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Philippe Coutinho

Agradeci aos céus quando finalmente estacionei meu carro na garagem. Depois de um dia cansativo de treinos e exames de rotina, eu finalmente estava em casa.

Hoje a tarde minha mãe avisou que meu pai e Raul acabará de chegar na minha casa, e que Mariana veio junto com eles.
Eu fiquei surpreso com a chegada de Nana, não estava nos planos dela vim para cá agora.

- Oi! - Abri um sorriso quando os vi reunidos na minha sala de star.

- Filho, que bom que chegou. - Meu pai foi o primeiro a levantar para me dá um abraço.

- Estava com saudade de vocês. - Lhe dou um beijo no rosto e vou cumprimentar Raul.

- Como estão as coisas lá no clube? - Raul perguntou quando separamos o abraço.

- Poderiam está melhores. - Sorri sem graças.

- As coisas vão melhorar, meu amor. - Minha mãe disse eu sorri para ela.

- Tomara. E Mariana? Onde está? - Pergunto e minha mãe logo abre um sorriso.

- Ela tá na cozinha. E tá solteira. - Minha mãe disse sorridente.

Minha mãe era o que eu posso chamar de: Fã de nós dois como um casal.
Desde a adolescência Dona Esmeraldina tenta nos juntar, o que nunca deu certo. Mariana e eu somos totalmente incompatíveis.

Já a parte que Nana estava solteira me pegou de surpresa.

- Solteira é? E o que aconteceu para ela dispensar aquele cara? - Pergunto.

- Traição. Mari está péssima, tadinha. - Raul disse fazendo-me arquear minha sobrancelha esquerda.

- Eu nunca fui com a cara desse Marco.

- Você nunca vai com a cara de nenhum rapaz que a Mari se relaciona. - Meu pai disse me fazendo revirar os olhos.

- Eu vou me retirar daqui, porque eu já vi que hoje vocês estão muito engraçadinhos. - Digo. - Vou falar com a pivete.

- Philippe por favor, não vá chatear a Mari. - Minha mãe disse me fazendo esboçar um sorriso no canto dos lábios.

- Não vou. - Digo.

Mariana estava sentada no balcão, comendo torta de limão.

- Maloqueira, não aguentou a saudade e veio me ver? - Digo e me aproximo dela chamando sua atenção, que logo me mostrou seu dedo do meio.

Nana estava com a rosto avermelhado, estava chorando minutos atrás, presumi.

- Me poupe. - Ela resmungou.

- Eu já tô sabendo que você levou um par de chifres bem aqui. - Digo tocando em sua testa, e Nana empurra minha mão.

- Ô Philippe, me deixa quieta. - Mariana disse levando um pedaço da torta a boca.

- Eu quero. - Digo puxando o talher de sua mão e pegando um pedaço da torta e levo a boca.

- Você tá feliz né? Agora além de usar os xingamentos que você já usa comigo, vai poder me chamar de corna. - Mariana disse fazendo-me gargalhar.

- Não tinha pensando por esse lado...- Digo e recebo um tapa no braço.

- Babaca...Você e aquele outro filho da puta. - Mariana disse comendo outro pedaço da torta.

Mesmo com toda briga de cão e gato que Nana e eu temos desde a infância, nos conhecemos melhor do que qualquer outra pessoa. Mariana estava péssima, frágil e ainda sim tenta manter sua posse de durona.

Agridoce - P. Coutinho ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora