cento e quarenta e um¡! ♡

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Noah.

Com a forte chuva lá fora, Sina me pediu para ficar mais. Decidimos fazer brigadeiro enquanto as crianças estavam assistindo o final do filme. Se bem que elas estão quietas demais. Devem ter caído no sono. Estamos só nós dois na cozinha. Às vezes eu me pegava a admirando. É tão linda naturalmente. Volto à realidade ao ver que melou seu dedo indicador no prato com a calda de chocolate.

— O que está fazendo?

— Isso. — suja uma das minhas bochechas.

— Ah, mas você me paga, Sina Deinert!

Vou atrás já que a mesma saiu correndo pelo corredor. Ao chegar no fim dele, ela entra em um cômodo e sobe na cama. Começa a atirar almofadas em mim mas me desvio de todas com facilidade. Devagar, vou até ela e a derrubo. Subo em cima de seu corpo e começo a fazer cócegas em sua barriga. Sua risada acaba me contagiando.

— Noah! — grita se contorcendo. — P-para!

— Só se disser que eu sou lindo.

— O que? — diz entre risos. — Para, por favor!

— Diga: você é lindo.

— Nunca! — tenta me afastar.

— Então eu não vou parar.

— Ok, ok, ok. — suspira. — Você é lindo.

Tiro minhas mãos dela e deito ao seu lado. Estamos ofegantes de tanto rir. Um cheiro de queimado invade nossas narinas e ela se senta de supetão.

— O brigadeiro! — exclama apavorada.

— Você não desligou o fogo?

— Não. — se levanta da cama. — Que merda!

Voltamos para lá. A fumaça já estava por todo o ambiente. Depois de tirar a panela do fogão, ela suspira desanimada. Empurro meu prato mostrando que o meu estava com um aspecto bem melhor.

— Podem comer do meu.

— O problema não é esse.

— E qual é, então?

— Queria te provar que podia ser melhor que você na cozinha.

— Chora não, bebê. — tento tocar seu rosto mas ela se esquiva.

— Isso é culpa sua.

— Minha? Não fui eu quem começou a brincar.

— Que saco! — joga o pano de prato sobre o ombro esquerdo.

— Tenho certeza de que você é melhor do que eu em outra coisa.

— Ser trouxa.

— Verdade.

— Abusado.

Molha o dedo no chocolate e passa em minha outra bochecha. Finjo estar zangado e faço o mesmo, mas em seu nariz. Ela tenta novamente mas eu sou mais rápido e pego seu pulso. A loira se levanta para fugir mas não consegue. Agarro sua cintura fazendo com que ela paralise. Dá uns passos para trás me levando junto. Suas costas colidem com a parede.

Nossos rostos estão muito próximos. Ela desce o olhar para os meus lábios e eu faço o mesmo. Estou com uma vontade incontrolável de beijá-la. Aproximo mais nossos corpos. Nossas respirações se misturam. Minhas mãos pousam em sua cintura e ela coloca suas mãos sobre meus ombros.

UNEXPECTED LOVE ↯ noart [parte dois]Onde histórias criam vida. Descubra agora