Lyra Medeiros*
Ouvia atentamente as palavras de Diego sentindo algumas lágrimas descerem, não poderia acreditar no que estava ouvindo.
-Por favor me diz que isso não é verdade. Supliquei o fixando.
-Não imagina como eu gostaria que fosse. Disse ele com os olhos marejados.
Descobrir todo o mistério pelo sumiço de Diego tá me matando, eu não quero perder-lo outra vez, eu não vou, eu não suportaria!
-Você conseguirá um transplante, tenho certeza. Falei o abraçando e em seu rosto se formou uma reação de dor.
--Você está bem?-Sim. Afirmou, olhei para sua camisa cor rosa que tinha uma mancha vermelha.
-Isso é sangue? Indaguei desesperada.
Ele levantou a camisa e pude vê uma ferida vermelha que deduzi ser o local onde havia uma sonda.
-Esta inflamada, temos que ir para o hospital. Falei atropelando as palavras.
-Tive que fazer uma cirurgia para por uma sonda, passei duas semanas seguidas no hospital, não quero voltar para lá. Sussurrou Diego.
-Por favor, você precisa ir. Pedie e ele negou com a cabeça. --Por mim, vamos por favor.
Ele se apoiou em mim e seguimos até o carro.
-Você não pode dirigir, eu dirijo. Falei recordando-me que sou péssima no volante.
-Sabe dirigir? Perguntou ele com um sorriso torto.
-Hanran.
Eu? No volante? Seja o que Deus quiser!
Arranquei com o carro e quase bati em dois portes, acabei esbarrando em alguns sacos de lixos nas calçadas.
-Chegamos. Falei ao estacionar.
-Ainda estamos vivos? Perguntou ele com um sorriso brincalhão.
-Acho que estamos, palhaço.
"Meu Deus, é ele!"
-Por que está me olhando assim?
-Ainda não acredito que você faz parte da minha realidade. Expliquei e ele segurou minha mão.
-Prometo que se não soltar minha mão eu irei lutar com todas as minhas forças para continuar respirando por você.
-Promete que dessa vez não vai sumir? Perguntei e ele assentiu.
Entramos no hospital e ele foi atendido, alguns minutos depois uma mulher se aproximou perguntando para um enfermeiro em que quarto estava Diego Alcântara, ele pediu que ela esperasse mas um pouco que logo a levaria até ele.
-Oi. Falei me aproximando.
-oi. Respondeu ela sem me olhar.
-É desculpa incomodar, mas... Falei e ela sentou-se em uma das cadeiras da sala de espera. --Você deve ser a mãe do Diego?
-Sim, sou você conhece meu filho? Perguntou ela me analisando.
-Sim, trouxe ele até aqui. Falei e ela olhou para baixo antes de voltar o olhar para mim.
-Obrigada, Sou Laura e você, como se chama?
-Lyra. Falei apertando a mão que ela estendia.
O Doutor chegou falando que poderíamos vê-lo depois de algumas horas e que já estava tudo bem, eles haviam contido a infecção.
-Você pode voltar para casa e descansar um pouco, ele não terá alta hoje. Falou a Srta Laura.
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Muito, Muito, Sempre.
RomanceLyra Medeiros é uma garota que cresceu sentindo a dor da rejeição por ter sido abandonada pelo pai e isso a tornou totalmente orgulhosa e fria com todos, com exceção de Diego o garoto que viu uma única vez e se apaixonou perdidamente, por mas que o...