11 Srta. Anya Castle

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Jade foi muito gentil. Indicou com muita precisão todos os 118 cômodos internos, isso levou quase três horas, quando terminamos eram umas 19h. Fomos chamados pela Sr. Terrien para o jantar e a Srta. Jade mostrou para mim e meus irmãos nossos quartos, que eram no mesmo andar dos funcionários, no segundo andar. Já o quarto da Srta. Sara e do Sr. White ficam no mesmo andar, no quarto andar.

No primeiro andar se tem uma enorme sala de jantar e um mais enorme ainda salão de festas, o segundo andar era ocupado com a lavanderia alojamento dos funcionários e cozinha. No terceiro encontrava-se escritório brinquedoteca, sala de tv, e uma pequena sala de aula. O quarto andar abriga os quartos da família White, o quinto andar tem quartos de hóspedes e por fim chegamos no sótão. Além de tudo isso tinha um porão enorme que é todo equipado como uma academia, com uma parte muito fofa para treinar dança, acho que a filha do Sr. White faz balé.

Estamos todos reunidos na mesa da cozinha para apreciarmos o jantar, torço para que essa refeição não termine nunca. Me mantive tranquila o dia inteiro, conhecia a casa, os seus habitantes, o seu dono, fiz com que minhas crianças se sentissem entusiasmadas com a mudança, mas não consigo tirar da base dos meus olhos o peso das lagrimas não derramadas, lagrimas de medo, de angustia pelo futuro que nos aguarda.

Eu mantenho um sorriso para meu menino, minha pequenina, e para a Srta. Sara, que nada sabe, e não carrega nenhuma culpa dos meus infortúnios. Ainda que eu me ressinta de seu pai e seu avô, eu acredito que posso transformar para melhor o futuro desta menina, que mal nasceu e já tem que batalhar contra a tendência natural da família de ser uma pessoa corrosiva para as outras.

Sirvo o prato das três crianças adequando as quantidades para porções que cada uma aguentará comer.

-Sra. Terrien, a Srta. Sara não deveria fazer as refeições com o Sr. White? - Perguntei enquanto as crianças estavam comento e interagindo curiosas umas com as outras com a novidade de ter companhia.

- Quando ele está em casa eles fazem sim as refeições todas juntos, mas no momento ele ainda está na empresa e não vamos deixar nossa menina com fome até que ele chegue. Ele está ciente de que quando ele se demora ela come conosco. Não se preocupe, ele não tem objeções quanto a isso. - Ela falou com muita calma, com sua voz naturalmente feliz. - A propósito me chame de Lucia querida, não precisamos de formalidades entre nós.

Confirmo com a cabeça e continua comendo e observando as crianças.

- Sara, você quer brincar comigo e com o Artur depois da janta, a gente gosta de brincar lá em casa antes de dormir, a gente brinca de pega-pega ou esconde-esconde, a nossa casa não é tão grande, mas a gente tem nossos esconderijos.

- Aqui num tem com quem eu brincá, aí eu brinco de inventar, as vezes brinco de desenho, mas eu quero muito brincá cum vocês sim.

Paro de olhar a interação deles quando noto uma movimentação com o canto dos meus olhos. Viro lentamente e congelo ao constatar que encostado no batente da porta da cozinha, tranquilamente nos observando está o Sr. White.

Sem falar com ninguém, e sem desviar os olhos dos meus, ele mantém uma postura relaxada, mas um semblante sério demais para eu conseguir ficar relaxada.





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