Capítulo 6
Quinze anos antes de tudo acontecer.
As lembranças de tudo o que aconteceu naquela tarde, em uma das muitas visitas de Franz Castello ao restaurante, voltou. Ele, como de costume, entrou no escritório com a minha mãe, mas naquela visita deixou um rapaz a sua espera, sentado em uma das mesas. Seu olhar estava perdido, até. Lembrei de como o achei lindo e imaginei os cinco filhos que teríamos juntos. A cor do seu olho era o que mais se destacava, com a luz do sol. Um castanho claro, quase cor de mel, me deixou encantada. Sem graça, segui em direção a sua mesa para saber se ele gostaria de beber algo, sabendo que as conversas de dona Inessa e o senhor Castello eram demoradas.
- Aceita um milkshake de morango? - minhas mãos suavam de tão nervosa que eu estava. O garoto que tinha os olhos mais lindos que já vi, me encarrou sem interesse.
- Não - respondeu de maneira seca.
- Então, que tal um suco de laranja? - sugeri um pouco mais animada.
- Você não vai sossegar enquanto eu não comer nada, não é? - suspirou entendendo a situação: eu iria vencer ele pelo cansaço. Lembro de ter sorrido de orelha a orelha, quando aceitou o suco.
Ele parecia ter uns dezessete anos, por aí. E mesmo com a cara fechada, era tão lindo. Corri para cozinha, preparei o suco de laranja e ainda coloquei uns biscoitos amanteigados para ele.
- Aqui está! - anunciei com um floreio desnecessário, fazendo ele esboçar um leve sorriso no canto da boca. E foi o suficiente para eu não me dar conta que estava sentando com ele à mesa também.
- Você vai esperar eu terminar meu suco? - perguntou intrigado, arqueando a sobrancelha para mim.
- Ah, me desculpe... - falei sem graça, percebendo a vergonha que eu estava passando. Porém, foi quando eu estava quase me levantando para sair da cadeira, que ele pegou a minha mão.
- Desculpa... Eu prometo não tocar em você novamente, sem a sua permissão. Mas por favor, fique aqui sentada comigo. - era dor que eu tinha sentido ao escutar aquele pedido.
- Tudo bem, eu fico... - sorri de forma calorosa.
- Qual é o seu nome? - ele quis saber, bebendo um pouco do seu suco logo em seguida.
- Ana. Ana Delmondes - depois que o respondi, ficamos em silêncio por alguns minutos. Queria quebrar o gelo, quem sabe mostrar a cozinha do restaurante - quer conhecer a cozinha? Posso te ensinar como se lava os pratos... - brinquei, tentando fazer ele me presentear novamente com aquele sorriso.
- Não fui educado para lavar pratos, Ana. Sou o futuro herdeiro de um grande império - não foi de forma esnobe que ele falou, no entanto, dava para perceber que ele já tinha tudo decorado em sua mente. Pensei como deveria ser triste não poder fazer outra coisa... Algo que se ama e nos faz feliz.
- Não falei... - de repente a porta do escritório se abriu, e logo o rapaz se pós de pé.
- Gostei de você, Ana - ele disse, me olhando de lado - um dia você... - no momento em que ele ia terminar a frase, o senhor Franz se aproximou dele. Dessa vez, ele não falou uma palavra para mim. Apenas assentiu e caminhou até a porta. O rapaz parecia a sua sombra, o acompanhando. Depois daquele dia, ele nunca mais apareceu com o senhor Franz no restaurante.
Assim que lembrei de tudo, meus pulmões ardiam tentando puxar o ar. Como eu havia me esquecido?! Passei um ano esperando pelo garoto dos olhos cor de mel. Todas as vezes que o pai dele entrava no restaurante, o meu coração quase saia pela boca, tamanha era a expectativa. E ali estava ele, bem na minha frente.
- Ana... - escutei a voz de Vince me chamando, fazendo em despertar para o momento atual da história.
- Agora lembro... - eu estava atônita. Eu busquei uma cadeira para eu me sentar, ou cairia de bunda no chão - lembro que você ia falar algo, antes de sair com o seu pai... Lembro de você falar que não iria me tocar sem a minha permissão. De que você não lavava pratos por ser um herdeiro... Do suco de laranja...
- E acabei quebrando todas as promessas... - o timbre a sua voz era mais calmo, quando percebeu que eu havia recordado.
- Promessas feitas por um adolescente, Vince... - argumentei, passando as pontas dos dedos nas têmporas, para tentar aliviar a pressão da dor de cabeça que já estava chegando.
- Um adolescente com muitas responsabilidades, onde a palavra dada deve ser cumprida. As promessas são algo sério, Ana. Até às que faço em pensamento - explicou já se aproximando mais de mim, ficando na minha frente.
- E que você ia me falar, antes de sair naquela tarde? - o encarei, descansando mais o corpo na cadeira.
- Que um dia você ia ser minha - o coração até congelou no instante em que ele terminou de falar.
- Não - foi o que saiu da minha boca. - Não vou ser sua.
- Vai sim... - falou se ajoelhando entre minhas pernas. Se o coração já tinha congelado, naquele momento, o Alasca havia se alojado no lugar. Quando dei por mim, suas mãos já estavam segurando a parte de baixo das minhas coxas, me puxando para ponta da cadeira e as abrindo descaradamente.
- O que você pensa que está fazendo? - eu não conseguia me mexer ou esboçar qualquer ação além de fazer aquela pergunta absurda. Abandonando as minhas coxas, Vince subiu as mãos deslizando-as pelas laterais, até chegar aos laços do biquíni e os puxou ao mesmo tempo. A parte da frente ficou pendurada e a minha boceta exposta.
Primeiro, ele se aproximou e cheirou. Depois, quase espremeu o rosto e por último, pegou minhas pernas, jogou por cima do ombro e lambeu do cu até o clitóris e eu gemi. Vince alternava entre lamber e chupar com calma. Parecia que estava saboreando cada pedacinho, e quando repetia o "cuceta", ele me fazia chegar ao limite. Era como se estivesse beijando a minha boca, mas me dando o prazer de ser a de baixo. Quando ele parou de chupar, até pensei que iria acabar alí mesmo. Mas foi só um breve pausa para ele me fazer segurar os joelhos e deixar o caminho mais livre para poder fazer o que bem quisesse.
E ele fez. Fez o que nunca tinha feito em mim na minha vida: chupou meu cu e a minha boceta como se o mundo fosse acabar. Eu nem estava me importando mais com a vida na terra, ou se iam escutar os meus pedidos de ser fodida... Quando já não aguentava mais, gozei na sua boca enquanto segurava o cabelo dele com força para ele não sair dali nunca mais.
- Acidez na medida certa... - disse quando a minha respiração desacelerou e eu o libertei - essa boceta é minha. O quanto antes você se convencer disso, melhor.
Eu até queria falar, mas o meu cérebro não estava funcionando muito bem. Na verdade, acho que tinha queimado alguma parte dele e eu estava precisando de um reparo urgente. Vi quando ele se levantou, me colocou em uma posição considerada descente e amarrou os lados do biquíni.
Porém antes dele sair, o pouco de neurônios que eu tinha, funcionaram e saiu uma pergunta.
- Ouvi seu pai no telefone a primeira vez, quando avisou que eu viria. Por quê você não me queria aqui, sendo que agora diz que vou ser sua?
- Eu não sou um homem bom, Ana. Queria você longe, mas parece que o destino não quer isso. Então, não vou ser contra. Aqui eu não sou um príncipe encantado... - disse isso sem olhar para mim, suspirou e continuou - Deus sabe que pedi para que você não conhecesse o meu outro lado. O lado negro - Vince não olhou para trás, apenas saiu e fechou a porta, me deixando sem saber o que fazer.
Eu não iria me apaixonar por ele. Não mesmo.
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Mafioso Irresistível ( Em andamento)
RomanceNÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 16 ANOS! (Contém cenas eróticas, linguagem explícita e violência). Ela já estava destinada. Sua vida era uma completa mentira até que o passado da sua família foi revelado. Ana sempre quis vivenciar algo diferente, al...