Paula, as crianças e Kaysar, foram os primeiros a chegarem na mesa que havia sido reservada para eles no evento que acontecia no hotel.
- Não vejo a hora de ir embora- a morena resmungou com os olhos fechados logo soltando um longo suspiro.
- Mas aqui é tão legal, mamãe- Sofia disse a olhando.
- Eu sei, meu amor- sorriu e acariciou o rosto da pequena- É que eu já to com saudade da nossa casinha.
- Eu também, mas eu gosto de ficar com a Marcela- a frase fez o coração de Paula apertar.
- Amor, você sabe que isso não é de verdade, né?- falou com a voz suave- Nós não vamos poder conviver com ela depois que formos embora daqui.
- Eu sei- disse um pouco cabisbaixa.
- Finalmente!- Kaysar exclamou quando viu o casal se aproximando da mesa de mãos dadas- Achei que não iam vir.
- A gente acabou dormindo um pouco demais- Marcela se explicou sentando ao lado de Pedro, e Breno ao seu lado.
- Dormindo, sei...- disse malicioso.
- O que foi, pequena?- a loira perguntou preocupada vendo a expressão triste da menina.
- Nada- forçou um pequeno sorriso.
- Pode falar qualquer coisa pra mim. Eu prometo fazer tudo pra te ajudar- sorriu simpática.
Paula se sentia um pouco incomodada com a forma como a outra tentava ganhar seus filhos. Sabia que não era de forma maldosa, mas era estranho pra ela ver seus filhos confiando em uma pessoa que não fosse ela.
- Ela só tá cansadinha- a morena resolveu responder vendo que a menina não diria nada.
Breno observou estranhado, o clima estava pesadíssimo na mesa.
- Posso falar com você a sós?- disse para a secretária- Eu já volto- deu um selinho em Marcela e se levantou sendo acompanhado por Paula.
Eles se afastaram da mesa e foram andando pelo grande campo onde ocorria o evento.
- Tem algo errado?
- A minha paciência já tá esgotando, Breno. Eu já to no meu limite.
O loiro riu com a afirmação da mulher.
- Não vi graça nenhuma- cruzou os braços e parou o encarando séria.
- É que você adora usar essa frase pra mim, mas o seu limite nunca chega- pôs as mãos no bolso.
- Você tem sorte, muita sorte- semicerrou os olhos- No dia que minha paciência ultrapassar o limite, eu jogo toda sua verdade podre na menina, pego os meus filhos e vou embora. Aí eu quero ver como você vai se virar.
- Você sabe que eu não sobrevivo sem você- fez um bico com o lábio inferior- Então, se você quiser acabar com a minha vida, tá tudo bem, mas esteja lá no meu escritório na segunda-feira pra ouvir as minhas lamentações e me consolar com suas palavras duras, mas sinceras.
- Eu te odeio- suspirou enquanto ouvia o homem rir.
- Vai passar rápido, eu prometo- apertou o ombro dela com uma mão e só então reparou no vestido branco que ela vestia.
Era lindo e combinava com seu tom de pele, além de exibir aquelas lindas pernas que a mulher tinha.
- Eu espero mesmo.
- Paula?!- uma voz conhecida pela morena foi ouvida um pouco distante.
- Carolina?- sentiu-se à beira de um ataque de pânico quando olhou para sua esquerda e viu seu pior pesadelo com um largo sorriso no rosto a chamando com a mão.
Ela se aproximou fingindo felicidade com o encontro e abraçou a mulher ruiva.
- Que surpresa te ver por aqui!- a outra falou quando soltaram o abraço.
- Uma surpresa mesmo- forçou um sorriso.
- Deixa eu te apresentar- puxou um homem pela mão- Esse é o meu marido, Marcos.
- Olá, tudo bem?- o homem falou simpático e apertou a mão de Paula.
- E você? Como anda a vida?- antes que ela pudesse falar foi interrompida- Ficou sabendo da Rafaela? Casou, teve filhos e separou- fez uma expressão de pena- Tadinha, virou mãe solteira.
- É...- ficou sem palavras, mas decidiu que não se deixaria ser humilhada, não hoje- Bom, eu também quero te apresentar meu marido- chamou Breno com a mão e ele se aproximou lentamente- Esse é Breno Simões, um dos maiores arquitetos que tem lá em Goiânia- disse sorrindo enquanto passava o braço pelas costas do homem e sentia ele pegar em sua cintura.
- Oi, é um prazer- apertou a mão dos dois que estavam a frente.
- Breno, essa é a Carolina, aquela grande amiga do ensino médio que te contei- trocaram olhares cúmplices durante a fala dela.
- Quem diria, né? Nós duas casadas e felizes- a mulher sorriu- Você tá até ajeitada, nem parece aquela nerd dentuça do ensino médio- riu- Fico feliz que tenha ajeitado os dentes.
- Sim- foi a única coisa que ela conseguiu dizer- Foi um prazer rever você e te conhecer- apontou para Marcos- Mas a gente tem que ir, as crianças estão nos esperando.
- Vocês tem filhos?- a ruiva questionou.
- Sim, estávamos ansiosos pra procriar-Breno falou e Paula se segurou fortemente para não revirar os olhos.
Eles se despediram e então se afastaram do outro casal.
- É tão bom saber que agora não sou só eu que to dependendo de você- ele falou rindo.
- Você gosta, né?- suspirou.
- Ela não em pareceu tão ruim.
- Porque é uma cobra que sabe enganar homens trouxas como você- ainda se sentia um pouco alterada pelo misto de sentimentos que estava sentindo, não apenas em relação ao reencontro com sua animiga do ensino médio.
- Eu adoro o jeito como você me elogia, faz minha autoestima ir lá encima- disse irônico, mas humorado.
- Seu ego já é inflado por si só- ela parou ele antes de se aproximarem da mesa- Agora nós estamos quites. Você vai em cobrir nessa com a Carolina e não tem a opção de dizer que não.
- Eu jamais diria que não- sorriu irônico- É bom ter você na minha mão pelo menos uma vez na vida.
- Não se esqueça que você tá mais na minha mão ainda, aliás, você tá nas duas mãos. Uma palma e eu te esmago- ameaçou.
- É muito bom ter uma cúmplice de crime igual você- riu voltando a caminhar.
- Maldita hora que eu aceitei essa proposta- ela seguia resmungando enquanto andava atrás dele.
- Não precisa fingir, Paulinha, eu sei que você adora ser minha mulher mesmo que seja de mentirinha- provocou fazendo a mulher parar por uns segundos. Logo retomou a caminhada preparada para rebater, mas chegaram na mesa antes que isso acontecesse.
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Fake Wife
FanfictionBreno era um arquiteto que adorava se aventurar com a mulherada nas noites, e se utilizava de uma antiga aliança de casamento para conquistar seus alvos, até que um dia ele acaba se encantando e tem que inventar uma família que não existe, fazendo s...