Buquê de Jacintos

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Era uma manhã calma e rotineira. A sala do Rokudaime estava como sempre: amarrados de livros e papéis pelo cômodo, livros e papéis em pilhas próximos a mesa, mais livros e papéis em cima da mesma, assim como alguns pergaminhos. Kakashi estaria lendo alguns deles e tomando decisões importantes sobre o conteúdo de todos aqueles relatórios, se não fosse pela persistência de três ninjas que ele encarava com seu típico olhar desinteressado (lê-se: cara de paisagem)

— A resposta é não! — dessa vez, o Hokage se levantou de sua cadeira, apoiando as mãos sobre a mesa.

— Mas por que não? — está já era a terceira vez que Ino perguntava exatamente a mesma coisa.

— Porque mesmo que eu tenha dado mais alguns dias de folga para vocês três, não quer dizer que possam sair do vilarejo atoa! — o olhar de Kakashi sobre o trio Ino-Shika-Cho indicava que a paciência do mesmo estava esgotada.

— Com os assassinatos é perigoso ficar andando por ai, além disso, podem precisar de nós a qualquer momento... — o Nara tenta completar a explicação.

— E se eu for com a Ino, Kakashi-sensei? — a fala de Choji saiu tranquila, seguida de um sorriso.

— Neste caso, podem ir... — o mais velho suspira, vencido pela insistência.

Depois da autorização, a sala finalmente ficou em silencio... Por alguns segundos. Agora a Yamanaka praticamente pulava em cima do amigo rechonchudo, comemorando e se derretendo em elogios, enquanto o mesmo simplesmente ria e falava sobre todas as guloseimas que iria comer, Shikamaru apenas balançava negativamente a cabeça olhando para os dois.

— Ei... — a voz de Ino agora parecia bem mais séria, enquanto ela se aproximava um pouco mais da mesa do Rokudaime — Só deixou porque o Choji disse que iria junto? — ela parecia um tanto irritada, colocando as mãos sobre a mesa — Isso quer dizer que você pensa que eu sou...

Antes de completar a frase, o barulho das portas sendo abertas com certa brutalidade chamou a atenção de todos. Por elas, acabava de passar uma certa médica com cabelos rosa e um belíssimo buquê de flores roxas nas mãos.

— Encontrei uma substancia alérgica no bulbo das flores! — A voz de Sakura saia animada — Pode ter relação com a anoxia e... — Toda animação se esvaiu ao notar que Ino estava na sala também.

— Já estávamos de saída... — a fala de Shikamaru era tão arrastada quanto seus passos em direção a porta.

— Espera... — a loira olhava atentamente aquele buquê — Por que você quem está com isso? — ela parecia um tanto surpresa, olhando as flores.

— O que? — a voz da Haruno era um misto de surpresa e nervosismo.

— Porque ele está relacionado ao assassinato de hoje cedo. — Kakashi respondeu sério, observando a reação de surpresa estampada na cara de Ino.

— Mas... Eu fiz este buquê ontem de manhã... O rapaz... — a Yamanaka parecia realmente confusa.

— O rapaz está bem, mas a vítima foi assassinada na frente dele. — a fala do mais velho se mantinha séria e beirando a frieza.

— ...! — ela apenas se encolheu um pouco, levantando uma das mãos e aproximando do queixo — ... Não pode ser... — finalmente a loira se pronunciou, a voz pendia para a tristeza, enquanto ela juntava as mãos um tanto nervosa, encarando o nada.

— Depois falamos mais sobre isso. — o Akimichi diz enquanto, praticamente, arrasta a amiga para fora da sala.

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Shikamaru e Choji levaram Ino para fora do prédio, sabiam que ela não era boa em lidar com este tipo de notícia de surpresa, principalmente sendo algum conhecido que frequentava a floricultura.

Crime das FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora