Dezassete

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Eu fui recebida com uma festa.
Uma verdadeira festa.
Haviam balões e uma decoração a rosa e azul então minha seguinte conclusão foi que aquilo seria uma espécie de chá de bebê.

Meus olhos percorreram a sala encontrando meus avós no fundo, meu tio irmão de minha mãe, algumas mulheres do grupo de apoio e algumas primas de primeiro e segundo grau.
Não tinham muitas pessoas, mas aquilo bastava.

Fui recebida com aplausos, assovios e sorrisos calorosos. Em minha cabeça foi colocada uma tiara de flores e então começaram os cumprimentos.
Falei com todos recebendo presente de todos.

No final eu não fiz muito mistério para revelar o sexo do bebê.
Eu me sentia mais calma agora. Não estava mais carregada de dor, culpa, raiva, medo e ansiedade. Eu estava mais leve. Talvez eu pudesse aceitá-lo. Talvez eu não o desse para adoção e nem fosse uma mãe tão horrível assim.
Eu ainda não o amava, mas talvez podia.

•••

Eu saí decidida a fazer isso, já que faltava tão pouco tempo.
Minha mãe estava muito atrás de mim, babando de cinco em cinco minutos para qualquer coisa que poderia ver e eu apenas encarava tudo com atenção.
Eu não sabia bem como e o quê comprar, por isso minha mãe estava comigo.

- meu deus, meu deus! Olha esse chapeuzinho! Lindo, não é?

- sim.

- o que está pensando? Estamos andando há quase uma hora e ainda não comprou nada.

- estou pensando em algo simples e não tão caro.

- não se preocupe com isso.

- preocupo sim, mãe.- encarei as prateleiras do fundo.- vou levar aquele conjuntinho. Tem toalhas, paninhos e coisas que nem sei o quê.

- então eu vou escolher umas coisinhas.

- sem exagero mãe.

- é presente de vovó.- ela sorriu.- meu deus eu sou avó.

- é, mãe. A senhora é avó.- toquei minha barriga rindo dos pulinhos que ela deu em comemoração.

•••

- está muito desconfortável?

- está.- tentei me acomodar melhor na cama.- as vezes dormir é impossível. Aliás quase sempre é impossível se até mesmo encontrar uma posição confortável é impossível.

- melhor assim?- mudou algumas almofadas de lugar e me encarou.

- está bom, lindo.- Hardin sorriu e depositou um beijinho em meu nariz.

Franzi o cenho quando seu olhar demorou demais sobre mim. Hardin tocou meu rosto suavemente e sorriu.

- eu te amo, Liara Benson.

Meus olhos se arregalaram com o choque. Eu nunca havia escutado isso, nem mesmo de Zach. Ele me chamava de amor, mas nada assim. Nunca tão intenso.
E eu também amava Hardin Haddin. Eu o queria em minha vida sempre.

Meus olhos denunciaram minha emoção. Eu não sabia se era bem os hormônios, mas Hardin me deixava assim.

- o que foi?

- eu também te amo.- falei.- eu te amo muito.

N/A: e ae pessoas, tudo bem com vocês?
Eu realmente espero que estejam gostando de Inesperado, então gostaria de saber isso pelos comentários.
Peço que votem, por favor e se tiverem curiosidades, tenho mais obras.

Xoxo!

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