Capítulo 4

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Dois dias mais tarde, as quatro da manhã, eu esperei em baixo enquanto Magda acordava Roseanne e a encaminhava para porta. Estava escuro, então eu encarei a janela desde que não havia ninguém para ver. A nossa volta, a Cidade que Nunca Dorme dormia. As ruas estavam vazias. Tinha nevado um pouco a noite, e as calçadas estavam sem pegadas. Mesmo os caminhões de lixo não estavam fora ainda.

– Onde a gente está indo? –Roseanne perguntou quando ela desceu.

– Confia em mim? – Eu segurei minha respiração pela resposta dela. Ela tinha todas as razões para não confiar em mim. Eu tinha sido o sequestrador dela, seu captor, ainda eu preferiria morrer que machucar um único cabelo da cabeça dela. Eu esperava que depois de cinco meses vivendo comigo, ela soubesse disso.

– Sim, – ela disse, parecendo tão surpresa com as novidades quanto eu.

– Nós vamos para um lugar ótimo. Eu acho que você vai realmente gostar.

– Eu tenho que fazer alguma mala?

– Eu tenho tudo que você vai precisar.

Will chegou e eu encaminhei Roseanne pelo portão, e eu andei com ela em torno da entrada de segurança da nossa construção. Segurei o pulso dela, mas eu não usei força. Ela não era mais minha prisioneira. Se ela corresse, eu a deixaria ir.

Ela não correu. Meu coração tinha esperança que ela não tinha corrido porque ela não queria ir embora, mas talvez ela simplesmente não sabia que eu não ia segurar ela. Ela seguiu minha liderança para a limusine que estava esperando.

A limusine tinha sido feito do meu pai. Depois que eu falei com Magda, eu liguei para ele no trabalho. Levou algum tempo para passar pelo sistema de telefone do estúdio, mas finalmente eu escutei aquela voz famosa, cheia de preocupação paterna.

– Jungkook, eu estou quase no ar. – Era quase cinco e quinze.

– Isso não vai levar muito tempo. Eu preciso da sua ajuda. Você me deve isso. – – Eu te devo isso?

– Você me escutou. Você me trancou no Brooklyn por mais de um ano, e eu não reclamei. E também não fui para o canal Fox com minha história de filho do Sr. Jeon besta. Encare isso, você me deve.

– O que é que você quer, Jungkook?

Eu expliquei. Quando eu terminei, ele disse, – Você quer dizer que você tem uma garota morando ai?

– Não é como se a gente estivesse fazendo isso.

Pense na responsabilidade.

Sabe, papai, quando você me abandonou com a empregada, você perdeu o direito de supervisionar minha conduta.

Eu não disse aquilo. Afinal, eu queria alguma coisa dele.

– Esta legal, Papai. Eu não estou a machucando. Eu sei que você está tão preocupado quanto eu sobre me livrar dessa maldição. – Eu tentei pensar no que Will diria. Will era inteligente. – Isso é o porquê disso ser tão importante que você me ajude com isso. O mais cedo que eu me livro disso, menos chances que há de alguém descobrir.

Eu fiz isso tudo sobre ele porque esse é o jeito que ele pensaria nisso.

– Tudo bem, – ele disse. – Me deixe ver o que eu posso fazer. Eu tenho que ir para o ar agora. – O que ele fez foi cuidar de tudo—o lugar, o transporte, tudo, menos um cara para alimentar as rosas. Aquilo eu tinha feito. Agora eu assisti Roseanne enquanto ela cochilava, a cabeça dela encostada no meu ombro, e agora o carro fez seu caminho através ponte de Manhattan. Eu me senti como alguém que tinha sido jogado por uma corda na beira de um penhasco. Havia uma chance que isso ia funcionar, mas se não funcionasse, eu cairia, e cairia duro. Embora Roseanne dormisse, eu não podia. Eu assisti o começo do trafego rolando nas luzes minguantes da cidade. Não estava tão frio. Pelo meio-dia, a neve luminosa seria uma bagunça lamacenta, mas logo estaria frio e o Natal e muitas coisas para se olhar mais perto. Magda e Will dormiam no outro lado do banco. O motorista tinha tido um ataque quando viu Piloto. – Ele é um cão de serviço, – Will tinha explicado. – Isso significa que ele não vai fazer cocô nos bancos?

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