UNEXPECTED LOVE ↯ noart [parte dois]

cento e trinta e sete¡! ♡

Noah.

Não consegui me segurar depois de ver o estado em que Any se encontrava. Mesmo sem dizer quem havia sido o responsável por isso, eu já sabia. Notei um sorriso discreto nos lábios do cretino enquanto descia os degraus. Óbvio que foi esse filho da puta. Em passos apressados fui até e desferi o primeiro soco.

Sim, o primeiro, porque depois andei até onde ele caiu e passei a batê-lo mais. A essa altura todos estão ao nosso redor gritando e acompanhando tudo. Ryan tenta me segurar mas eu o empurro e volto ao que estava fazendo. Chega um momento onde o desgraçado cansa de apanhar e decide revidar.

Ele me empurra para o lado e se levanta. Antes de atacar, ele limpa com o dorso da mão o sangue que escorria na lateral de sua boca. Não consegui me mexer pois bati as costas com força na parede. Doeu para um cacete. Ele começa a me dar chutes e então me vira de barriga para cima para receber socos no rosto.

Não sei quanto tempo se passou até tirarem ele de perto de mim, mas foi o suficiente para ter feito um estrago na minha cara. Com dificuldade, vejo que as pessoas me olham aterrorizadas. Samuel me ajuda a levantar. Haley está com o namorado olhando seus machucados. Como ela pode ficar do lado dele?

— Você enlouqueceu? — se vira para mim zangada.

— Ele fez mal a Any.

— Haley, ele não é quem você pensa. — a morena diz.

— Não entendo porque estão agindo assim.

— Chegou... — paro devido à ardência no canto da boca. — Até a ameaçá-la. Ela não te contou?

— Não sei do que está falando. — diz o idiota com desdém.

— Não se faça de sonso, Beauchamp! — Any se exalta.

— Isso é verdade? — Haley se vira para ele preocupada.

— É claro que não, amor. — pega o rosto dela com as duas mãos. — Nunca nem falei com ela.

— É muita cara de pau.

— Eu não sei porque você está dizendo mentiras ao meu respeito, Gabrielly.

— Para de ser fingido. Admite de uma vez que quer tomar o meu lugar na escola e que diz coisas horríveis para me fazer desistir do emprego.

— Está blefando.

— Olha aqui, seu merda! — tento ir até ele mas Samuel me impede. — Deixa ela em paz ou eu acabo com a sua raça.

— Eu não tenho medo de você.

— Já chega! — Heyoon interfere.

Haley sai de perto dele e vem em minha direção. Seus olhos estão cheios de lágrimas. Espero que ela diga que cometeu um erro ao aceitar ficar com ele, porém levo um tapa. Linsey corre até nós e a afasta de mim. De todos esses ferimentos, o tapa foi o que mais doeu pois foi assim que percebi que tinha perdido minha amiga.

— EU TE ODEIO! — grita em meio ao choro.

— Haley, para com isso. — Linsey tenta convencê-la.

— Solte o Josh. — ordena a Ryan que tira as mãos do estrupício. — Venha, amor. Irei cuidar de você.

O abraça e leva com cuidado para o andar de cima. É inacreditável! Ela vai mesmo ficar ao lado desse imbecil? Bufando de raiva me solto das mãos de Samuel. Sento no sofá e fecho os olhos. Sinto a mão de alguém sobre a minha, mas não me atrevo a ver quem era.

— Ela ouviu o que dissemos aqui?

— Vocês conversam outro dia, quando ela estiver mais calma. — Krys diz me fazendo abrir os olhos.

— Heyoon, você pode levar a Any para casa? Por favor.

— Posso, claro.

— Vou aproveitar a carona e ir também. — Sofya as segue.

— Eu te ajudo com os ferimentos.

— Obrigado, Jo.

— Deixa que eu puxo a caixa de primeiros socorros. — Samuel vai para o primeiro andar.

— Eu vou atrás da Haley. — Linsey sai.

— Ai meu Deus, que loucura! — Ryan passa as mãos nos cabelos um pouco nervoso.

— Gente, eu... — Emiko tenta dizer algo mas fica receosa. — Isso é culpa minha.

— Por que diz isso?

— Fui eu quem apresentei os dois. Nunca poderia imaginar que o Josh fosse esse babaca. Ele era tão diferente anos atrás.

— Não se culpe por isso, Emi. Só espero que a Haley se dê conta de que ele não presta e acabe com esse relacionamento.