UNEXPECTED LOVE ↯ noart [parte dois]

cento e oitenta¡! ♡

Sina.

Não quis contar sobre ele ali no banheiro. Só vou fazer isso em casa. Any concordou e me ajudou a retocar a maquiagem. Estou calma graças a ela. O abraço que recebi foi tão reconfortante, se mostrou uma grande amiga. Fico feliz que não teve rivalidade entre nós. Hoje em dia é difícil ver algo assim.

Ela pega minha mão e voltamos para a mesa. O garçom que está nos servindo repara em nossas mãos unidas e lança um olhar de desprezo. Provavelmente é um homofóbico. A morena ao meu lado suspira e se senta. Noah pega meu rosto com as duas mãos e me analisa. Meus olhos estão vermelhos e inchados devido ao choro.

— O que aconteceu, meu amor?

— Teve crise de ansiedade. — diz Any colocando o guardanapo no colo.

— Está melhor? Quer ir embora?

— Estou bem. — olho para as comidas em cima da mesa. — Nós só sairemos daqui depois de comer.

— Certo.

— Esse burrito está com uma cara ótima.

— Quer experimentar?

— Já estão agindo como um casal. — Any bate palmas. — Só falta o pedido.

— E-eu... — nós duas rimos.

— Gaguejou perdeu o argumento.

O clima ficou tão leve que por um momento esqueci de Josh e sua mulher na outra mesa. Noah se mostrou tão carinhoso. Me ofereceu seu prato para que eu provasse e eu fiz o mesmo com ele. O melhor é que as pessoas é que as pessoas que estavam no restaurante não nos importunaram. Pudemos aproveitar a noite como pessoas normais.

— Obrigada.

— Pelo quê?

— Por me fazerem rir em um momento como esse.

— Como assim? — Noah fica confuso.

— Irei explicar quando chegarmos ao apartamento.

— Eu que agradeço por ter vocês como amigos. São as melhores pessoas que já conheci.

— Isso foi fofo.

— Vou chorar de novo.

— Nada disso. Quero ver a senhorita sorrindo. Seu sorriso é tão lindo, Sina.

— Gente, é sério. — escondo meu rosto com as duas mãos. — Não sei lidar com tantos elogios.

— Eu já disse para se acostumar.

— Não consigo.

— Você merece isso e muito mais.

— Posso colocar vocês em um pote?

— Tenta, mas acho que não vai caber.

Rimos mas seus sorrisos se desfazem. Ficam sérios observando algo atrás de mim. Sinto uma aproximação e me viro para ver. Josh e a moça estão vindo de mãos dadas para cá. Sinto meu coração doer ao ver as alianças. São casados. Seu olhar encontra o meu e seu rosto fica pálido, mas logo se recompõe. Os dois param em nossa frente e o loiro sorri para mim antes de pronunciar:

— Oi, Sina.