O diabo

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Amy

Lucifer agora conversava com o segurança enquanto eu ainda mantinha meus olhos nele, estudando cada movimento e expressão, procurando respostas para as milhares de dúvidas que rondavam minha mente.

A fina linha que separava realidade e insanidade estava se rompendo na minha cabeça. Quanto mais eu olhava para Lucifer, mais convencida eu estava de que ele era o diabo.

Mas que provas eu tinha? Olhos que se transformavam em vermelhos. Aquilo realmente dizia alguma coisa?

Minha mente procurava uma saída, mas para cada resposta que minha razão dava, a insanidade falava mais alto; Ele é o diabo.

Senti a presença de Maze sentando-se ao meu lado no sofá. Ela sempre tinha essa mania sorrateira de chegar sem avisar, esgueirando-se lentamente pelos lugares. Sorri me virando para encara-lá nenhum pouco incomodada com sua presença ou sua chegada sorrateira.

— Você está longe. — Ela constatou bebendo uma bebida qualquer.

— Só... pensando. — Sorri tentando disfarçar minha insanidade.

— No Lucifer? — Ela questionou, e logo em seguida riu do meu olhar surpreso. — Qual é Amy. Você não tira os olhos dele, até seu irmão já percebeu.

Desviei meus olhos procurando Alan no ambiente e o encontrei em uma conversa animada com Carmen. Sorri para a cena. Ele parecia mais relaxado e até feliz.

— Era nele mesmo que eu estava pensando. — Confessei porque eu ainda odiava mentir. — Mas especificamente nos olhos vermelhos.

Maze me olhou, primeiro confusa, depois o assombro passou por seus olhos enquanto ela recuava um pouco, se afastando de mim.

— Do que está falando? — Seu tom saiu firme, mas havia um tremor que ela falhou em esconder.

— Eu vi... algumas vezes. — Confidenciei porque ela claramente sabia do que eu estava falando.

— E não fugiu... — Ela disse mais para si mesma, ainda me olhando como se eu fosse um animal esquisito.

— Porque eu faria isso?

— Porque é a reação natural. — Ela respondeu como se fosse óbvio.

Oscilei meus olhos de Lucifer para Maze meia dúzia de vezes, mas algo no meio do caminho me chamou a atenção.

Com seu caminhar vagaroso, Chloe se aproximava. Seus olhos corriam o ambiente e ela parecia procurar por alguém. Senti meu sangue ferver.

Derrepente tudo fez sentido. Chloe tinha visto o mesmo que eu e fugiu, por isso Maze espera minha fuga. Que péssima amiga.

Temos visita. — Comuniquei apontando em direção a ela.

Maze tinha os olhos fixos na loira e vi o exato momento em que uma nuvem de tristeza tomou conta de seus olhos, mas misturava-se a de raiva. Maze tinha sentimentos conflitantes.

Maze ainda estava distante de mim, mas eu toquei seu ombro trazendo a para mais perto, passei meu braço por sua cintura e a mantive por perto.

Divine Heart (Lucifer)Onde histórias criam vida. Descubra agora