UNEXPECTED LOVE ↯ noart [parte dois]

cento e cinquenta¡! ♡

Sina.

Ainda não acredito que isso aconteceu! Se dissesse à Sina de cinco meses atrás que beijaria Noah Urrea durante a virada de ano, ela iria rir. Foi tão gostoso sentir os seus lábios macios sobre os meus. É tão viciante. E ele tem uma pegada... Minha nossa senhora! Um arrepio percorre por meu corpo só de lembrar. Não vejo a hora de isso acontecer novamente.

Desde que voltamos, não nos desgrudamos. Curtimos um pouco o show e fomos passear pela praia. Ao ficarmos longe o suficiente dos outros, ele pega minha mão e entrelaça nossos dedos. Sorrio com tal gesto. Estou me sentindo nas nuvens. Ele tira o boné e os óculos, e de repente para de andar e se volta para mim.

— Eu estou tão feliz. — olha nossas mãos unidas e volta a atenção para mim. — Parece um sonho ter você aqui comigo.

— Digo o mesmo. Nunca poderia imaginar que eu estaria vivendo esses momentos com você.

— Só precisamos ter cuidado. Meu término ainda é recente e não quero ver você passando por problemas.

— Pode deixar. — ele me puxa para sentar na areia. — Isso tudo é uma merda. Quero dizer e postar que estou apaixonada por você e que está aqui comigo.

— Entendo. Também quero muito fazer isso, mas temos que nos contentar em deixar isso somente entre nós dois.

— É como diz o ditado: escondido é mais gostoso.

— Está atrevida hoje.

— Sim. — mordo meu lábio. — Tanto que estou com uma vontade enorme de fazer uma coisa.

— Que coisa?

O surpreendo com um beijo. Ele pega minha nuca enquanto sua língua invade minha boca passando a explorá-la. Sua outra mão pousa em minha coxa e sobe o vestido para sentir minha pele. Levo a mão ao seu cabelo e puxo levemente os fios fazendo ele soltar um gemido baixo. A brisa do mar só deixa o clima ainda melhor.

As ondas quebrando ao fundo e o som de uma música no show só faz com que esse momento se torne mais especial. O meu coração bate acelerado no peito. Faz tanto tempo que não me sinto dessa forma. Com cuidado, ele me deita sobre o solo. Sem parar o beijo, se coloca em cima de mim. Sua ereção toca minha intimidade.

Minha cabeça começa a me alertar: "Pare com isso agora, Sina!". O moreno começa a fazer um trilha de beijos até meu pescoço. Não consigo pronunciar as palavras necessárias para fazê-lo parar, ou talvez eu nem queira. Me encontro ofegante com as mãos em suas costas, por cima do tecido. Mesmo naquela posição e com a visão embaçada, vejo três silhuetas vindo para cá.

— Noah.

— Sim? — levanta a cabeça. Seus cabelos desgrenhados só o deixa ainda mais sexy.

— Olha... — aponto com a cabeça para as pessoas. — Você precisa se disfarçar.

— Que saco! — levanta chateado e pega os acessórios.

— E... Acho que estamos indo rápido demais.

— Você tem razão. Não sei o que deu em mim.

— Precisa dar um jeito nisso daí. — olho para o volume em sua calça e ele faz o mesmo.

— Me desculpe. — diz cabisbaixo.

— Ei... — seguro seu queixo fazendo ele erguer a cabeça. — Eu também quero muito isso, mas ainda não é o momento.

— Está bem.

— Quer ir para o apartamento?

— Sim, por favor.

— Tome, use a minha jaqueta para cobrir. — digo e ele pega a peça ainda sem graça.

Voltamos para lá e peço a chave à tia Amanda. Ela me encara com uma expressão divertida no rosto. Reviro os olhos com isso. De volta ao edifício, ele vai em direção ao banheiro enquanto eu tiro os saltos. Fala sério! Quem consegue passar tantas horas com isso nos pés? Os meus passaram três horas com eles e estão pedindo socorro.

Noah volta mais tranquilo e vê minha expressão de dor. Depois de eu ter dito o que era, ele se senta no sofá e pega um deles me fazendo virar para o seu lado. Começa a fazer uma massagem. Deus, como é bom! Fecho os olhos sentindo seus dedos passando por toda a região.

— Está melhor?

— Muito. — abro meus olhos exibindo um meio sorriso. — Você leva jeito com isso.

— Eu sei que sou incrível. — jogo uma almofada nele. — O que acha de assistirmos algo?

— Boa ideia. Vou acessar a Netflix.

Pego o controle remoto e ligo a televisão. Decidimos ver Friends. O americano se deita e me puxa para fazer o mesmo. Me agarro a ele pousando a cabeça em seu peito. Alguns minutos depois sinto seus dedos em meus cabelos. Começa a fazer cafuné no topo da minha cabeça. Em meio a isso acabo pegando no sono.