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DIAS DEPOIS
JENN

- Jenn, filha, por que é que não vais passear? – ouvi o meu pai perguntar na cozinha.

Não respondi e minutos depois ele veio sentar-se ao meu lado no sofá.

- Não sais de casa desde que chegaste... Passa-se alguma coisa? – perguntou.

- Não, só não tenho nada para fazer e não me tem apetecido sair – respondi – Mas não te preocupes, logo à tarde vou sair.

- Ah sim?

- Sim, vou ter com os Union J e com a Caterina – menti.

Ele sorriu, feliz, e voltou para a cozinha. Tirei o telemóvel das calças e abri a caixa de mensagens da Caterina.

Olá! Que tal sairmos hoje? Podíamos ir sair com os rapazes, já há imenso tempo que não os vejo...

Minutos depois recebi uma resposta.

Eles vão estar o dia todo no estúdio, mas podemos ir lá ter com eles! Vou buscar-te às 15h. até logo!

Sorri e voltei a guardar o telemóvel no bolso. Tinha de começar a sair mais de casa para que os meus pais não começassem a estranhar o meu comportamento.

HORAS DEPOIS

Entrámos no edifício dos estúdios de gravação e a rececionista, ao ver a Caterina, indicou-nos de imediato o andar e a sala onde os Union J estavam.
A cada passo sentia-me mais nervosa com a ideia de reencontrar o George. Não sabia como agir com ele nem o que lhe dizer. Desde o nosso beijo que não voltámos a falar.
Assim que entrámos na sala onde eles estavam ficaram todos felizes por me ver e o Jaymi não hesitou em correr para mim de braços abertos. Não me largou por um bom bocado e rimos imenso. Quando me largou o JJ e o Josh também me vieram abraçar.

- Disse ao Olly que vinhas cá e ele está super contente, deve estar quase a chegar – informou o Jaymi.

- Okay! – respondi-lhe depois de cumprimentar o Josh.

Como já estava à espera, eles afastaram-se todos, para o estúdio e para a sala de controlo, deixando-me ali sozinha com o George.
Ele aproximou-se lentamente.

- Esperava que me dissesses que vinhas a Londres... - murmurou ele, olhando-me nos olhos.

Engoli em seco, sem saber o que lhe dizer – Desculpa... - gaguejei.

E, sem estar à espera, ele abraçou-me com força. Deixei-me envolver pelo abraço, sentindo uma estranha saudade. Mas a minha mente fugiu para o Luke e instintivamente desfiz aquele abraço, sorrindo depois, atrapalhada. Ele pareceu não reparar no meu estado de espírito e, no segundo a seguir, bateram à porta. O George foi abrir e do outro lado apareceu o Olly, que fez um mega sorriso quando me viu, vindo logo abraçar-me.
O George saiu do estúdio e segundos depois regressou com o Jaymi e a Caterina.
O resto da tarde foi passada sem grandes percalços. Assistimos aos ensaios da banda e só pensava em como todos evoluíram. O álbum que iam gravar iria ser maravilhoso!
Ao longo das horas fui falando com o Luke por mensagens, e as saudades dele apertavam cada vez mais. Há quase quinze dias que não estava com ele.
Ao fim da tarde, quando saímos do edifício, o George fez questão de me levar a casa. Pelo caminho não falámos quase nada e, quando ele parou à frente da casa dos meus pais, suspirei.

- Eu já percebi que se passa alguma coisa... - disse ele, fazendo o meu coração acelerar imenso – Sabes que me podes dizer seja o que for que se passa, não sabes?

Assenti com um aceno de cabeça e deixei-me ficar ali, paralisada. O meu subconsciente gritava-me para sair dali e ir para casa, e no entanto eu não fui capaz de me mexer.
Ele pegou na minha mão, na mão em que eu tinha a cicatriz. E viu-a. E olhou para mim com aquele olhar assustado e preocupado que me matou por dentro.

want you backOnde histórias criam vida. Descubra agora