Inesperado

Carta

—— Carta para as mães e mulheres ——

Quando ouvi falar a primeira vez para não romantizarem a maternidade, achei que era um movimento contra ter filhos e contra a existência do amor de mãe, mas quando eu comecei a entender isso melhor percebi que na realidade é uma tentativa de abrir os olhos das pessoas e dizer “EI, você aí, tem certeza que você quer ser mãe? É isso mesmo que você quer? Mas te contaram de verdade como é? Não? Então deixa que a gente te conta:
Depois da maternidade você vai chorar, chorar por muitas coisas, sono, culpa, cansaço, saudades do seu relacionamento (se tiver um), medo, insegurança, culpa, solidão, muito medo, e eu já falei de culpa? Além de carregar a culpa por cada erro que você comete ou acha que cometeu, tem os santos pitaqueiros pediatras (não formados), obstetras (baseado em suas próprias experiências), mães (que já esqueceram o quanto é chato ter gente falando merda da maternidade) e não mães (homens ou mulheres que não sabem de NADA, mas por terem lido um texto na internet, acreditam que é tudo exagero). A verdade é que poucos serão os que irão te acolher nos primeiros anos e poucos serão os que irão permanecer em sua vida. Mas se mesmo assim é isso que você quer, não desanima, pois vou contar a verdade: nas experiências de algumas mulheres é incrível, é uma amor e uma entrega incondicional, é gratificante perceber o quanto que nossos filhos se desenvolvem e certamente que muitos irão te criticar, mas você será sempre a melhor mãe possível, a melhor que seu filho poderia ter.”
A maternidade foi e é a melhor coisa que já me aconteceu e mesmo assim eu não deixo de reconhecer as dificuldades, por isso respeito muito quem prefere não criar um ser humano, para ser mãe tem que querer e devemos respeitar quem não quer. 

• Esse texto foi retirado do Instagram de Daniela Moraes Brum( @danimoraesbrum) dona do Instagram @feminiismo.