cento e sessenta e nove¡! ♡

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Sina.
{Dia seguinte, Any indo para o Brasil}

Nós estávamos arrumando as nossas malas. Voltaremos para São Paulo hoje. Passei tantos momentos fantásticos aqui e pretendo voltar em breve. Dou um abraço demorado em minha tia, que me agradece por ter vindo. Em seguida me despeço de Rick. Vou em direção à porta e ao abri-la quase caio para trás.

— Any?

— Eu preciso conversar com você, Sina. É importante.

— Como assim? Aconteceu alguma coisa com o Noah?

— O que está acontecendo aqui? — minha tia aparece com uma expressão confusa.

— Ei! — Manuel aparece ofegante. — Me desculpa, senhora. Eu tentei impedi-la.

— Está tudo bem.

— Podemos conversar em particular?

— Claro.

— Vamos esperar você lá embaixo.

Minha mãe deposita um beijo em minha testa e sai levando a tia Amanda e o Rick. Dou espaço para que entre. A morena analisa todo o lugar com cautela. Vou até o sofá e ela faz o mesmo se sentando ao meu lado. Isso é tão estranho! O silêncio reina por um tempo. Decido então observá-la. Posso ver o quanto está nervosa. Mexe no cabelo constantemente e enxuga as mãos na calça jeans.

— O que quer comigo?

— Noah está fora da banda "temporariamente". — faz aspas com os dedos na última palavra.

— O que? — minha boca se abre em surpresa.

— Você tem que ir para Los Angeles conversar com a Heyoon.

— E-eu... — tento dizer algo mas sou interrompida.

— Por favor, Sina. Talvez ela te escute.

— Olha, pelos poucos momentos que tive com ela, percebi que essa mulher não gosta de mim. Seria inútil.

— Eu acredito que conseguirá.

— Como pode ter tanta fé em mim se mal me conhece?

— Pelo que Noah me contou, você é uma mulher incrível. E vendo agora, ele tem razão. — sorrio com isso.

— Eu agradeço, mas não posso.

— É claro que pode. Se for dinheiro, isso não é problema. Posso te ajudar com isso.

— Não quero que... — ela levanta a mão me fazendo calar a boca.

— Eu insisto!

— Isso é loucura.

— Você é nossa única chance de manter o Noah no Five Night.

Essas palavras me atingiram em cheio. Sinto uma dor terrível no peito só de imaginá-lo triste ao receber a notícia. Ele ama tanto a banda. Não posso ficar de braços cruzados vendo isso acontecer.

— Está bem.

— Ótimo. — ela se levanta.

— Any. — seguro sua mão. — Como ele está?

— Um pouco triste, mas sua visita vai animá-lo. Eu tenho certeza.

— Você realmente o ama.

— Sim. Foi a primeira pessoa que se importou comigo depois que os meus pais faleceram. Tenho um enorme carinho por ele. — vai em direção à porta. — Te peço que não desista de ir. Apesar da Yoon se mostrar rigorosa, ela ama aqueles cinco. Faria de tudo para que fossem felizes.

— Será mesmo?

— Eu a conheço, Sina. Ela só quer protegê-lo.

— Entendi.

— Volte para São Paulo e se organize. Na próxima segunda iremos para os Estados Unidos.

— É normal ficar com medo?

— Eu também me senti assim anos atrás. Fique tranquila, vai dar tudo certo.

— Poderia me dar seu número?

— Sim. — ofereço meu celular e ela digita. — Pronto.

A acompanho até lá embaixo. Minha família já me esperava do outro lado da rua. Estão em um quiosque. Any se despede de mim e entra em um táxi que tinha acabado de estacionar. Fico a pensar como será daqui a oito dias quando eu ir para lá. Logo me veio um frio no estômago. Respiro fundo tentando manter a calma.

UNEXPECTED LOVE ↯ noart [parte dois]Onde histórias criam vida. Descubra agora