Capítulo 26

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    Lyra Medeiros*

  Ouvia atentamente as palavras de Diego sentindo algumas lágrimas descerem, não poderia acreditar no que estava ouvindo.

  -Por favor me diz que isso não é verdade. Supliquei o fixando.

  -Não imagina como eu gostaria que fosse. Disse ele com os olhos marejados.

    Descobrir todo o mistério pelo sumiço de Diego tá me matando, eu não quero perder-lo outra vez, eu não vou, eu não suportaria!

  -Você conseguirá um transplante, tenho certeza. Falei o abraçando e em seu rosto se formou uma reação de dor.
--Você está bem?

  -Sim. Afirmou, olhei para sua camisa cor rosa que tinha uma mancha vermelha.

  -Isso é sangue? Indaguei desesperada.

  Ele levantou a camisa e pude vê uma ferida vermelha que deduzi ser o local onde havia uma sonda.

  -Esta inflamada, temos que ir para o hospital. Falei atropelando as palavras.

  -Tive que fazer uma cirurgia para por uma sonda, passei duas semanas seguidas no hospital, não quero voltar para lá. Sussurrou Diego.

  -Por favor, você precisa ir. Pedie e ele negou com a cabeça. --Por mim, vamos por favor.

  Ele se apoiou em mim e seguimos até o carro.

  -Você não pode dirigir, eu dirijo. Falei recordando-me que sou péssima no volante.

  -Sabe dirigir? Perguntou ele com um sorriso torto.

  -Hanran.

  Eu? No volante? Seja o que Deus quiser!

  Arranquei com o carro e quase bati em dois portes, acabei esbarrando em alguns sacos de lixos nas calçadas.

  -Chegamos. Falei ao estacionar.

  -Ainda estamos vivos? Perguntou ele com um sorriso brincalhão.

  -Acho que estamos, palhaço.

  "Meu Deus, é ele!"

  -Por que está me olhando assim?

  -Ainda não acredito que você faz parte da minha realidade. Expliquei e ele segurou minha mão.

  -Prometo que se não soltar minha mão eu irei lutar com todas as minhas forças para continuar respirando por você.

  -Promete que dessa vez não vai sumir? Perguntei e ele assentiu.

  Entramos no hospital e ele foi atendido, alguns minutos depois uma mulher se aproximou perguntando para um enfermeiro em que quarto estava Diego Alcântara, ele pediu que ela esperasse mas um pouco que logo a levaria até ele.

  -Oi. Falei me aproximando.

  -oi. Respondeu ela sem me olhar.

  -É desculpa incomodar, mas... Falei e ela sentou-se em uma das cadeiras da sala de espera. --Você deve ser a mãe do Diego?

  -Sim, sou você conhece meu filho? Perguntou ela me analisando.

  -Sim, trouxe ele até aqui. Falei e ela olhou para baixo antes de voltar o olhar para mim.

  -Obrigada, Sou Laura e você, como se chama?

  -Lyra. Falei apertando a mão que ela estendia.

  O Doutor chegou falando que poderíamos vê-lo depois de algumas horas e que já estava tudo bem, eles haviam contido a infecção.

  -Você pode voltar para casa e descansar um pouco, ele não terá alta hoje. Falou a Srta Laura.

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