6 Sr. Christopher White

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Acordei muito puto, com verdadeiro ódio da puta minha secretária, essa incompetente achou realmente que uma foda faria diferença em seu lugar na empresa, agora estou sem secretária e com um processo de assédio nas costas.

Mantenho minha vida pessoal o mais distante da mídia possível, é o modo que eu encontrei para proteger minha vida pessoal, bem como a minha empresa.

Vou em direção ao quanto da minha filha, que ainda dorme, desço tomo o café da manhã e vou direto para empresa para apagar os incêndios causados pelo processo da minha secretária.

- Senhor? - Nem me dou ao trabalho de prestar atenção em quem está me chamando.

- Você será o meu assistente temporário? - Digo olhando os e-mails do meu celular.

- Sim senhor. O advogado de Albert White está esperando ser atendido aqui na recepção da sua sala. - Paro de andar imediatamente e olho para o meu assistente. Um menino, recém-formado provavelmente, em início de carreira, que mal chegou e já quer testar minha paciência.

- Eu não tenho nada a tratar com os assuntos dele, pode manda-lo embora. - Digo e continua a olhar meus e-mails. Quando finalmente encontro uma nota com remetente do advogado do velho Sr. White.

[ De: Carl Álamo, Advogado.

Assunto: Processo de Transição de Bens Mediante a Herança.

Presado Sr. Christopher White, em decorrência de um infarto fulminante o caro Sr. Albert White veio a óbito durante a madrugada de hoje.

Em vista desses acontecimentos faz-se necessário um diálogo franco pessoalmente visando tratar de assuntos financeiros e pessoais.

Sem me dar tempo de mudar de ideia ligo para o telefone da entrada da minha sala, onde sei que meu secretário se encontra.

- Mande o Sr. Carl entrar imediatamente. - Dou a ordem ao assistente enquanto tento absorver a morte do homem que me colocou no mundo. Foi tarde.

Entra inexpressivo o tal do Carl, olha avaliativo minha sala e então me encarra.

- Aparentemente o Sr. e o seu pai têm gostos de arquitetura bem distintos. - Dessa vez quem mantem o olhar inexpressivo sou eu ao ouvi-lo falar.

- Creio que comparar meu gosto de design de ambientes ao do Sr. White não faz parte da pauta de hoje não? - Respondo direto querendo saber logo o motivo de um encontro pessoal. Afinal tudo poderia ser tratado via e-mails.

- Felizmente não, venho aqui pois seu pai faleceu na noite passada, ele sofreu um ataque cardíaco fulminante. O Sr. Ivan estava presente e assim que constatou seu falecimento cometeu suicídio. O caso não foi sequer aberto, pois a Sra. que trabalha a anos na casa do seu pai foi testemunha do suicídio.

- Isso dificulta a situação, mas ainda não é justificativa para a sua presença. Pare de enrolar e vá direto ao ponto. - Quero o máximo de distância daquele homem e tudo o que o envolve.

- Realmente, o que dificulta as coisas é a existência de uma nova aquisição. Além das antigas.

Ouvir essa frase me gela a alma. Sei o que ele fazia, sempre soube, mas sempre foi inútil lutar contra, pois justo as pessoas que poderiam pará-lo eram aquelas que facilitavam as suas aquisições, ele tinha rabo preso com muita gente grande do poder executivo e judiciário.

- Por que não pode simplesmente soltar essa aquisição? Tenho certeza que Barbara ficará feliz com a liberdade. E quem quer que seja a mais.

- Bem, essas aquisições são menores de idade, e o responsável foi quem as vendeu, e como elas pertenceram ao seu pai, serão passadas a você na herança.

- Aquisições? São mais de uma?

- Sim senhor, eu estava presente na transação, uma menina de 17, uma 7 de e um garoto de 10.

- Crianças pequenas assim, acho que quanto mais velho pior ficou a noção dele.

- Os menores são irmãos da menina de 17, aparentemente seu pai não tocou neles, mas os usava para chantagear a moça.

- Pode manda-los todos para a minha casa que eu vou resolver isso. A papelada mande aos meus advogados.

- Sim senhor.




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