VII:

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VLAD:

5 minutos. Elisabeth e a humana maldita estão cinco minutos atrasadas e me deixando fazer papel de parvo. Que raiva dessas duas. Se uma não fosse minha irmã e outra a protegida de minha irmã com certeza já estariam sendo crucificadas num belo culto de Sabá e com seus corpos cremados. Malditas mulheres!

Tomo o último gole de vitae em minha taça e me levanto prestes a ir levá-las nos aposentos pois odeio esperar e as farei pagar por me deixarem plantado aqui. Quando estou prestes a chegar no primeiro degrau da escadaria sinto uma maldita mão em meu ombro. Odeio que me façam isso. Me viro e vejo Akisha parada a minha frente em um de seus lindos vestes. Como sempre. Akisha faz parte da terceira geração de feiticeiras do palácio e nos conheçemos desde sempre. E por tal motivo ela deveria saber que colocar sua mão em meu ombro é pedir morte.

- O que faz  aqui Akisha?_pergunto impaciente

- Saber como o meu rei está_diz engroçando a voz de forma debochada e fazendo vênia. Ridícula!

- Estou óptimo como pode ver agora saia_digo já me virando e subindo a escadaria

- Vlad espere..._antes que termine de falar a corto

- Escute aqui Akisha. Eu sou o rei aqui e não ache que por ser a feiticeira antediluviana do palácio poderá abusar disso. Não se esqueça que posso mandar você direto para o território Strigoi e será especialmente para o líder deles_digo sem dó e olhando fixamente em seus olhos que se enchem de medo. Eu não preciso nem tocá-la pois isso para mim seria mal trato e eu nunca maltrataria uma mulher. Irônico que no hospital na primeira vez que vi a humana maldita isso não funcionou para mim. Mas coloco Akisha em seu lugar e a ordeno a se sentar na mesa pois agora quero ver até onde chega sua língua. Quem ela acha que é para me mandar esperar. Feiticeira maldita!

Quando vi Akisha se sentar à mesa voltei para ir buscar as outras duas que nunca mais desciam. Mulher é tudo igual mesmo. Encontro Elisabeth e a humana maldita descendo as gargalhadas e a visão delas me é tapada pelas metades por Valentim que segue a frente mas assim que ele se afasta miro a humana maldita e ela está simplesmente linda. Meus olhos descem direto para seu corpo perigoso e cheio de curvas. Não sei se é elusionismo da minha mente mas ela para no meio da escadaria e eu a miro melhor já de perto. Senti a obrigação de toma-la como minha hoje e agora. Cristina acordara um sentimento que a muito adormecia dentro de mim. É como se ela trouxesse cor novamente a minha vida. Ela é mesmo uma bruxa e sim, sei perfeitamente seu nome apenas insisto em chamá-la de "humana maldita" pois é um nome digno dela.

- ALTEZA!_ouço a voz de Valentim se exaltar para mim e saio da pequena caixa imaginária e silenciosa.

- Repita Valentim_digo me recompondo. Era só o que me faltava perder a postura desse jeito como se fosse até um ancillae (vampiro adolescente), devido a uma mera mortal.

- Dizia a vossa alteza que já podem se reunir na mesa_diz olhando para mim e noto todos olhares para mim como sempre só que desta vez por um motivo visível. Merda! Essa maldição novamente não.

Apenas sigo em silêncio para a mesa e me sento na cadeira principal. É inaceitável eu me portar assim diante de uma humana e pior uma humana como Cristina. Ela é doce demais para suportar alguém como eu e ter ela para mim seria cavar sua própria cova. Sei que Cristina é diferente pois li seus pensamentos e pude confirmar que tem somente boas intenções com minha pequena. Elisabeth nesse caso.

Já sentados na mesa nos foram servidas as comidas nos pratos e degustamos em silêncio até que Elisabeth e Cristina começaram a tagarelar sem parar. Nem me importava com o que tanto falavam só sei que meus olhos não se desviaram de Cristina por um segundo. Não consegui pois é como se algo me prendesse a ela. Sua beleza é uma maldição para qualquer homem.

VLAD: O NOSFERATUOnde histórias criam vida. Descubra agora