XXIV:

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"Lucien"

Estava em meus aposentos no momento em que senti o cheiro de Cristina por perto invadindo meu olfato e segui o seu cheiro. Abri a porta e ao chegar ao corredor dos aposentos que é de onde vinha o seu cheiro me deparei com a pior cena que poderia ter visto hoje. Contraí meu maxilar tentando controlar a raiva que me consumia no momento. Cristina estava agarrada ao idiota do meu primo. Vlad. Ele com certeza a fará sua esta noite. Tocará seu corpo e ela gritará seu nome ao sentir prazer...

Sem me aperceber parto o copo em minhas mãos e assisto o vitae (sangue) escorrer por elas.

Eu irei tomar o trono de você Vlad. Ficarei com tudo que é seu, incluíndo Cristina e até sua irmã me tratará com o devido respeito. Eu mesmo serei a causa da sua desgraça. Irei me certificar de que você se juntará aos meus queridos titios onde quer que eles estejam...



...



"Cristina On":

Me levantei ao sentir a falta do corpo de Vlad ao meu lado. A cama não estava mais quente. Vesti a primeira coisa que vi por perto e saí dos aposentos. Segui pelo palácio à procura dele mas algo me chamou a atenção. Uma divisão, ou melhor, um compartimento no palácio o qual eu nunca havia notado. Parece até que é algo que quisessem esconder. Meu instinto me guiou para dentro do local e assim entrei no mesmo. O local estava muito bem conservado e era lindo. Com detalhes muito góticos como tudo aqui no palácio mas bonito de se ver também.

Quando ia andando pelo lugar por trás me encantando com a paz que aquele lugar parecia dar me esbarro em algo grande e me viro arregalando os olhos por não acreditar em que vejo. Fecho minha boca que forma um perfeito "O" com uma mão e tento perceber se isto é um sonho ou se é real. Como isso é possível? Eles estão exatamente iguais como nos retratos que tem pelo Palácio. Eu os reconheço. Sem dúvida que são eles...

Haviam escritas enormes por cima do local onde eles estavam. Escritas em uma lingua que eu desconhecia mas aínda assim eu tentava ler mentalmente.

هذه الغابة العميقة والمظلمة التي لا نهاية لها والتي لن تهرب منها أبدًا ، هذه الغابة الباردة وغير المريحة للذئب الجائع والفأر الشره
والدودة الزاحفة والضحية الصراخ.

hadhih alghabat aleamiqat walmuzlimat alty la nihayat laha walati ln tahrub minha abdana , hadhih alghabat albaridat waghayr almarihat lildhiyib aljayie walfar alsharih waldawdat alzaahifat waldahyat alsaraakh.


.

De seguida pronunciei as palavras em tom audível apesar de ter dificuldade para ler aquilo mas assim que terminei senti o chão estremecer. Algumas pedras vindas do teto começavam a caír dando a entender que o teto daquela sala estava se rachando. Meus batimentos aceleraram e a primeira coisa que pensei foi em correr dalí mas algo me impediu. Eu não poderia saír dalí e deixá-los. Eu precisava tirar os pais de Vlad daquelas espécies de caixões nos quais eles estavam. Era algo de vidro e eu não via nenhuma forma de abrir. Até que avistei um botão e pisei no mesmo fazendo aquilo abrir-se e meu coração falhou quando os olhos dos pais de Vlad abriram-se. Como?

Dei um passo para trás e quando ia correr a mulher esticou seu braço em minha direção e sem precisar me tocar ela começou a esganar meu pobre pescoço. Meu ar estava por um fio e eu não entendia o porquê de tanta raiva nos olhos daquela mulher. Ela me olhava como se quisesse me matar alí mesmo.

VLAD: O NOSFERATUOnde histórias criam vida. Descubra agora