Diego narrando*
Há o amor! O que falar de um sentimento tão forte e tão nobre? Saber que aquela determinada pessoa é o amor da sua vida, é literalmente ter mil motivos para se afastar e ainda sim, querer está cada vez mais perto, é abrir mão de sua vida para viver a dela é basicamente aquele sentimento que você nunca conseguirá explicar... Porque o amor é isso, é te deixar vulnerável e sem forças para dizer um não, mesmo quando se é preciso, é correr contra o tempo para poder sentir outra vez até mesmo um aperto de mão.
Seis meses atrás*
Depois de muito insistir, estou eu aqui sentado em uma cadeira de laboratório enquanto uma enfermeira retira uma seringa de sangue do meu braço, papai conseguiu que eu fizesse esses exames, o médico pediu para que esperacemos os resultados de alguns deles, pelo seu ton de voz algo não estava certo.
Depois de alguns minutos o doutor Perguntou quais sintomas eu estava sentindo.-Sinto dores nas costas principalmente por baixo das costelas, ando meio sem apetite e febril.
-Presença de sangue na urina? Perguntou o Doutor e eu olhei para o meu pai.
-Sim. Afirmei enquanto meu pai me olhava assustado.
-Não havia me falado isso, filho você deveria ter...
-Calma pai. O interrompi.
A enfermeira chegou com alguns exames que o doutor analisou e nos deu a notícia, eu estava com um sério problema nos rins e deveria começar o tratamento o mais rápido possível, meu pai estava tão incrédulo quanto eu.
O doutor explicou que o câncer renal raramente causava sintomas em seus estágios iniciais e pediu para que eu fizesse um hemograma completo para descobrir se havia alguns vestígios dessa doença em meu corpo.Não poderia ser verdade, como depois de uma noite incrível essa noticia cai assim, sobre minha cabeça... ? Meus sonhos seriam interrompidos e eu não poderia procurar Lyra e dizer tudo que sentia, pois seria inútil.
Os dias foram se passando, me afastei de todos os meus amigos, olhar para o meu pai e vê o desespero nos olhos dele era algo que estava me matando e eu não poderia causar tamanha dor nas pessoas que amo.
Pedie para júnior não dá notícias minhas à Lyra queria protege-la.-Meu amor você não precisa se afastar de todos. Explicou minha mãe tocando o meu rosto.
-Não quero que meus amigos sofram como você e o papai, posso protege-los de tudo isso. Falei cabisbaixo. --Queria poder proteger vocês também.
-Vai da tudo certo. Disse minha mãe me abraçando com lágrimas nos olhos. --Eu sempre estarei com você, tenha fé você ficará bem.
Meus pais se agarravam na esperança, eles sempre repetiam para mim "Só está no começo, vamos vencer" Mesmo contra minha vontade viajamos para os estados unidos por orientação médica os meses foram se passando e graças aos diversos tratamentos eu estava bem melhor, convenci mamãe a voltar para o Brasil e assim que desembarquei quis procurar Lyra mas estava fraco e teria que fazer diversos exames e continuar fazendo várias sessões de hemodiálise por semana, condições que o senhor Afonso colocou para permitir que viajassemos sem ele já que o mesmo não poderia por questões de trabalho.
Passei alguns dias indo do apartamento para o hospital e vice versa, minha mãe sempre me acompanhava havia parado de trabalhar para não ter que me deixar sozinho e isso me fazia sentir ainda pior.
Depois de um dia cansativo coloquei uma roupa as pressas depois que mamãe pegou no sono, descie as escadas lentamente para não fazer barulho e peguei as chaves do carro, liguei para júnior e pedie o endereço de Lyra, eu precisava vê-la mesmo que fosse de longe, dirigie até um parquinho e vie ela com um garoto loiro, eles estavam bem próximos, sentie uma dor profunda ao vê que ela beijava ele, comecei a bater com as duas mãos no volante sentindo algumas lágrimas descerem, pensei em arrancar com o carro sem direção, mas parte de mim queria vê-la feliz e ela estava sendo feliz, mesmo que isso me despedaçasse ainda sim conseguia ficar contente por ela, pois a mesma estava vivendo, estava sendo feliz como eu queria.
Depois de alguns minutos ele saiu a deixando sozinha, segui a mesma até sua casa sem ela perceber, estava frio e logo choveria estacionei o carro e fiquei a admirando de longe até nossos olhares se cruzarem tentei me esconder em uma construção.-Diego. Gritou Lyra enquanto eu me esforçava para não correr até ela e lhe dizer tudo o que sentia.
Havia alguns buracos ouvie um grito e corri até ela que estava inconsciente tirei as tábuas que a cobriam e a levei até a casa ao lado.
-Eu te amo, desculpa meu amor. Falei depositando um beijo em seu rosto.
Toquei a campainha e saie as pressas, depois de a terem levado para o hospital, voltei para casa.
-Filho. Disse minha mãe me abraçando. --Onde você estava? Esta todo molhado, não faz mas isso.
O desespero era legível na sua voz, o tempo estava passando e cada vez me sentia mas fraco.
Os médicos disseram que um transplante seria minha salvação, nunca havia visto minha mãe tão mal quanto aquele dia, ela não era compatível e papai mesmo sendo não poderia doar por ter tido alguns problemas de saúde.-Vai ficar tudo bem, olha para mim mamãe. Falei tentando acalma-la. --Você sempre diz isso, lembra?
-Eu te amo, você é tudo que eu tenho. Disse minha mãe me abraçando forte.
Seu rosto estava vermelho, ela não se alimentava direito, havia noites que a mesma passava sentada em uma cadeira acariciando meus cabelos.
Voltaríamos para os estados unidos em alguns dias e papai estava vindo para o Brasil, fiquei sabendo através de júnior que o melhor amigo de Lyra havia falecido e ela estava muito mal, na quela manhã minha mãe havia voltado a sua cidade de origem e só voltaria no dia seguinte, mesmo falando que seria para rever alguns familiares eu sabia que ela estava buscando um doador desesperadamente. Uma enfermeira ficou encarregada de fazer com que eu tomasse todos aqueles remédios que me provocavam dores de cabeça e ancia...
Esperei que a enfermeira se distraísse para poder sair, fui até o parquinho e vi Lyra seguir por um caminho a segui até o riacho e vie a mesma se jogar de cima de uma ponte formada por tábuas, entrei na água e à tirei.
Ela despertou e ficou me olhando de uma forma que o meu coração gritava falando que ela também me amava, perguntei o que ela estava sentindo e a mesma disse que não conseguia respirar e pediu para que eu fizesse pará toda aquela dor que estava em seu peito, tentei consola-la antes de vê-la inconsciente outra vez.
A peguei nos braços e a levei até o parque e pedie para uma moça ficar com ela enquanto buscava ajuda, entrei no carro e vie uma mulher se aproximar o que deduzi ser sua mãe.
Voltei para casa sentindo dores por todo o meu corpo,meu peito estava queimando e eu não conseguia respirar, abrie a porta e vie a enfermeira me olhar aflita antes de tudo se apagar.Ebaaaaaaaa capítulo pontinho e entregue para vocês, my babys.
Diego finalmente reapareceu, e como Lyra o idealizava, sim... Ele é mesmo um anjo em sua vida!
Só que um anjo com alguns problemãos.
Obrigado por acompanharem a história, bjss há todos.
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Muito, Muito, Sempre.
RomanceLyra Medeiros é uma garota que cresceu sentindo a dor da rejeição por ter sido abandonada pelo pai e isso a tornou totalmente orgulhosa e fria com todos, com exceção de Diego o garoto que viu uma única vez e se apaixonou perdidamente, por mas que o...