Chris correu, sabendo que seu tempo era curto enquanto Alexia Ashford continuasse viva, com
medo de ela já ter pego Claire.
“Claire!”. Ele gritou, batendo seu punho em cada porta que passava. Não adiantava gritar; se Alexia
tivesse apenas metade do poder que ele suspeitava, ela já saberia onde ele estava... e onde Claire
estava.
Por favor, por favor, não a machuque, ele pensou, o pensamento repetindo enquanto corria por
outro corredor, cruzando uma porta, outro corredor, e outro. Ele não sabia se algo poderia impedir
Alexia, mas se pudesse achar Claire e seu amigo, e levá−los para o elevador de emergência, ele
tentaria ativar o sistema de autodestruição antes de partir. Alexia estava na metade do caminho até
o poder absoluto e o puro mal, ela era um apocalipse esperando para acontecer, e precisava ser
impedida.
“Claire!”.
Através de um corredor familiar, outra imitação da mansão de Spencer, cruzando uma porta que
dava em uma sombria prisão, celas alinhadas nas paredes. Ele tinha que achá−la, sem ela, não
partiria. Ele queria Alexia morta, mas não colocaria a vida de Claire em risco, por nada, e tirá−la de
lá era sua principal prioridade –
– e alguém estava chorando atrás de uma das portas fechadas. Chris parou de correr e escutou,
tentando não respirar, isolando a incansável persistência de um contaminado preso em uma das
celas. Outro choro...
Claire, ah, Graças a Deus você está viva!
Ele abriu a porta, pronto para agredir qualquer coisa próxima a ela – e a viu sentada no chão,
gemendo, seus braços em volta de um jovem rapaz, seu corpo nu escoriado. Ele estava morto.
Ah, não.
Só podia ser Steve, o amigo de Claire, e apesar de triste pelo garoto que nunca conheceu, o
coração de Chris estava partido por ela. Ela parecia tão frágil, tão sozinha... mais um ponto para
Alexia. Chris não tinha dúvida de que Steve tinha morrido por causa daquela vadia maluca. E por
mais que quisesse sentar e confortar Claire, estender sua mão e compartilhar seu sofrimento, ele
sabia que precisavam sair.
“Nós temos que ir agora, Claire”. Ele disse o mais gentil possível – e ficou aliviado quando ela
acenou, cuidadosamente deitando seu amigo, fechando seus olhos com uma trêmula mão. Ela o
beijou na testa e levantou.
“Tá”. Ela disse, acenando de novo. “Estou pronta”.
Ela não olhou para trás, e apesar de tudo, ele estava orgulhoso dela. Ela era forte, mais forte do
que ele poderia ter sido se perguntado para deixar alguém que amava.
Juntos, eles correram pelo corredor, Chris considerando que deveriam estar perto do canto
sudoeste do prédio, onde tinha pousado seu jato e visto o elevador de emergência. O sistema de
autodestruição deveria ficar consideravelmente perto do elevador para tornar uma fuga possível; se
apenas pudesse achar o elevador, ele verificaria cada andar durante a subida. Havia uma escada no fim do corredor, e Chris correu até lá, Claire ao seu lado. Ele conseguia
sentir os segundos passando enquanto subia os degraus, sentiu como se o tempo os estivesse
alcançando, que Alexia tinha parado de jogar.
Passada a porta no topo da escada, cruzando uma grande plataforma de metal – Chris riu alto
quando olhou para trás, viu as portas do elevador de emergência.
“O quê?”. Claire perguntou.
Ele apontou para as portas, sorrindo. “Ele vai nos levar direto para o jato”.
Claire acenou, sem sorrir, mas parecendo aliviada. “Ótimo. Vamos”.
Chris virou para olhar a parede de frente para o elevador. “Eu tenho que verificar uma coisa
primeiro”. Ele disse, querendo olhar a outra porta mais de perto, a que parecia uma porta de
segurança. “Você vai, eu irei logo atrás”.
“Esquece”. Claire disse, firme. Ela foi atrás dele, seus olhos vermelhos de tanto chorar, mas seus
dentes apertados, determinada. “De modo algum vamos nos separar de novo”.
Chris se curvou para o olhar o mecanismo de abertura das portas e suspirou, levantando. Já devia
ser o sistema de destruição; a trava era complicada e única, requerendo uma chave que não
possuía. Além disso, à direita da porta havia um lançador de granadas trancado, um que não
reconhecia, a etiqueta do lacre dizendo somente em caso de emergência.
Melhor assim, devemos sair enquanto podemos, ele pensou, mas não estava contente. O quanto
poderosa Alexia ficaria antes de outra oportunidade como essa?
“Ei – espere um segundo” Claire disse, e começou a revirar a pequena bolsa em sua cintura. Antes
que ele pudesse perguntar, ela estava segurando uma chave de metal, na forma de uma libélula.
Não havia dúvidas de que serviria na fechadura.
“Eu a achei em Rockfort”. Ela disse, inclinando−se e pressionando a chave no rebaixamento. Ela
serviu perfeitamente, a porta destrancando com um sólido clique.
“Você vai ativar o sistema de autodestruição, não vai”. Claire disse, não exatamente em forma de
pergunta. “Você tem o código?”.
Chris não respondeu, pensando que havia um número incrível de coincidências na vida, e que às
vezes, funcionavam a favor de um indivíduo.
“Código Verônica”. Ele disse, suavemente, e abriu a porta, pronto para derrubar tudo, entendendo
que deveria ser assim.
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Resident evil 6# Código Verônica
HorrorEm sua luta contra a Umbrella, Claire Redfield invade um prédio da companhia e é capturada, sendo levada presa à Ilha Rockfort, palco de mais um incidente biológico. No sexto livro de sua série, S.D. Perry relata as aventuras da personagem, seu irmã...