Capítulo 11

3.1K 294 9
                                    

Capítulo 11

Me vi imersa em seus olhos, já deitados. Passamos um bom tempo nos encarando, sem saber se o tempo estava passando ou não. Seu cheiro, o calor do seu corpo, a sua pele macia e suas mãos levemente ásperas, me deixavam louca por ele. Vince tinha um tipo de magnetismo que me puxava cada vez mais para perto. Se continuasse assim, em pouco tempo eu estaria completamente apaixonada por ele. O ruim de tudo era não ter qualquer tipo de alternativa, pois saber que o meu destino já estava traçado não me deixava nenhum pouco feliz. O que eu deveria fazer além de aproveitar cada instante ao lado dele?

— No que você está pensando? — ele perguntou acariciando de leve o meu rosto com as pontas dos dedos. O seu toque era tão bom, que a vontade que eu tinha era permanecer ali pelo tempo que fosse necessário.

— Em como o seu pai e a minha mãe vão encarar isso... — comecei a rir. A ironia da situação me fez refletir sobre o passado de dona Inessa.

— Os Castellos e essa mania de querer algo que é impossível — debochou se aproximando de mim, para beijar minha boca de leve.

— Que merda. Vocês não têm outra coisa para fazer? — devolvi o deboche me afastando um pouco, para poder olhar para aquele pedaço de mal caminho.

— Você tem um humor negro... eu gosto disso — ele sorriu.

— Eu sei que gosta.

Minha barriga resolveu que era o momento certo para lembrar que estava com fome, roncando alto o suficiente para me deixar constrangida.

— Vamos. Já devem estar se perguntando o motivo de você ainda não ter descido para tomar café... — Vince levantou da cama, enquanto falava. Apoiei minha cabeça na mão e aproveitei a visão. Cada musculo devidamente no lugar e uma bunda espetacular. Observei as tatuagens em uma das pernas, e quase tive uma convulsão quando ele se virou e sorriu, ainda nu, para olhando para mim — se dependesse de mim, eu passaria o dia castigando essa bocetinha gostosa, mas tenho que cuidar de uns assuntos.

— Isso quer dizer que você precisa sair? — meu coração foi parar na boca, de tão preocupada.

— Essa é a minha vida. Enquanto meu pai resolve as coisas com o seu, eu cuido para que as coisas não saiam dos trilhos por aqui... — explicou se aproximando da cama, depois de ter vestido a calça.

— O seu pai disse para o Salvatore ficar de olho em você, quando me deixou aqui...

— Salvatore é um merda. Mas eu sei que ele quis dizer com isso... — Vince estava irritado, pelo tom de voz dele. E não era pouco.

Eu entendia o fato dele estar irritado, afinal, ser controlado dentro da própria casa, não parecia nada fácil.

— Ficar de olho com relação a nós dois, correto?

— Isso. No entanto, não estou preocupado com o Salvatore me observando. Tenho outras preocupações...

— Eu fiquei pensando... — comecei a falar, me sentando na cama — tem certeza que o que aconteceu com você não foi uma emboscada ou coisa do tipo...

— Para quem não quer se meter na confusão que é a família mafiosa, você está se saindo muito bem.

— Não é o que eu quero, mas quem tá na chuva é para se molhar. E se eu estou nessa vida, tenho que ser mais esperta. E confio muito nos meus instintos...

— Por essa eu não esperava — segurou meu rosto entre suas mãos e me observou por uns segundos — além de linda, astuta. Desse jeito, vai ficar complicado eu não ficar mais caidinho por você...

Mafioso Irresistível ( Em andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora