14

6 0 0
                                    

Eles estavam a algumas horas de distância.
Dois homens conectados pela história, um era seu inimigo, o outro... Alexia não sabia, ainda não,
mas sabia que estava atrás da garota que havia tirado do veículo de neve. Provavelmente o garoto
também. Nenhum deles conseguiria escapar, claro... mas ela estava procurando pelas intrigas e
pretensões, os dramas que a humanidade deles traria ao seu lar. Ela aproveitaria a chance de
observar suas tendências naturais e instintos antes de alterar suas vidas para sempre.
Ela parou no grande salão fazendo considerações: possíveis futuros, sua próxima transformação,
as mudanças psicológicas e estruturais que sua nova síntese causaria nos humanos, como daria
boas−vindas a seus novos convidados... e lhe ocorreu que seu lar, nas profundezas do gelo e da
neve, seria difícil para eles encontrarem. Ela imediatamente desejou que as portas fossem abertas,
que obstáculos fossem removidos... e ela ouviu, viu e sentiu os resultados no mesmo instante, presente numa centena de lugares ao mesmo tempo enquanto fechaduras eram quebradas e
paredes derrubadas, enquanto destroços eram empurrados de lado e aberturas alargadas.
Ela estava preparada. As coisas fluiriam mais rápido agora... e o que aconteceria nas próximas
horas, a certo grau, definiria suas escolhas para um futuro próximo. Tudo ainda era tão novo, os
modelos de sua nova vida escritos apenas na areia...
Sorrindo com suas próprias noções poéticas, Alexia foi conferir a primeira série de injeções para o
garoto.

Resident evil 6# Código Verônica Onde histórias criam vida. Descubra agora