Capítulo 10

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Cheguei no Rio, cheguei na entrada da favela olhei aquela reta e respirei fundo, eu não sabia o que vinha pela frente mas a única que eu pedi é que Deus me desse força.

Taxista: filha e aqui mesmo? - perguntou porque demorei a descer.

eu: sim, obrigada - tomei coragem desci do carro e fui andando pra entrada, chamei um moto taxi conhecido e ele me deixou na porta do meu pai.

eu: RAFAEEEEEEEELA - gritei no portão, ela não respondeu gritei novamente e ela apareceu.

Faela: saudades, to indo - a porta abriu olhei era meu pai ficou me encarando

Pai: até que fim apareceu, vai assumir sua responsabilidades sua entupida, foi a vida que você escolheu agora atura até parece fim, espero que nenhum traficante mais bata na minha porta

eu: olha só se eu fosse o senhor tinha vergonha porque quem faz compra pra essa casa sou, o senhor depender de mim pra colocar um feijão na minha mesa. Pai eu não sinto ódio do senhor não eu sinto pena, você é amargo vive na escuridão pode ter certeza eu peço a Deus todos os dias pra te por na luz pois disso que você precisa de muita luz, pra te ter como pai eu não preciso de inimigos mas mesmo assim eu amo o senhor e um dia eu vou aprender a perdoar e não ter mágoas nenhuma do senhor!

Pai: eu não preciso do seu perdão quem perdoa é Deus, não bata mais na minha porta

eu: nenhum momento bati na sua porta, estou no meio feio da rua gritando a Rafaela a rua é pública eu vou pisar aonde eu quiser! Bora logo Rafaela - ela veio

Pai: vai pro inferno garota, próxima vez que sumir eu faço uma merda em sua irresponsável - respirei fundo, minha língua coçou mas eu não iria mas retrucar com ele, não valia a pena.

Fui andando com ela até a lanchonete chegamos sentamos no final mas destacada pedir um açaí de 500 e ela também mais salgado.

eu: e ai Rafaela e agora com essa criança?

Faela: irmã eu quero ela, não tem culpa dos meus erros

eu: Rafaela ter filho é responsabilidade, ter filho não é uma boneca. Que falta de responsabilidade minha, o erro foi meu que te deixei sozinha sem orientação de mãe de ninguém

Faela: Angel você não tem culpa de nada, aconteceu e não me arrependo. To com 3 meses e meio - disse rápido, me engasguei com a saliva.

eu: como assim? - o açaí chegou ficamos quietas — obrigada

Faela: eu não sabia como te contar você já tem problemas demais

eu: meu Deus, Rafaela você não trabalha, não tem uma casa pra morar, não tem estrutura estuda e faz curso agora acha que vai ser como

Faela: eu vou pra casa que o Cláudio comprou pra mim irmã, não vou parar meus estudos fica tranquila

eu: e ele disse o que?

Faela: está embabacado mas assustado ao mesmo tempo

eu: hum. Ultima coisa que vou falar pra você Rafaela se você acha que ser mulher de traficante é futuro um problema é seu o que eu passo eu não desejo a você, mas boa sorte na sua nova escolhas sabe que o pai vai virar as costas né

Faela: mas só meu neném importa agora, já me mudo segunda só tá acabando de pintar, móveis já tem tudo certo - ela realmente já estava fazendo tudo pelas minhas costas, mas cada um colhe o que planta e desejo a ela boa sorte eu que não posso ser mãe minha anti bebê é certinha todo mês.

Mudamos de assunto ficamos conversando sobre os acontecimentos, a Brenda chegou e sentou

Brenda: saudades safada, deu uma de louca né sumiu gostei

eu: kkkkkkkk também amiga

Brenda: mas tem bomba danado tá estacionado na porta da mona do baile

eu: é não te contei ela tem um filho deve foi fazer a família

Brenda: ela estava toda quebrada Angel, foi parar no hospital bateu nela na praça e disse que é pra ficar de exemplo pra não fazerem fofoca

eu: só tenho nojo dele, nem me surpreendo mais - saímos peguei os açaís e fomos andando conversando só assim pra eu ficar na rua.

Fui andando passei perto de uma das bocas o Caio estava sentada em cima da moto dele falando com um menino, passei ele me chamou fingir que não ouvi

Caio: ou Angelina, tá se fazendo

eu: o que em Caio, cheguei agora vem me perturbar não

Caio: fala direito po, to só te chamando - fui até ele

eu: fala, fala ai - ele puxou meu cabelo até ele e meu deu um selinho.

Caio: saudades po

eu: tá cheiro de mulher Caio

Caio: para de falar merda tava só com bandido como mulher

eu: você vai se fuder na minha mão Caio, mas vai se fuder feio quando uma mulher acorda pra vida ela nunca mais dorme cuidado

Caio: já chega mandada cara, fica namoral to fazendo nada

eu: to de saco cheio de você - sai andando, me despedi das meninas e fui pra casa, chegando em casa tinha uns menino da boca na minha porta abrir a porta e entrei, fui direto colocar as roupas pra lavarem, peguei as roupas sujas do Caio olhei os bolsos achei 300$ essa é a melhor parte de lavar as roupas dele sempre tem um dinheiro, olhei o outro bolso nada joguei na máquina peguei blusa dele e virei do lado certo quando olhei estava cheio de marcas de batom mais muita mesmo pela blusa toda uma coisa surreal nunca vi isso meu sangue subiu, eu to de saco cheio dessa vida ele não aceita me larga e tenho que aguentar essas coisas mas se ele tá achando que eu vou aturar calada agora ele vai ouvir meu barulho ele que vai se cansar de mim, antes eu via e sentava e ficava calada agora vai ter show ele vai ter que aguentar.

Peguei a blusa, fui pra cozinha peguei o soquete e sai na porta a BMW dele estava na porta o carro preferido, coloquei a blusa no vidro da frente e fui quebrando o carro todo, os vidros, arrancando os retrovisor

eu: VAMOS VER ATÉ QUANDO ELE VAI AGUENTAR O HOSPÍCIO EM CASA - fui quebrando tudo igual uma maluca.

Xxx: surtou

Xxx: vai lá tira Meno

Xxx: quem vai to tocar na mulher do mano - peguei uma pedra e fui arranhando ele todo, depois peguei um paralelepípedo e joguei no teto amassando Jean parou na minha frente.

Jean: koe doida esse carro é limpo ele vai sair da lógica

eu: foda-se eu tenho que aguentar tudo calada, só ele me largar e o que eu mais quero preciso VIVEEEEEEEER

Jean: voltou mandada em possuída malucona

[.....]

Vidas opostas🔁 - concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora