Dia de Cravos Brancos

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A tensão tomava conta de todos.

Faltava praticamente metade dos presentes passar por aquela curta sessão de perguntas, mas nada estava muito claro ainda. Todos naquela sala sabiam que Ino era inocente, mas nem todos sabiam quem era o culpado.

Ibiki Morino parecia estar fazendo suspense por puro prazer, prolongando a angustia e a ansiedade de Ino por nada.

— Que tal você agora? — o investigador olhou para a garota de cabelo róseos.

Sem nem mesmo esboçar algum sinal de tensão sobre a escolha, Sakura sentou-se na cadeira com a aparelhagem e se manteve tranquila e séria. Ino, por outro lado, estava mais apreensiva do que das outras vezes. Sakura poderia salva-la de qualquer acusação, mas também poderia dar sua sentença de culpa.

A Yamanaka já havia notado que Ibiki, apesar de fazer poucas perguntas, se atentava à cada detalhe. Também havia outra pessoa que, possivelmente, estava analisando cada fator: Kakashi.

— E então? — a Haruno encarou Ino — Não quer me perguntar nada?

— Não é isso, é só que... — sentindo uma pontada de dúvida se realmente deveria perguntar algo, a loira continuou — As pessoas do hospital, elas estão bem agora?

— Novas em folha, como se nunca tivessem sido envenenadas.

— E como aconteceu esse "envenenamento coletivo"? — Ibiki sorriu de canto.

Para o temor de Ino, a única resposta cabível para aquela pergunta seria ser acusada. Sakura havia a acusado naquele dia e além: Ibiki estava lá no final da briga e deve ter ouvido coisa ou outra.

Não! Sakura jamais iria acusar ela como algo assim, estava ali para provar sua inocência!

De todo modo, restava agora que Sakura respondesse e sanasse todas aquelas incertezas.

— Os sintomas surgiram, inicialmente, em um total de cinco pessoas. Pouco mais de meia hora depois, o número já havia aumentado para quarenta pessoas — a médica começou a explicar e, no telão, começaram a surgir suas lembranças de como coordenou toda a equipe.

— E qual a causa? — Parecendo estar um tanto desinteressado pela resposta, o investigador anotou apenas uma coisa ou outra e depois encarou Sakura e Mozuku, que estava atrás dela — Que cara é essa, rapaz? Quer falar algo, é?

— Na verdade... — começou ele — Me lembro de Ino levar algumas bebidas para os amigos depois que conversamos. A-Apenas isso, mas é uma coisa idiota de se pensar, certo? — Fingindo ser o mais ameno que poderia, Mozuku sorriu e encarou a médica, esperando a resposta dela.

— É um ponto interessante de ressaltar, já que os envenenamentos realmente foram causados por ingestão de líquidos — Shizune quem respondeu, se intrometendo, parecendo ignorar a cara feia com que Ibiki a encarava e continuando sua teoria mais para si do que para os outros ali presentes: — Faria sentido ela primeiro ter feito uma espécie de roleta-russa com as outras visitas de Tenten e, no final, ela poderia ter aproveitado a hora do almoço para terminar tudo...

— Porém — Sakura interviu — As doses foram ministradas baixas o suficiente para que ninguém notasse.

— Provavelmente ela misturou na água do hospital, seria fácil já que ela tem acesso à praticamente todas as alas por ser uma médica — Shizune continuou com sua teoria, parecendo realmente acreditar nela.

Ino sentia-se com várias borboletas no estomago, ou melhor, várias vespas só de imaginar o quão desfavorável sua situação estava agora. Mozuku, entretanto, se controlava para não rir de como aquela Yamanaka estava sendo traída por quem confiava.

Crime das FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora