Quinta Parte

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Lapsos de tempo, Outono e Inverno

1

Do lado de fora das janelas fechadas, folhas começaram a cair, mas do lado de dentro, tudo continuou o mesmo. Tudo exceto Roseanne e eu. Nós mudamos. A gente estudava juntos, e eu via que enquanto ela era inteligente, eu não era tão evidentemente não inteligente. Eu não achava que ela me odiava mais. Talvez. Talvez ela mesmo gostava de mim.

Um noite, houve uma tempestade, uma grande com relâmpagos que parecia folhas de metal atravessando o céu e trovão que mostrava que era muito perto. Isso tremeu minha cama, sacudiu o mundo, e me acordou. Eu tropecei para cima para a sala de estar, apenas para me encontrar sozinho.

– Junghyun! – Roseanne estava sentada no sofá preto, assistindo o céu acender do lugar mais longe da janela. – Eu estava terrorizada. Parecia tiros.

– Tiros. – Eu imaginei se ela escutava tiros a noite de onde ela era. – É apenas trovão, e essa casa velha é forte. Você está segura.

Eu percebi o quão doido isso era, dizendo que ela estava segura quando eu estava segurando ela como prisioneira. Mas ela disse, – Nem todo lugar que eu vivi foi seguro.

– Eu percebi que você escolheu o lugar mais longe da janela.

– Você acha que eu estou sendo boba.

– Nah. Eu estou aqui, não estou? O barulho me acordou. Eu ia estourar alguma pipoca e ver se há alguma coisa na TV. Quer um pouco? – Eu me movi para a cozinha. Eu estava sendo cuidadoso. Eu decidi que era melhor ir para longe, para não assustar ela estando perto. Era a primeira vez que nós estávamos sozinhos desde aquele dia no jardim de rosa. Sempre, nós tínhamos Will quando estudava e Magda nas refeições. Agora, sozinhos com todos dormindo, eu queria que ela soubesse que ela podia confiar em mim. Eu não queria ferrar com isso.

– Sim, por favor. Você pode fazer dois sacos, porém? Eu realmente gosto de pipoca.

– Sim. – Eu entrei na cozinha e achei a pipoca de micro-ondas. Roseanne navegou pelos canais da televisão e parou em um filme velho, A Princesa Prometida. – Esse é bom, – eu disse enquanto a pipoca começava a estourar.

– Eu nunca tinha visto.

– Você vai gostar dele, eu acho. Tem coisas para todo mundo— batalhas com espadas para mim, princesa para você. – O primeiro saco terminou de estourar e eu o tirei. – Desculpa. Isso foi provavelmente sexista.

– Está tudo bem. Eu sou uma garota. Todas as garotas fingem que ela é uma princesa um algum ponto, não importa quão pouco a vida dela tem a ver com isso. E eu gosto da ideia de

'Felizes para sempre. '– Ela deixou a televisão naquele canal. Eu fiquei lá assistindo o segundo saco inchar e considerei o que fazer com eles —colocar a pipoca em uma tigela para dividir, como Magda teria feito com as garotas que eu costumava conhecer, ou deixar no saco.

Finalmente eu disse, – Eu deveria colocar eles em uma tigela? – Eu nem mesmo sabia onde Magda deixava as tigelas. Quão triste era isso?

– Oh, não, não vá com tantos esse aborrecimentos–

– Não é um aborrecimento. – Mas eu tirei o saco, abri, então carreguei os dois sacos para a sala de estar. Provavelmente, ela pediu para o próprio saco dela então nossas mãos não se tocariam. Eu não culpava ela. Eu sentei mais ou menos 30 centímetro longe dela assistindo o filme. Era a cena onde Westley, um pirata, tinha desafiado o assassino, Vizzini, para uma batalha de inteligência.

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