ITZ
Eu não quis acordar o mago mas estava com sono então dormir, isso mesmo me julguem, mesmo sendo errado foi um dos melhores sonos que tive em anos. Melhor até que os cochilos que eu tirava durante os intervalos quando ficava na forja.
Quando eu acordei o elfo já tinha preparado algo para comermos, era um sanduiche de lombo assado e chá, apesar de ter dormido como uma criança sem medo, eu fiquei receoso quando peguei o copo das mãos dele.
Continuamos em silêncio durante todo o café, assim como também durante nossa caminhada. Não demorou muito para sair da beira do mar e encontra um caminho com uma nascente, o que foi ótimo assim mantemos nossos cantis cheios.Além da agua limpa andar por ali evitava os animais selvagens. Não que pela estrada fosse mais seguro.
- Onde será que estamos? – o elfo que falou primeiro.
Mesmo o silencio já estando incomodando foi me assustei quando ele falou, afinal nem bom dia tinha dado, ele parecia no mundo da lua desde que acordamos.
- Chutando baixo, eu diria que estamos a uns quatro dias do nosso destino, se tivermos sorte acharemos uma pousada em alguma vila menor. Mas não contaria com isso.
Voltamos a ficar em silencio por mais algumas horas. A cena do elfo fora de si ainda vinha na minha mente, parecia outra pessoa, seus olhos carregava um ódio puro, e ele emanava uma aura dominante e assustadora. Eu não queria perguntar sobre, mas não parava de pensar naquilo, eu ia ficar maluco se não falasse sobre.
Já andávamos a muitas horas, e eu perdi as contas de quantas vezes tivemos que se esgueirar saindo da estrada, ou mudando nosso caminho, por causa de soldados Stomalack que andavam por ali.
O que era estranho, afinal ali estava muito longe da jurisdição do Império.
Não que a gente estivesse com medo deles, a gente só estava evitando lutas, principalmente o elfo
Ficamos dois dias nessa de se esconder e mudar rota, quando ficava de noite revezávamos pra dormir. Precisávamos urgentemente de um lugar pra passar a noite, tanto eu quanto o elfo estávamos acabados. No meu caso minhas espada parecia pesa a cada passo que dávamos. Nesses dois dias quase não trocamos palavras, não mais que o essencial, o elfo parecia muito pensativo, talvez na missão, talvez no modo possuído dele.
- Para – do nada o elfo para.
Ele toca no meu ombro e aponta para frente. A alguns metros da gente tinha alguns ladroes saqueadores. O elfo já tinha uma bola de gelo preparada. Não teríamos tempo para voltar, então em uma contagem silenciosa de três o elfo lança a bola, ao mesmo tempo em que eu corro sacando a espada.
A esfera gélida acertou o ladrão que nem viu o que o tinha atingido, rapidamente fui em cima do outro cortando sua perna, e em um segundo golpe finalizei a luta. A partir daí nossa vantagem acabou, os outros ladroes acordaram e entraram na luta.
Sobrou outros seis ladroes, o elfo ficou com quatro e eu com dois metade. meus dois oponentes ficaram na minha frente, tapando a visão, impedindo que eu visse o elfo em seu combate, o que indicava que aquele grupo estava acostumado a matar aventureiros.
Um dos ladroes que eu enfrentava usava um grande machado todo feito de ferro, já o outro usava uma espada comum, e ambos tinham um peitoral de malha de aço.
Apesar de não consegui ver a luta do elfo, ainda era possível ver algumas bolas de fogo voando por ali. Eu defendia tanto os golpes do machado quanto os de espada, ambos os bandidos eram bons em encurralar os adversários. Eu procurava alguma brecha para causar algum dano, mas estava complicado lutar contra dois, ainda mais com armas diferentes.
VOCÊ ESTÁ LENDO
As Crônicas de Olímpia - Aliança
AventuraDepois de anos, trabalhando feito escravos para os humanos em seu próprio reino, os Anões decidem abrir guerra contra a potência do continente, Tomando de volta suas bases e forjas militares. Após uma fuga dupla da morte, o destino coloca seus plan...