UNEXPECTED LOVE ↯ noart [parte dois]

cento e oitenta e dois¡! ♡

Sina.

Noah se levanta furiosa e anda de um lado para o outro passando a mão nos cabelos. Any alisa minhas costas enquanto choro baixo. Está sendo difícil revelar isso a eles. Guardei isso comigo durante quatro anos. Fiquei com tanta vergonha de mim mesma. Nem os meus pais sabem. Quando descobrimos a gravidez, eu disse que permiti quando na verdade a realidade era outra.

— Ele é o pai da Lele, não é?

— Sim. — enxugo as lágrimas. — Ele quem me abandonou grávida.

— Eu vou matar esse filho da puta.

— Se acalma. — a morena tenta segurá-lo mas ele se esquiva.

— Calma? Esse desgraçado fez mal à Sina.

— Eu temo pela Haley. — digo chamando a atenção deles.

— Você acha que ele está sendo abusivo com ela também?

— Provavelmente. — me levanto e vou até o parapeito. — O jeito que ela se portou me deixou preocupada. Eu agia da mesma forma quando namorava com ele.

— Ainda dá tempo de denunciar. Ele pode ser preso.

— Acha que minha denúncia ainda é válida?

— Claro que é.

— Esse miserável tem que pagar.

— E a Lele? — Any se aproxima. — Você falou dele para ela?

— Disse que está morto. Afinal, era o que eu queria acreditar.

— Eu acho melhor ela continuar com esse pensamento.

— Sim, também acho. Quanto menos souber, melhor.

— Vamos destrui-lo. — Any diz determinada.

— Eu peço, por favor, que isso fique apenas entre nós.

— Sim, vamos ficar quietos.

Nesse momento, a porta de emergência se abre e Sofya aparece. Solta um suspiro de alívio ao nos ver.

— Ah, vocês estão aqui.

— Como sabia que estávamos no prédio?

— Ouvi a voz de vocês no corredor mas como não entraram achei que fosse coisa da minha cabeça.

— Você deixou minha filha sozinha? — me preocupo.

— Calma, o Andrey está lá brincando com ela.

— Não sabia que ele tinha vindo também.

— A Heyoon que o chamou. Quer falar sobre um feat dele com a banda.

— Aposto que foi ideia sua.

— Com certeza. Você indicou o Lamar e eu tive que indicar o meu namorado, ué.

— E a Joalin, Shivani e Krystian? — pergunto curiosa.

— Não quiseram falar. Vão fazer um pouco de suspense.

— Bom... — caminho em direção à saída. — Já vou indo, estou tão cansada.

— Somos duas. — Any me segue.

— Sina, sua menina é tão fofa, não quer me dar ela? — rimos.

— Ela é o meu tudo. Acho que se a tomarem de mim eu morro.

— E por que fariam isso? Você é uma mãe fantástica.

— É verdade. — Noah passa seu braço por cima do meu ombro. — Não tem o porquê de pensar nisso.

Assinto. Mesmo sabendo que estão certos, eu sinto tanto medo. Meu coração erra uma batida só de pensar na possibilidade disso acontecer. Não posso viver sem a minha filha. É ela quem me dá forças para continuar. É o motivo pelo qual não decidi colocar um ponto final na minha história. Diria que é meu anjo da guarda.