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Philippe Coutinho

Mais um dia que eu fiquei até depois do meu expediente no CT. A algumas semanas o meu desempenho não tem agradado a torcida e nem a diretoria do Bayern de Munique.

A pressão sobre as minhas costas estavam cada dia maiores, e eu usava todo o tempo que podia para tentar melhorar.

No dia seguinte teríamos um jogo em casa pela Busdeliga e eu estava certo de que daria o meu melhor nesse jogo.

Cheguei em casa e encontrei Nana sentada no sofá enquanto olhava algo em seu celular, ela estava concentrada e pareceu que não me viu chegar. E eu não podia perder a oportunidade de lhe dá um susto.

Caminhei silenciosamente para trás dela e pude ver que Nana conversava com um homem chamado Bruno.

- Flertando pelo Whatsapp, que bonito em Mariana!? - Digo em um tom de voz mais alto que o comum o que causou um pequeno susto em Mariana.

Nana levou a mão ao peito me fazendo gargalhar.

- Filho da mãe. Você quer me matar do coração, por acaso?

- Bruno, é? Hum. Isso ai Nana, bola pra frente. - Digo e Nana me olha com uma expressão confusa.

- Do que você está falando? - perguntou.

- Desse carinha ai, que você está conversando. - Digo me deitando no sofá e jogando as minhas pernas por cima das coxas de Mariana.

- Você nem é invasivo né? Bruno é um dos nossos barmen do Pub. - Ela disse.

- Hum, já ia pedi para o conhecer e ver se eu aprovaria. - Brinco e a vejo revirar os olhos.

- Até parece. - Resmungou.

- Ah é? Veja o que aconteceu com o tal Breno e o Marco. Eu te disse assim que os conheci que ambos não prestavam, você não me ouviu...

- E você tá falando comigo por quê? Ainda estou chateada. - Mariana fez birra e eu ri.

- Essa birra vai acabar daqui a pouco quando a gente sair para jantar.

- Não é birra seu idiota. Philippe eu não vou voltar nesse assunto de novo.

- Ótimo. Estamos em paz.

- Eu só acho engraçado que...

- Ah não Nana, não começa por favor. Eu já te pedi desculpas.

- Pois eu não aceito suas desculpas. - Mariana disse.

Eu a entendia, sabia que Nana estava com a razão, mas não tinha como voltar no tempo e chegar a tempo para jantarmos junto no dia do seu aniversário, não é?

Eu me senti péssimo, de verdade. Sabia que Nana estava vulnerável e que qualquer bobagem lhe magoaria.

- O que você quer que eu faça para você me desculpar? Hum? - Pergunto.

- Nada Philippe. - Respondeu e voltou a dá atenção ao seu celular.

- Nana, você vai no jogo amanhã, né?

- Não sei. Acho que sim.

- Sabe que desde que você chegou eu sinto que tem algo errado...- Digo e Mariana desviou o olhar do celular, para mim.

- Comigo?

- Humrum. Eu sei que você não amava esse Marco como dizia, mas algo nesse término de vocês te afetou mais do que deveria. - Digo e a vejo suspirar.

- Eu gostei dele Philippe, de verdade. Eu estou decepcionada, magoada, e isso é normal depois que se descobre uma traição.

- Tem algo a mais. - Rebato.

Agridoce - P. Coutinho ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora