Ficou mais frio e molhado, e eu peguei então eu podia falar com Roseanne sem me preocupar com todas as palavras. Um dia, depois das nossas aulas, ela disse, – Então, o que tem no quinto andar?
– An? – Eu tinha escutado o que ela disse, mas eu queria embromar e pensar numa resposta. Eu não tinha ido no quinto andar desde que ela veio. Para mim, o quinto andar significava desesperança, significa sentar na janela lendo O corcunda de Notre Dame e se sentindo tão sozinho quanto Quasimodo. Eu não queria ir para lá.
– O quinto andar, – Roseanne disse. – Você está no primeiro, a cozinha e a sala de estar estão no segundo, eu estou no terceiro, e Will e Magda estão no quarto. Mas quando eu vim aqui, eu vi cinco conjuntos de janelas.
Agora eu estava pronto. – Ah, nada. Caixas velhas e coisas.
– Uau. Isso parece interessante. Nós podemos ir olhar? – Roseanne começou a ir para as escada.
– São apenas caixas. O que tem de interessante nisso? Isso vai fazer você espirrar.
– Você sabe o que tem nas caixas? – Quando eu balancei minha cabeça, ela disse, – Isso é o que é interessante. Podem ter enterrado um tesouro lá.
– Em Brooklyn?
– Ok, talvez não um tesouro real, mas outro tesouro—cartas velhas e fotos.
– Você quer dizer velharias.
– Você não tem que vim. Eu posso olhar sozinha, se não são suas coisas.
Mas eu fui. Mesmo que a ideia do quinto andar trouxe uma sensação de pavor que sentou no meu estomago como carne podre, eu fui porque eu queria passar um tempo com ela.
– Oh, olha. Há um sofá perto da janela.
– Sim, é bem legal sentar lá e assistir as pessoas andarem. Eu quero dizer, devia ser legal pra quem quer que morou aqui.
Ela escalou o banco da janela, meu banco de janela. Eu senti uma pontada. Ela deve ter sentido falta sair de casa. – Ah, você está certo. Você pode ver todo o caminho da estação de metrô até aqui. Qual estação é aquela?
Mas eu estava falando. – Você pode assistir pessoas irem do trem para os seus trabalhos, e voltar a tarde. – Quando ela me olhou, eu disse, – Não que eu já tenha feito isso.
– Eu faria. Eu aposto que pessoas faziam isso todo o tempo. Você pode ver vidas inteiras aqui.
Ela se inclinou, encarando a rua lá em baixo. Eu encarei ela, o caminho que a trança vermelha dela descia grossa pelas costas dela, ficando dourada no sol da tarde, as sardas na pele branca dela. Qual era o negócio com sardas? Você pegava cada uma, cada hora, ou pegava tudo de uma vez? Passando, eu observei os olhos dela, cinza claro, rodeado de cílios esbranquiçados. Eles eram olhos gentis, eu pensei, mas podia qualquer olho ser gentil o suficiente para perdoar minha bestialidade?
– E as caixas? – Eu mencionei para as pilhas nos cantos.
– Oh, você está certo. – Mas ela parecia desapontada.
– A janela fica mais interessante por volta das cinco. É essa hora que as pessoas começam a voltar do trabalho. – Ela olhou para mim. – Bem, eu posso ter sentado nesse banco... uma vez ou duas. –
– Ah, eu vejo.
A primeira caixa que ela abriu estava cheia de livros, e mesmo que Roseanne tinha centenas de livros, ela ficou toda excitada. – Olha! Uma Pequena Princesa! Esse foi o meu favorito na quinta série! – E eu fui para o lado dela para olhar. Como garotas ficavam excitada com coisas tão estúpidas?
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Beastly
RomanceJeon Jungkook era um jovem bem-sucedido e cobiçado pelas mulheres, mas ao tentar humilhar Kendra, ela lança uma maldição. Para quebrar o feitiço, Jungkook tem de fazer com que uma mulher consiga amá-lo de verdade. Ele volta a ter esperanças quando...