XVI Conflitos

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Depois da conversa com os guardas, ficamos mais atentos a qualquer movimentação no barco, os guardas tinham se dispersado, o que nos deixou ainda mais preocupados.

O barco continuou seu curso normalmente pelo grande rio por mais algumas horas, desembocando no mar aberto, aos poucos ficava mais impossível vê terra, o sol já dava lugar para a lua, na parte do meio da embarcação só havia alguns funcionários limpando e mexendo nas velas, além de mim e do anão.

A noite parecia tranquila e calma, perfeita para uma viagem de barco já que a maré estava tranquila, e não tinha vento nenhum, mas dentro de mim estava um turbilhão, eu sabia que a qualquer momento daquela noite aqueles guardas apareceriam de novo.

- Lutar com a luz da lua não é muito meu forte anão.
- Nem o meu mas, acho melhor ficar preparado aqueles guardas estão tramando algo.

O anão mal terminou de falar e ouvimos:

- Sabe soldado eu pensei que esses dois fossem uns vagabundos qualquer – o mesmo de antes falou e seu puxa saco concorda rindo.

- Não sabia que vocês pensavam – o anão fala.

- Sabe soldado esses dois parecem muito com uns fugitivos você não acha? - ele ignora o comentário e continua falando com seu puxa saco.

- Sim senhor – o puxa saco responde já sacando a espada junto de seu chefe.

- Acho melhor não tentar nenhuma gracinha anão - O anão já tinha sacado sua espada também.

- Estamos viajando tranquilo deixa a gente em paz – falo, queria evitar aquilo, tinha inocentes no barco.

- Hum nós mandamos garoto orelhudo esse território não e mais livre – ele fala já indo pra cima do anão .

O anão se defende e começa a atacar, ambos fazendo uma dança de espadas, cada um procurando uma abertura. O guarda parecia com mais dificuldade na luta, mesmo parecendo que sua patente era alta, ele não parecia ter um bom treinamento, ou o anão tinha melhorado. Enquanto isso o outro guarda vinha em minha direção mas recua quando vê a bola de gelo em minhas mãos, tarde demais a bola de gelo o acerta no peito deixando o fora de combate, pego o cajado já me preparando para ajudar o anão. Mas não precisei, logo o anão tinha desarmado o homem e o socado no nariz, ele recuou tapando o rosto.

- Desgraçado, Fogo – ele gritou.

Tudo foi rápido demais, de onde fica as velas lá em cima duas flechas foram atiradas uma acertando o ombro do anão ficando presa na armadura e a outra rasgando minha perna.

No calor da luta tínhamos esquecido dos outros guardas.

O anão recuou arrancando a flecha do ombro, apareceu mais um guarda e um bandido preso a correntes, esse que era enorme, tinha brincando uns três metros fora que era corpulento tipo os Orcs do norte.

- Confirmado soldado Trevor esses são os que causaram estardalhaço nos esgotos do castelo invocando aquele dragão, vamos ganhar uma boa recompensa por esses dois, brutos – ele olha pro bandido – se mata eles você fica livre se não matar morre junto.

Dizendo isso ele tira os grilhões do bandido, chamado brutos, era clichê de mais alguém daquele tamanho ser chamado de brutos.

Eu preparei um tornado olhando direto para o arqueiro, nossa desvantagem era muito grande, só o bruto dava dois de mim, fora os dois arqueiros, e um deles eu nem sabia onde estava, ainda tinha o guarda que o anão tinha socado.

O Brutos se alegra assim que escuta o som dos grilhões no chão, eu só não sabia se era porque poderia ser solto ou por pode matar, (talvez os dois). Antes de qualquer coisa joguei o tornado em direção a parte de cima, o minitornado zumbiu enquanto subia.

O tiro foi bom, o tornado destruiu a base onde o guarda estava, o fazendo se desequilibrar e quase cair. O anão também pensou rápido indo na direção do guarda desarmado e cortando a perna, mais foi tudo ladeira abaixo depois daí.

O Brutos chutou o anão fazendo ele atravessar a parede de madeira parando dentro do armário de vassoura. Ele deixou o anão e veio em minha direção.

E mesmo com duas lâminas de vento fincadas em seu corpo ele não parou, parecia uma máquina andando em minha direção.

- Haha, vai precisar de mais que isso elfo – ele arrancou as lâminas jogando em minha direção sorte que a mira não era boa.

As lâminas caíram no chão como se fossem dois pedaços de vidro.

- Não seja por isso, ISBOLL – duas bolas de gelo uma em cada perna.

Mesmo assim só serviu para ele arrancar um pedaço do chão, usando eles como uma grande bota feita de neve, seus passos ficaram mais lentos o que facilitou desvia dos ataques com a corrente que ele usava, cada golpe causando um estardalhaço no barco.

A luta não estava a nosso favor, eu mal conseguia prepara magia, quem dirá pensar em uma estratégia, então eu só poderia me esquiva dos seus golpes com a corrente, e até isso era complicado eu não sou o melhor em luta corpo a corpo.

Pulei de mais um de seus golpes, mandando um tornado em sua direção, o fazendo ir para trás enquanto o tornado o cortava. Ele balançava jogando a corrente para todos os lados, para meu azar a corrente me acertou me jogando para trás.

Eu estava torcendo para que seu golpe não tivesse rasgado meu peito, eu precisava ir atrás de alguma proteção.

Rolei para o lado tentando evitar algum ataque, porém o anão tinha voltado para batalha, aproveitei e me curei rápido, eu pensei que os guardas não atacavam apenas porque queriam assistir o espetáculo, porém assim que levantei vi que o chefe deles estava empalado no canto com uma vassoura. 

O barco ainda se movimentava, o que significava que ou o capitão estava do lado dos guardas, ou ele apenas tinha percebido que nos ajudar era um erro. 

Com a visão ainda embaçada volto para a luta, o tinha ativado seu modo fúria, mas até isso parecia ser pouco, o Brutos parecia uma dona de casa tentando matar um rato.

Aproveitei que estava sozinho e tentei ajudar o anão, colocando uma armadura de ar nele, não seria útil defensivamente, mas causaria dano em quem o atacasse de perto. 

Lancei uma bola de fogo errando o Brutos, mas acertando o arqueiro que ainda assistia a luta, alheio ao seu chefe morto. Ele morreu na hora, isso fez com que o ultimo arqueiro vivo aparecesse, o que foi o erro dele, joguei outro tornado esse menor, mas forte o suficiente para jogar o homem contra a parede o tirando de combate.

Agora só tinha o Brutos em pé.

As Crônicas de Olímpia - AliançaOnde histórias criam vida. Descubra agora