congelada, me dando segundos de vantagem, o que já era tempo suficiente para preparar algumas lâminas de vento.

- DANÇA DAS ESPADAS.

Invoco três laminas serrilhadas que ficam rodeando meu corpo como uma proteção. Lanço uma por vez, a primeira se crava no ombro da criatura, a segunda voa rasgando sua mandíbula, a ultima estoura na cauda da criatura, destruindo o gelo que havia se formado. 

Se fosse qualquer outra criatura teria ficado fraca com aquele corte no ombro, mas aquela criatura tenha uma pele extremamente dura, sem contar a sua resistência. A criatura se debatia derrubando algumas árvores e espalhando sangue prateado pelo chão. Enquanto ele se focava em se debater, eu preparava mais algumas magias, uma esfera de gelo que se choca em seu pescoço enquanto que o mini tornado explode em seu peito o cortando e espirrando mais sangue no solo. O mini tornado causava cortes contínuos o que fazia a criatura berrar e mover a cauda descuidadamente.