Capítulo 4

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Ok, talvez Cristal não tivesse dito a Kendra que ela era minha acompanhante para o baile. Mas definitivamente tinha dito a todos os outros. Quando cheguei a escola, duas garotas que aparentemente sonhavam que eu fosse pedi-las, me ignoraram, e Jimin se já estava ao meu lado logo quando eu cruzei a porta.

– Cristal Olsen – levantou a mão para que eu batesse. – Bom trabalho.

– Muito bom.

– Muito bom – me imitou. – Ora, vamos, é a garota mais gostosa da escola.

– Por que eu iria me conformar com menos que o melhor?

Imaginei que Kendra também soubesse disso, logo que me surpreendi quando ela veio até mim no corredor entre as aulas.

– Hey – enlaçou seu braço com o meu.

– Hey – tentei não tirar o braço de uma vez ou olhar para ver quem podia está me vendo com esse adesivo pregado em mim. – Tentei ligar para você ontem à noite.

Pela primeira vez, ela pareceu desorientada.

– Não estou no diretório. Sou... hum, nova este ano. Estudante transferida. – Imaginei algo assim – ainda estava pendurada em mim. Alguns dos meus amigos se aproximaram e automaticamente tentei escapar da sua garra. – Au!

– Uma de suas unhas me arranhou.

– Sinto muito.

– Então, o baile continua de pé?

– Claro. Por que não estaria? – me olhou fixamente.

Estava a ponto de lhe contar uma mentira, a parte sobre como teríamos que ficar no baile porque meu pai não podia nos levar por causa do noticiário das seis, quando ela disse:

– Acho que devíamos nos encontrar aqui.

– Sério? A maior parte das garotas querem, você sabe, uma Escolta Real. – Não. Pode parecer estranho, mas minha mãe ficaria totalmente emocionada com que eu vá a um baile com um garoto.

Como alternativa a que? Um lobisomem? Isso era bom demais para ser verdade.

– Ok. Eu comprarei sua entrada e vejo você aqui.

– Até lá então – começando a se afastar.

Depois lembrei o que Cristal tinha dito sobre o ramalhete. Imaginei que lhe perguntar sobre isso para que parecesse mais autêntico.

– Kendra, qual a cor do seu vestido? Meu pai disse que é adequado que eu lhe dê um ramalhete.

– Oh, ainda não decidi o que usarei. Algo preto... é minha cor característica.

Mas uma simples rosa branca combina com tudo, não é? Simboliza a pureza. Era tão incrivelmente feia que imaginei por um segundo como seria se eu estivesse realmente planejando levá-la ao baile, me inclinar até ela, olhar esses dentes cobertos de molho, esse nariz aquilino, e esses estranhos olhos verdes, e prender o ramalhete enquanto todos meus amigos estariam de pé, rindo de mim. Por um segundo me perguntei se ela realmente não era uma bruxa. Impossível. As bruxas não existiam.

– Como preferir – disse. – Vejo você no baile?

Seráuma noite memorável.



Notas Finais!!

Capítulo pequeno. Curtam, e comentem...

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