"Vlad's POV"
Já se passou tempo demais e aínda não consegui executar nenhum plano exacto para ir buscar Cristina onde Alex a detém. Essa era a pior merda que poderia acontecer. Porquê ela saiu do palácio naquela noite?! Merda! Tentei fazer contacto com todos aqueles que sei que poderiam me ajudar mas simplesmente se recusaram alegando ser traição para nossa raça ajudar uma humana. Se soubessem quem ela é não o fariam. Porém prefiro manter isso em segredo para afastar os olhares curiosos e não colocar sua vida em risco. A que achei ser a escolhida tempo atrás agora está morta. Valentina. Mas a verdade é que existe apenas uma e é sua filha com Alex.
Aquele maldito tentará fazer a cabeça de Cristina contra todos assim como fez com sua mãe. Mas o seu motivo principal é tomar o meu lugar e liderar toda São Vladimir. Então seu primeiro alvo serei eu mas sei que Cristina não é fraca como sua mãe e será mais esperta e espero que meu contacto no palácio de Alex não me apunhale pelas costas pois dificilmente confiei nesse homem. Mas sua explicação para seus actos me pareceu convincente e aínda mais com Cristina lá decidi aceitar seu trato. Agora me resta esperar e confiar nesse macho sem que eu tenha nenhum plano executado mas se algo der errado tenho sempre minha carta na manga.
No momento estou na sala real resolvendo alguns assuntos por uma vídeo conferência com meu tio que controla tudo no subsolo. Ele diz estar tudo sobre controlo apenas o mesmo problema de sempre. Os malditos Strigois causando problemas por onde passam e desta vez passando dos limites pois criaram revolta na população Moroi onde houve um pequeno confronto que acabou por virar um sachina. De todos os problemas do palácio esse é o que nunca parece ter fim atendendo e considerando que o líder dos Strigoi é Alex e ele pouco se importa em controlar dos seus. Todas as cartas em convites para reuniões foram por sí recusadas. Encerei a vídeo conferência prometendo a meu tio dar um jeito nisso e logo em seguida entra Elisabeth aflita. Ela não se acalmou desde o dia em que Cristina desapareceu.
- Oi Vlad. Você já sabe de alguma coisa da Cris?_pergunta preocupada.
- Se acalme Elisabeth. Cris estará de volta dentro em breve. É só uma questão de paciência_digo convencido pois por mais que o macho no qual estou confiando vacile eu trarei Cristina de um jeito ou de outro de volta ao palácio
- Como tem tanta certeza?_pergunta incerta
- Ei. Eu sou o rei deste palácio Elisabeth. Alguma vez ouviu queixa sobre mim do povo por não ter cumprido com algo?_pergunto firme
- Não
- Então confie em mim. Tratei Cristina de volta para você_digo me voltando a sentar em minha cadeira
- Só para mim?_ela pergunta se aproximando e cerca seus braços em meus ombros
- Claro. Afinal ela está nesta confusão toda por sua causa_digo e sinto ela se desgrudar de mim rapidamente e me arrependo do que acabei de falar.
- Me desculpe. Não quis falar nesse sentido_digo
- Você tem razão. Se eu não tivesse fugido naquele dia teria evitado muita coisa inclusive colocar a vida da Cristina em risco. Mas de uma coisa eu tenho certeza..._ela diz a última parte com um sorriso leve -... eu não me arrependo de ter feito vocês dois se conhecerem
- Como assim?_pergunto desviando o olhar. Sei onde Elisabeth quer chegar.
- Eu notei como você olha pra ela Vlad. E a única mulher que já teve esse privilégio foi Valentina. A mãe dela_ela diz me colocando em uma situação que já sabia existir mas não queria me expor tanto assim a ela.
- Eu confesso Elisabeth. Eu estou começando a sentir coisas por Cristina_digo e recebo logo um sorriso - Mas não vale a pena ser só eu a sentir isso. Depois de como tratei Cristina duvido que ela queira algo comigo.
- Pois é. Você foi um vacilão da *poraa* Vlad. Bancando esse seu estilo de filho do diabo. O próprio capeta. Você quis matar ela. Não é pra menos_ela joga na minha cara
- Pode jogar mais. Eu mereço_digo sincero e me rendendo
- Ah tá. Mas eu sei que isso é só uma casca sua pra se proteger dos seus sentimentos. O que a vadia da Valentina fez não foi pouca coisa mas agora está tendo uma nova chance. Aceita o teu destino Vlad_ela diz me deixando bastante pensativo.
- Falando sobre mim?_diz Damon entrando com seu nariz empinado. Se não fosse meu amigo certamente o mandaria degolar de tão irritante e convencido que é.
- Tire essa merda da minha mesa_digo jogando seus pés que estavam postos sobre a minha mesa.
- Desculpe vossa Alteza_diz debochado e Elisabeth ri. Apenas abano a cabeça em um "não" e os ordeno para que saíam da minha sala.
Assim que eles saem eu saio junto e tranco a porta. Deixo Elisabeth e Damon conversando e cumprimento Stephan que acenou para mim de longe. Subo até meu quarto e encontro algo que me faz ficar irritado. Não falo nada e apenas fito Valentim. Ele entende meu olhar e vem até mim.
- Quem é toda essa gente?_pergunto irritado e sem me importar que ouçam
- O alfaiate real e sua equipe vossa Alteza. Lhe avisei que ele viria para tirar medidas suas devido ao evento de amanhã a noite_ele diz e entendo o porquê dessa enchente. Respiro fundo e recupero o fio de paciência que aínda tinha.
- Vamos logo com isso_digo tirando o paletó cumprido que trazia e coloco em um canto.
Deixei que tirassem todas as medidas minhas para o traje do evento de amanhã. A Camarilla. É um evento que acontece anualmente e é tradição para os vampiros. Neste evento estão presentes os da mais alta cúpula incluindo eu e todas as raças de vampiros são aceites. Até os Strigoi. Resumindo, a Camarilla é uma seita de vampiros devotada a manter as tradições, especialmente a Máscara. Ou seja é obrigatório estar mascarado.
Quando tudo finalmente acabou me limitei a tomar um banho e me deitei na cama para descansar. Porém o sono não vinha e me levantei para pegar um copo de vitae. Ao tomar o mesmo senti uma presença a minha trás e ao me virar vi que era a última pessoa que queria ver hoje. Akisha.
- Sem sono meu rei?_diz a última parte com cinismo
- Sim ou não, isso não lhe diz respeito_digo já prestes a saír da cozinha real que é onde estávamos mas ela segura meu braço e nem por isso me para e continuei andando a deixando bufar talvez de raiva, na cozinha e subi novamente para o meu aposento.
Não havia espaço para mais ninguém em minha mente a não ser ela. Cristina a comandava por inteiro agora e a angústia por não tê-la por debaixo dos meus olhos aumentava a cada momento. Aquilo que não pude fazer por Valentina com certeza farei por Cristina e desta vez com certeza dos meus sentimentos por mais que não receba em troca. Hoje em dia estou mais crescido e sei quais os erros que cometi naquela época para não me deixar levar por tais desta vez.
Se Cristina quiser ir embora e deixar toda esta loucura não a condenarei pois se tivesse oportunidade também o faria. Mas se não fôr o caso e ela quiser arcar com aquilo que é o seu destino eu estarei ao lado dela para tudo aquilo que vier. Pois não será nada fácil....