Capítulo 5

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Ao meio dia, trouxe para Roseanne o almoço. Eu assisti no espelho. Alguns dias, Magda comprava comida de fora, porque eu sentia falta de fast food. Mas hoje, eu pedi para ela fazer alguma coisa que uma garota poderia querer – sanduíches sem crosta, chique, sopa de menina. A porcelana tinha as bordas com rosas rosas. Sua água estava em um copo de cristal com uma haste. A faca e o garfo era prata autentico. A refeição parecia deliciosa.

Eu assisti. Ela não comeu e devolveu para Magda quando ela voltou. Ela afundou na cama, lendo um livro da prateleira. Eu olhei o título. Sonetos de Shakespeare.

Eu estava com medo de bater na porta. Eu tinha que fazer meu movimento alguma hora, mas eu não sabia como fazer isso sem assustar ela. Seria muito gritar, – Por favor me deixe entrar, e eu prometo não te comer?

Provavelmente. Provavelmente ela estaria com medo mesmo com o som da minha voz. Mas eu queria que ela soubesse que se ela apenas saísse, eu seria legal com ela.

Finalmente, eu escrevi uma nota para ela.

Querida Roseanne,

Bem vinda! Não tenha medo. Eu espero que você esteja confortável em seu novo lar. Qualquer coisa que você quiser você tem apenas que pedir. Eu vou ver que você pegue isso imediatamente. Eu estou pensando em encontrar você no jantar essa noite. Eu quero que você goste de mim.

Sinceramente, Junghyun King

Eu tirei a última frase, imprimi, então trouxe a carta para o quarto dela e deslizei a carta embaixo da porta. Eu esperei, com medo de me mover no caso de fazer barulho.

Um minuto mais tarde, a nota voltou.

A palavra NÃO estava escrito em letras grandes pela página.

Eu sentei lá por um longo tempo, pensando. Eu podia escrever cartas para ela tipo algum herói romântico, fazer ela se apaixonar por mim assim?

De jeito nenhum. Eu não era nenhum escritor. E como eu poderia chegar a amar ela quando eu apenas a vi no espelho? Eu tinha que conseguir que ela falasse comigo. Eu andei até a porta e bati, experimentalmente e suave. Quando ela não respondeu, eu tentei de novo, mais alto.

– Por favor, – veio a resposta dela. – Não há nada que eu quero. Apenas vá embora.

– Eu tenho que falar com você, – eu disse.

– Quem...quem é?

– Junghyun...– Jungkook...o senhor dessa casa...a besta que vive aqui. – Meu nome é Junghyun. Eu sou o...– O que está te segurando como prisioneira. – Eu queria encontrar você.

– Eu não quero encontrar você! Eu te odeio!

Mas...você gostou dos quartos? Eu tentei fazer tudo legal para você.

– Você está louco? Você me sequestrou! Você é um sequestrador.

– Eu não te sequestrei. Seu pai deu você para mim.

– Ele foi forçado.

Aquilo me deixou com raiva. – Sim, certo. Ele invadiu minha casa. Ele te contou isso? Ele estava me roubando. Eu tenho tudo em vigilância. E então, ao invés de pegar seu punimento como um homem, ele trouxe você aqui para pegar isso para ele. Ele estava disposto a te vender para salvar ele. Eu não vou te machucar, mas ele não sabia disso. Por tudo que ele sabia, eu poderia estar mantendo você em uma cela.

Ela não disse nada. Eu pensei em que história ele contou para ela, se essa era a primeira vez que ela sabia a verdade.

– Que idiota, – eu murmurei, começando a andar para longe.

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