Os dias se passavam, e por não ter cedido as chantagens da Srta Miller, ela passou à chantagear Evan, perguntei mil vezes se a mãe dele estava se impondo ao nosso relacionamento, mas ele sempre negou, não contei há ele sobre a conversa com a megera, mas acho que já estava na hora.-Por que não me falou isso antes? Perguntou ele irritado.
-Não queria te preocupar.
-Se isso voltar a acontecer não exite antes de me falar. Disse ele serrando os dentes.
-Não fica assim... Sei que ela me detesta e te pressiona todos os dias para que você termine comigo. Falei e ele segurou meu rosto, negando com a cabeça.
-Isso nunca vai acontecer. Disse Evan depositando um beijo doce em meus labios.
Já era bem tarde quando voltei para casa, olhei em meu celular, havia uma chamada perdida de Xande, retornei e ele me falou que estava saindo com uma garota de sua escola, conheço Xande muito bem para saber que ele estava demasiadamente empolgado, fiquei feliz por ele, depois de conversamos por mas uma hora, desliguei a chamada e adormeci.
Acordei e fui correndo para o banheiro fiz minhas higienes matinais e desci, assim que tomasse café da manhã, visitaria os avós de Xande.
Meu aniversário seria em quatro dias e a ansiedade tomava conta de todo o meu corpo. Passei na casa de Malu para irmos visitar-los juntas.-Em quatro dias você faz aniversário, já pensou em algo? Perguntou Malu com cara de quem tinha mil idéias.
-Algo? Se é sobre festa não quero nada que seja exagerado, pensei em uma reunião íntima. Falei e ela revirou os olhos.
-Credo, não seja sem graça.
-Não gosto dessas coisas, cê sabe... Minha mãe irá fazer um discurso e sinceramente eu não curto muito todos esses amores encubados juntos. Desabafei e ela riu.
-Você prefere se afastar de todos e ficar presa no seu mundinho.
-Não é bem assim... Quer saber não vamos mais falar disso. Falei fazendo gestos.
-Ta bem, Lyra.
Depois de passar na casa dos avós de Xande e ter tomado um suco de cupuaçu que eu adorava, voltei para casa e para minha surpresa encontrei minha mãe com uma caixa dourada, ela segurava uma foto e a olhava com raiva, seu olhar era de ressentimento.
-Mamãe, tudo bem? Perguntei e ela virou-se rapidamente me olhando assustada.
-Filha, você voltou logo. Disse enfiando a foto na caixa em um movimento muito rápido.
-É, voltei... O que você está escondendo aí? Perguntei apontando para caixa que ela escondia por trás de suas costas.
-Não é nada, você deve subir, Flávio está quase chegando e sairemos para almoçar fora. Avisou ela.
-NÃO vou sair com vocês. Falei dando de ombros, subindo as escadas.
-Claro que vai, não faça eu ter que subir até aí em cima e te fazer descer. Disse ela tentando ser ameaçadora.
Fui ao restaurante bufando, Flávio era um imbecil, não gostava da forma que ele tentava a qualquer custo ocupar o lugar do meu pai. Segurei o garfo e fiquei dando leves batidinhas no prato, olhando para comida.
-Coma Lyra. Disse Flávio e eu fingi não ouvir.
-Lyra, você não ouviu? Perguntou minha mãe me lançando um olhar de repreensão.
Nem ligo!
O almoço foi um saco, combinei de vê Evan no parque, cheguei atrasada porque estava tentando arrancar informações sobre Diego de júnior meu primo, mas o mesmo pediu para que eu esquecesse o mesmo e que ele não sabia nada há seu respeito e que mesmo que soubesse eu seria à última pessoa a quem ele contaria.
Vê se pode, affs!
Senti que algo não se encaixava nas suas palavras, mas Lyra Medeiros não desistiria, não de Diego, não do seu anjo.
Cheguei ao parque e vi Evan sentado em um dos pequenos bancos, sua camisa verde deixava seus braços a mostra e eram bem musculosos, me perguntei como eu nunca havia reparado nisso, ele segurava um violão e tocava alguma melodia até me vê chegar e correr para me abraçar.
-Calma Evan. Falei afastando nossos corpos do abraço de urso.
-Senti tanto a sua falta. Disse ele e eu sorri com deboche.
-Nos vemos ontem.
-Mas eu já estava morrendo de saudades, um segundo sem teu cheiro, sem teus abraços e sem teus beijos parecem anos.
Ele depositou um beijo em meus labios enquanto eu fiquei em silêncio digerindo suas palavras, para falar a verdade eu amava a forma como ele me amava.
Depois de algumas horas ele me levou para casa, terminei o banho e liguei para Xande, mas ele estava com a tal garota que conheceu e não nos falamos por mais de cinco minutos, as horas foram se passando e assim que jantei subi para o meu quarto e não demorei para adormecer.☁ _ _ _ ☁
A chuva caia muito forte, o vento balançava as árvores e suas folhas voavam sem destino até cair sobre o chão, a escuridão tomava conta da quele lugar, comecei a andar sem direção enquanto via os clarões que vinham do céu e logo em seguida um trovão ensurdecedor, olhei em volta e não havia ninguém que eu pudesse pedir ajuda, atrás de mim as árvores continuavam a sacudir, meu pé topou em uma pequena pedra a fazenda cair do abismo que havia em minha frente, dei alguns passos para trás, sentia minha respiração ofegante e do nada o medo colou em mim, comecei a chorar enquanto lutava contra uma força imaginaria que dava autoridade aos meus pés e a cada passo mas próxima estava eu de cair, nunca fui fã de altura, olhei para baixo e senti o pânico tomar conta de todo o meu corpo, apenas um passo, só mas um e eu cairia levando junto comigo toda aquela confusão que havia no meu coração.
Fechei os meus olhos e disse mentalmente.-Eu te amo, Diego!
Nem eu mesmo poderia entender porque a única pessoa que estava em meus pensamentos era ele.
Meus cabelos estavam caídos sobre o meu rosto e eu já sabia que era o fim.-Por favor fica... Fica comigo. Me virei em direção aquela voz que me arrancou do transe que quase me lança de um penhasco.
-Diego? Perguntei emocionada.
Ele estendeu sua mão e sem pensar fui ao seu encontro, ao me aproximar sua imagem desapareceu.
-Lyra! Me virei em direção a quela linda voz e senti um caminhão me esmagar ao vê que ele estava quase caindo da quele maldito abismo.
-Não, não... Repetia essa palavra diversas vezes enquanto ele me olhava. -Por que trocou de lugar comigo? Não por favor.
Senti o desespero se apoderar da minha alma, ele não poderia se jogar, eu não saberia viver sem ele.
-Eu te amo... Muito, Muito, Sempre. Falei e vi ele se jogar, corri para tentar segurar-lo mas em vão, olhei para baixo vendo seu corpo despencar sobre as pedras enquanto soluçava e sentia minha alma se rasgar ao meio, " nãooo" era tudo que eu conseguia dizer.
☁ _ _ _ ☁
Acordei com a voz de minha mãe, ela me chacoalhava assustada.
-Foi só um pesadelo. Disse ela me abraçando enquanto eu chorava, meu rosto e minha blusa estavam cobertos de suor.
Obrigado senhor, foi só um pesadelo. Agradeci à Deus mentalmente passando os olhos pelo quarto e vendo que nada da quilo foi real.
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Muito, Muito, Sempre.
RomantizmLyra Medeiros é uma garota que cresceu sentindo a dor da rejeição por ter sido abandonada pelo pai e isso a tornou totalmente orgulhosa e fria com todos, com exceção de Diego o garoto que viu uma única vez e se apaixonou perdidamente, por mas que o...