Mark
Depois da reunião com o rei fomos dispensados, tão rápido quanto conseguíamos e meter em encrenca. Só tivemos a chance de pegar algo pra comer na viagem, porque nem comer por ali conseguimos. Logo estávamos de volta a estrada.
O lado bom era que a missão tinha sido um sucesso, tínhamos conseguido o acordo, logo os anões receberiam ajuda, o único problema é que teríamos que acredita na palavra de alguém simplesmente na palavra, pelo menos até chegarmos em Hammer town, pelo menos eu achava, afinal só tínhamos uma carta e eu não sabia o que estava escrito. Poderia ser uma grande piada dentro da carta, e eu acho que alguns velhos anões iam gostar daquilo.
- Então anão, feliz por ter saído vivo?
- Sim, aquele lugar é muito certinho, e tenho certeza que não é um lugar pra mim.
- Verdade e agora o que faremos.
Ele demorou um pouco antes de dar a resposta.
- Vamos tomar as forjas e minas menores, enquanto os soldados não chegam, precisamos delas urgentes.
Concordo com a cabeça, seguimos o mesmo caminho que fizemos antes, andamos por horas, parando vez ou outra para comer a pouca comida que tínhamos conseguido. Isso e dar a volta no local onde tínhamos lutado antes nos consumiu algumas horas de caminhada, quando chegamos no porto já era de noite. Felizmente ainda tinha um barco para sair ainda naquele dia, além da taverna vender comida para viagem. Compramos e entramos no barco.
O anão mal esperou o barco se mover pra atacar o que tínhamos comprado, não durou nem meia hora ele já tinha comido a parte dele toda, sendo que tinha mais um dia de viagem.
- Espero que não tenha contratempo. Ainda to curioso para saber o que Stomalack queria naquele barco, se era só atrás da gente ou tramavam algo contra Solicitude – falo olhando para os lados.
- Também espero, já vamos lutar muito enquanto resgatamos as forjas. Pelo que ouvi dos poucos que escaparam, os soldados estão em massa nas forjas, fora os que estão mais a dentro nas minas.
Ele termina de falar com um olhar triste, colocando sutilmente a mão lá lateral do corpo, talvez um dos lugares onde fora acertado.
O barco ia a toda, A parte em que estávamos era uma verdadeira obra da natureza, era onde se unia dois dos grandes lagos de Olímpia, ia ser mais lindo se estivesse de dia. Pois aquela área era onde se unia o grande mar de olímpia, junto do maior rio do continente, o rio era de um verde-musgo, já o mar era de um azul-claro, que naquele horário estava escuro obvio. Vez ou outra um peixe pulava.
- Sabe Mark, mesmo que os conselheiros não admita, eles gostaram de você, mesmo a sua ideiazinha sendo suicida.
- Ah o anão carrancudo tá feliz por ter um amigo?
Ele ri e balança a cabeça indo encosta próximo de onde estávamos.
. . .
Logo a madrugada nos deixou e o sol começou a aparecer. O anão dormiu primeiro que eu, confesso que tinha receio do Caos aparecer pra mim de novo. medo de encontra com o senhor do caos. Mas como nem tudo é do jeito a gente quer o infeliz vem na minha mente. Em um momento eu estava no barco admirando a noite no outro eu estava de novo na colina do caos. (foi esse o nome que eu dei).
- Ah vejo que está feliz em me ver - ele fala se segurando pra não ri.
- O que foi, por que voltei aqui? - pergunto tentando me controlar.
- Nada, só queria parabenizá-lo por usa meu poder, mesmo que só um pouco, mas também vim dar um aviso para você e seu companheiro.
- E que aviso seria? Que você e seus amigos deuses estão nos vigiando? - eu falo sem pensar nas consequências.
Ele fica um tempo olhando para mim, fico apreensivo com medo de ser transformado em um porquinho, mas o que ele faz me surpreender ele ri e balança a cabeça, o que me deixa mais bravo, me obrigando a morde a língua para não xingá-lo, parecia que ele ria da minha cara, e eu odiava isso.
- Sim isso também, embora apesar de que alguns deles não gostarem de mim, mas isso não vem ao caso, o mago que te atacou, não te encontrou por acaso e sinto dizer que não será o último, assim como aquele Eminu, o Maltrazar de Stomalack também tem seus espiões. Por enquanto só queriam averiguar, vocês chamaram atenção, derrotar aquele cara foi um feito grande, só que quando seu poder realmente explodir ai sim vai chamar atenção de verdade. Seu amigo anão também não fica de fora o poder interno dele quer sair, e Stomalack quando descobrir sobre, iram se mover, por enquanto os anões são só um mosquitos para Stomalack, mas quando souberem sobre seu amigo, e terem certeza sobre você, eles se moveram.
Ele dá uma pausa esperando eu digerir as suas palavras. Eu já imaginava que alguém estava caçando a gente mas era só especulação, agora eu tinha certeza.
- Já que você está tão falante hoje me diz que poder interno é esse que o anão tem?
- Hum, você já sabe, mas os detalhes não cabe a mim falar, saiba que não é só você que tem um aliado divino, acho melhor você ir, seu destino estar próximo, boa sorte garoto - ele diz isso tocando na minha testa.
E como antes, em um minuto eu estava na montanha do caos no outro eu estava sentado no barco com a cabeça doendo e um anão olhando para mim com cara de confuso, o que não era novidade, ele vivia confuso.
Continuei pensando na conversa com o senhor Caos, que outro deus estava de olho no anão? Fui tirado dos meus pensamentos com o som de um apito invadindo meus ouvidos, havíamos chegado. Caramba quanto tempo eu fiquei conversando com o caos?
- Está bom já que você não vai falar eu pergunto, que droga foi aquela? Você estava falando sozinho, falando algo sobre alguém está vigiando.
- Depois te conto é uma longa história, melhor se concentrar no trabalho por agora, mas melhor tomar cuidado, nossa cabeça estar a prêmio.
- Imaginei, aquele mago era um que recebeu pra nos caçar certo? Mas aquele cara era algo além da conta, só porque fugimos, o que me leva a pensar que nossa missão não foi tao discreta.
Concordo com ele e saímos do barco. Em pouco tempo estávamos na estrada mais uma vez, segundo o anão estávamos a poucas horas de uma das forjas menores, mas a mina em seu interior era uma das mais abundantes.
Mesmo que ficasse longe do reino dos anões, ainda era mais longe da cidade de Stomalack, era um dia de caminhada.
O anão foi guiando pela estrada de terra enquanto eu ia mais atrás folheando o pergaminho do mago eu estava certo que faltava pouco para dominar aquela invocação.
O anão para e manda se esconder atrás de uma árvore, na nossa frente uma pequena encosta, mesmo de um pouco longe dava para ver alguns soldados e uns poucos anões.
Os anões estavam sentados no chão, com os humanos apontando suas espadas e conversando. O rosto do anão estava em fúria, seus punhos estavam cerrados ele estava a ponto de explodir. Lembrei das palavras do Caos, eu não estava a fim de ver esse poder explodir.
- Como vai ser? Eu sei que é seu povo ali mas não podemos deixar isso nos atrapalhar, só vendo daqui tem muitos soldados, precisamos de um plano não podemos chegar atacando.
- Você tem razão, tem algum plano, você é melhor nisso.
Pensei um pouco, teria que ser um plano pratico, não tínhamos tanto tempo, não sabíamos quando nos notariam, nem se tinha algum soldado fazendo ronda.
O plano era arriscado dependia de eu conseguir algo que nunca tinha tentado, pelo menos na prática. Corro na frente do anão. Invocando poder, em uma mão eu segurava o cajado, já na outra segurava o pergaminho do mago do caos.
Finalmente me conectei com o poder adormecido em mim, me cobrir com uma fumaça, e comecei a proferir as palavras que tinha lido no pergaminho, ao mesmo tempo em que me concentrava no poder negro.
Lancei torcendo para que funcionasse.
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As Crônicas de Olímpia - Aliança
AdventureDepois de anos, trabalhando feito escravos para os humanos em seu próprio reino, os Anões decidem abrir guerra contra a potência do continente, Tomando de volta suas bases e forjas militares. Após uma fuga dupla da morte, o destino coloca seus plan...