UNEXPECTED LOVE ↯ noart [parte dois]

cento e quarenta e sete¡! ♡

Noah.

Essa noite vai ficar marcada em minha memória. Assistir um filme de mãos dadas com ela se tornou o meu passatempo preferido. E quando estávamos prestes a nos beijar? Eu nunca desejei tanto que isso acontecesse. Queria poder mostrar ao mundo que estou com ela, mas infelizmente se fizer isso, o hate vai se intensificar.

Foi então que meu amigo me sugeriu que eu tivesse uma conta privada. Assim poderia esvaziar minha galeria e dizer tudo o que eu quero ao postar as fotos. Não seria julgado e também não traria problemas para a Sina.

Último dia de 2019. Estou aqui sentado na beirada da enorme cama pensando em tudo o que passei desde janeiro até agora. A pressão para casar. Lançamento do segundo álbum e a turnê onde finalmente pude vir ao Brasil. Me apaixonar por outra mulher. Foi um ano bem agitado, mas sou grato por tudo.

Lamar e Tobi já estavam me esperando. Não consigo parar de tremer. Venho adiando a conversa com Sina há dias. Eu não posso mais fazer isso! Hoje vai ser o dia em que tomarei coragem e direi que estou apaixonado. Pode parecer um pouco precipitado, visto que que só nos conhecemos há cinco meses, mas nunca me senti dessa forma com ninguém.

Ao chegar no apartamento, todos nos cumprimentaram e nos trataram muito bem. Ficamos conversando por um tempo. Pude conhecer mais sobre a família de Sina e eles souberam mais sobre mim. Não resisti ao contar que Lamar seria um dos cantores com quem o Five Night faria feat. Nem preciso dizer que a loira surtou.

Durante o jantar, não pude deixar de admirá-la. Seu vestido preto, com o cabelo solto, saltos baixos (ela não gosta de altos)... Estava maravilhosa! Em determinado momento, Lamar me cutucou para que eu voltasse a comer ao invés de só observá-la. Tiveram algumas vezes que ela me encarou também, e quando nossos olhares se encontravam, dava uma piscadela em provocação.

Por volta das 22:30h, a família já estava se organizando para ir para a praia. Os meus amigos colocaram boné e óculos escuros, assim como eu. Antes de sairmos, Sina e Lele pegaram em minhas mãos, uma de cada lado. Não pude evitar sorrir com isso. Ao chegarmos, tinha um show acontecendo ali, então tivemos que desviar de várias pessoas para chegar perto do mar.

— Deve ser muito ruim usar essas coisas.

— E é. — digo desanimado. — Só queria me sentir normal pelo menos uma vez na vida.

— Já sei.

— Qual a sua ideia?

— Podemos ir para a cobertura do prédio. Ninguém vai lá e tem uma vista incrível. Veremos melhor os fogos.

— Eu aceito.

— Vou avisar a minha mãe e já volto.