Capítulo 10

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Capítulo 10
Talvez se eu abrisse meus olhos, tudo não passasse de um sonho maluco. Sorri, pensando no que tinha acontecido entre nós dois. Parecia que o universo estava conspirando para que ficássemos juntos, não sei... Enquanto pensava no acontecido, levei as pontas dos dedos até a minha boca, lembrando do beijo que ele tinha me dado antes que eu entrasse no meu quarto. Não que eu não desejasse fazer mais que isso, mas a coisa estava indo tão bem, que ele acabou entendendo a situação, mesmo que eu não tivesse falado uma palavra sequer.
Quando finalmente tomei coragem para abrir os olhos, fitei por um longo tempo o teto com as mãos cruzadas sobre a barriga. Estava me sentindo aquela adolescente de anos atrás, quando o viu pela primeira vez... Ou melhor, a sensação era melhor. Não diria ser amor, mas era um sentimento muito bom. E ao mesmo tempo que eu vivia aquele momento, a ideia de que a merda seria jogada no ventilador em breve, também pairava na minha mente.

— Nunca me arrisquei mesmo... — resmunguei para mim, sabendo que ninguém iria me escutar — talvez ele tenha batido a cabeça... Ou caído de cabeça quando era pequeno — comecei a rir do nada.

O pensamento de Vince ter caído de cabeça e por isso o motivo dele ser assim, tão diferente, me fez rir. Mas logo uma dor tomou conta do meu peito. Saber que ele sofreu tanto, durante esse tempo... a ideia da queda não ficou tão engraçada. Ele não era um homem ruim, como dizia. Dava para ver que tinha amor ali, caso contrário, ele não teria esperado tanto tempo para se declarar. Os acasos do destino estavam sempre dando aquela dorzinha, nem que fosse pela dor.

— Você não vai tomar café? — perguntou uma voz macia e ao mesmo tempo imponente.

O meu sorriso se ampliou mais do que o necessário, por já saber quem era. Me levantei apressada, para abrir a porta para ele entrar.

— Já são 9h, Ana... — me censurou em um tom gentil, entrando no quarto e fechando a porta logo em seguida — você é tão linda, sabia? — segurou a minha cintura com uma das mãos, me puxando para ficar mais próxima a ele.

— Você não vai me beijar agora. Não escovei os dentes, pelo amor de Deus... — reclamei colocando a mão na minha boca, dando um jeito de me afastar dele.

— Mas eu não ligo...

— Eca! — resmunguei, correndo para dentro do banheiro e já começando a escovar os dentes.

— Eu ia falar que não me importo de dar um selinho... — falou chegando por trás e me abraçando, beijando o meu pescoço.

O reflexo no espelho era de um casal com anos de intimidade. Eu com o cabelo todo bagunçado, de pijama e a boca cheia de espuma da pasta de dente e ele... Bom, ele estava impecável, prestando mais atenção. O cabelo arrumado e ainda úmido do banho. Camisa preta dobrada até os cotovelos com um colete cinza por cima...

— Já tomou café... ? — perguntei depois de terminar de escovar os dentes.

— Não. Estava esperando ouvir você sair do quarto.

— Quem é você e o que fez com o Vince Castello que conheci? — o tom debochado da minha pergunta o fez rir. E Deus, como aquele sorriso derreteu meu coração. O conjunto da obra era até covardia de tão perfeito que era.

— Reencontrei a mulher certa pra minha vida.

Poxa, não bastava ser lindo, sincero – até demais –, tinha que ser romântico também?

— Preciso tomar banho.

— Quer que eu ajude a passar o sabonete? — e lá estava aquele sorriso novamente, o derreter coração e aquecer a alma, mas com um toque extra da safadeza.

— Não quero que você passe apenas o sabonete pelo meu corpo — quando se entra em um tipo de jogo deste nível, você apenas se joga no inferno e abraça o capeta.

— Não? — o timbre da sua voz mudou de macia a perigosamente sensual em segundos — então o que mais?

— Quero suas mãos sobre a minha pele, massageando cada centímetro — falei, já me virando para ficar de frente para ele.

— Estou vestido demais, não acha?

— Eu resolvo isso.

Olhando em seus olhos, desabotoei o colete e a camisa, jogando para longe, no canto do banheiro. Quando fiz menção de levar as minhas mãos até o cinto, ele as segurou sobre o seu abdômen. Sua pele era quente e ele tinha um cheiro tão bom. Me vi seguindo as linhas do contorno da sua musculatura, com as pontas dos dedos. A melhor parte foi ver ele arrepiar com o meu toque, a ponto de fechar os olhos para absorver a sensação.

— Se continuar assim, vou acabar comendo você em cima da pia... — disse quando voltou a olhar para mim.

— Então me faça sua.

Sem cerimônia, tirei o meu pijama e o joguei perto das roupas dele, ficando apenas de calcinha.

— Linda de todas as formas possíveis. Mas, quero mesmo tomar meu primeiro banho com você e foder gostoso... — explicou tirando a minha calcinha e ele o resto da sua roupa, me levando até o chuveiro.

Vince ligou-o, umedeceu a minha pele, pegou o sabonete e passou pelo meu corpo. Quando eu já estava ensaboada o suficiente, me entregou o sabonete para que eu fizesse o mesmo. Virei Vince de costas para mim, e comecei o trabalho árduo. Com as tatuagens mais vivas com o contato da água sobre sua pele, desliguei o chuveiro e dei início ao tour. Quando as costas já estavam limpas o suficiente, o virei de frente e a minha boca salivou com o que vi. Ele estava totalmente duro e com a respiração um pouco acelerada.

Depois de passar sabonete pelos seus braços, peito e abdômen, tomei coragem para domar umas das partes mais importantes do corpo dele: a jibóia. Não era que fosse enorme, mas era um tamanho considerado um pouco acima da média e grossinho o suficiente para me deixar feliz. Peguei com carinho entre minhas mãos ensaboadas e alisei para cima e para baixo, fazendo ele respirar fundo.

— Ana... — ele gemeu meu nome com tanta vontade e desejo, que tive que ligar o chuveiro para tirar toda a espuma dos nossos corpos.

— Camisinha...? — falei apressada, terminando o banho.

— Bolso esquerdo da calça.

Não pensei duas vezes, já estava pegando a sua calça do chão e tateando o bolso para pegar o segura espermatozoides.
Vince pegou o envelope da minha mão e reagiu a ponta usando o dente, segurou a ponta e desenrolou sobre aquela oitava maravilha do mundo.

— Venha, pule — abriu os braços para mim — monte em mim. Vou comer você contra parede.

Respirei fundo e pulei em cima dele. Ele, como se estivesse segurando uma pena, segurou por trás dos meus joelhos, me prensou contra parede e deu a primeira estocada e parou.

— Posso ser bruto ou posso ser carinhoso, mas nunca serei morno para você, Ana — falou ao pé do meu ouvido, me deixando louca e arrepiada com o jeito que o tom da sua voz saiu. E então deu início aos movimentos lentos. Vince entrava e saia de dentro de mim tão lentamente, que eu estava prestes a explodir. Os beijos que ele me dava, em conjunto com a sua performance, era diferente de tudo que eu já tivesse experimentado na vida.

— Vince... — eu implorava por mais dele.

— Agora vou ser um pouco mais bruto... — quando ele intensificou seus movimentos, dando estocadas mais profundas, me senti contrair e o meu corpo responder ao chamado do orgasmo — goza, Ana. Goza gemendo pelo meu nome...

— Droga, Vince... — meu orgasmo tomou proporções jamais sentidas — fode minha boceta...

Em seguido seus lábios estavam sobre meu, abafando o seu gemido, e quanto eu tentava recuperar o fôlego.

— Ainda não terminamos isso aqui... — ele disse, me colocando de pé no chão e saindo de dentro de mim.

— Não? — agora foi a minha vez de sorrir com malícia para ele.

— Ainda nem comecei. Quero devorar cada pedaço do seu corpo — falou segurando minha cabeça entre suas mãos, me beijando de leve na boca e se afastou um pouco para olhar nos meus olhos.

— Pouco tempo? — me referi ao período que passaríamos juntos.

— Insuficiente. Queria poder passar mais tempo aí seu lado... — desviou o olhar ao falar isso, já se afastando.

— Vamos fazer valer a pena cada segundo — o assegurei disso, segurando em seu braço para que ele parava de andar e se virasse para me encarar novamente.

— Sim. Cada segundo, cada minuto...

Mafioso Irresistível ( Em andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora