duzentos e cinco¡! ♡

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Sina.

— Tem algo errado.

— E se... — pego o caderno. — Trocasse a ordem? Primeiro o meu, depois o seu.

Ele pensa por alguns segundos e volta a tocar. Sua voz preenche o ambiente. Instantaneamente fecho os olhos e relembro tudo o que nos aconteceu. Desde o meet & greet até esse momento. O silêncio retorna e eu abro meus olhos.

— É isso! — ele diz contente.

— Como a próxima parte é o refrão, podíamos escrever juntos. O que acha?

— Acho perfeito.

— Vamos revezar. Uma frase sua, outra minha.

Em dez minutos criamos o verso. Foi uma experiência tão incrível. Quando ele termina de cantar, Linsey aparece na porta. Percebo seu olhar malicioso para nós, mas permaneço quieta.

— Desculpa interromper, mas o jantar vai ser servido agora.

— Ótimo. — me levanto. — Vou acordar a Lele.

— Pelo cheiro já sei que foi a vovó.

— Só porque vocês vieram ela decidiu cozinhar. — rimos.

— Que bom, então!

Passo direto para o quarto mas senti o olhar dos meus sogros sobre mim. Respiro fundo tentando não me abalar com isso. Se acalma! Na hora do jantar eles vão te conhecer melhor e vamos nos dar bem.

Abro a porta e vejo a cama vazia. Confusa, procuro por ela e a encontro encolhida ao lado da escrivaninha. Será que teve pesadelo? Me aproximo com cuidado e percebo que está assustada. As mãos estão tremendo. Os olhos estão vermelhos. Me agacho para ficar na sua altura.

— O que aconteceu, meu amor?

— É o Ti-tiven. — sua voz sai baixa.

— Você sonhou com ele?

— Sim. — limpa as lágrimas.

— Oh, minha princesa... Não fica assim. Não é real, pode ficar tranquila.

— Eu ouvi vucê dizeno que ele ta dodói.

— Sim... — mordo o lábio. — Mas já está melhor.

Vidade?

Verdade. — beijo sua testa. — Agora vamos comer. Ouvi dizer que a comida da vovó Urrea é maravilhosa.

Ajudo ela a se levantar e caminhamos até a sala de jantar. O meu coração fica apertado pois logo a preocupação com o meu irmão volta. Coloco um sorriso no rosto para disfarçar e me sento ao lado de Noah na mesa. Todos já estavam a nossa espera.

— Está tudo bem? — ele sussurra.

— Sim, não se preocupe. — faço o mesmo.

— Impossível. — despeja o suco de laranja no copo. — Lele está com cara de choro.

— Foi só um pesadelo.

— Tem certeza de que é só isso?

— Tenho.

— Então, Sina... — Wendy inicia o diálogo. — Por que quis ser mãe tão cedo?

UNEXPECTED LOVE ↯ noart [parte dois]Onde histórias criam vida. Descubra agora