Fake Wife

Capítulo 50

- Mor, onde que você tá?- Breno perguntou para a morena por ligação.

- To a caminho, Breno, para de ser apressado- informou- E eu to dirigindo então se era só isso, eu vou desligar- definitivamente a gravidez havia a deixado mais brava.

- Dirige com cuidado, estamos te esperando.

- Tchau- dito isso ela desligou o celular e revirou os olhos.

- Ela desligou na sua cara de novo?- Gustavo perguntou em um tom divertido.

- Sim- o loiro suspirou.

- Relaxa, cara, quando o bebê nascer passa... ou não- riu da expressão assustada do cunhado.

- Para de assustar ele, amor- Bruna o repreendeu.

Estavam em um restaurante reunidos comemorando o aniversário de casamento de Maria Olívia e Sérgio, mas Paula ainda não havia chego pois ficou até mais tarde no trabalho e acabou tendo que ir direto do local.

- Pai, a gente tá com fome- Pedro resmungou.

- Eu sei, filho, daqui a pouco a mãe de vocês já tá chegando- o moreno respondeu acariciando os fios castanhos do menino.

A porta do restaurante se abriu e Paula apareceu. Sua expressão brava se desfez para falar com o atendente, mas quando ele apontou para a mesa, ela voltou. Caminhou em direção a mesa sob o olhar encantado de Breno. Amava aquela mulher mais que tudo e vê-la com aquela barriguinha que carregava seu filho era a melhor visão do mundo. Definitivamente sua noiva era a mulher mais linda de todas.

Sim, sua noiva. Em meio a uma discussão sobre o enxoval do bebê, Paula acabou se irritando e pedindo o homem em casamento com a seguinte frase "eu juro que se você parar de falar eu caso com você quando você quiser. O que acha?" e ele concordou. Não havia mais sido tocado nesse assunto e nem havia aliança, mas ele se sentia noivo da mulher mais incrível- e agora irritada- que conhecia.

- Olá, gente, desculpem a demora!- cumprimentou os sogros os parabenizando e beijou o rosto de cada um dos filhos se sentando entre eles e de frente para Breno- Você já entregou o presente, amor?- a voz estava calma apesar do olhar.

- Na verdade eu acabei esquecendo- forçou um sorriso e Bruna e Gustavo se seguraram para não rir.

- Eu juro que entrego outro dia- se dirigiu para os sogros.

- Não se preocupe, minha filha- Maria Olívia sorriu- E como tá esse bebê?

- Agitado- sorriu e pôs a mão na barriga- É o mais agitado dos três.

- Filho do Breno, já tá ligado no 220 desde a barriga- Bruna brincou.

- Mor, já não tá na hora de você parar de trabalhar não?- Breno questionou a namorada.

- Ainda to em condições de trabalhar. To só com cinco meses e a barriga nem é tão grande- deu de ombros.

- Falta só quatro meses pra ele nascer?- arregalou os olhos.

Apesar de saber os meses que seu filho estava- sim, era um menininho que o casal estava esperando- não havia feito as contas de quanto faltava para ele nascer.

- Uma eternidade- Paula rebateu.

- Já decidiram o nome?- Gustavo perguntou.

- O Breno quer nome composto- ela revirou os olhos.

- Sim, quero poder chamar pelos dois nomes quando estiver bravo, que nem faço com a Paula Carolina- fez uma expressão brava.

- Coitado- a morena riu- A gente cogitou Luiz Miguel, em homenagem ao meu pai, mas nós só chamaríamos de Miguel.

- Sem ofensa, pai, mas não dá pra por Sérgio em um bebê- Breno falou para o pai e o mesmo riu.

- Não se preocupa com isso não. Vou amar mesmo sem ter meu nome- brincou.

- Eu acho um bom nome. Forte e cabe bem tanto pra criança quanto pra adulto- MO opinou- Já to ansiosa pra ver a carinha dele. Certeza que vai ser a coisa mais linda desse mundo.

- Ansiosos pro primeiro neto?- Gustavo perguntou para os sogros.

- Primeiro? Nós já temos dois- Maria Olívia rebateu apontando para os dois pequenos que estavam ao lado de Paula.

- A professora falou na minha escola que bebês só choram e fazem coco. É verdade, mamãe?- Sofia olhou para a morena.

- Claro que não. Eles mamam também- riu da expressão assustada da menina- Você também já foi assim.

- E ele vai ser desse tamanho?- pegou um amendoim que estava encima da mesa como demonstração.

- Ele já passou dessa fase, Sofi- Gustavo quem respondeu.

O jantar seguiu de maneira harmoniosa. Todos conversavam e riam como a grande família que formavam.

- Será que Luiz Miguel é o nome perfeito, mor?- Breno estava deitado de bruços entre as pernas da noiva com o rosto na altura de sua barriga- Você escolheu o nome dos pequenos antes de eles nascerem?

- Nós tínhamos opções, mas só foi escolhido mesmo quando vimos a carinha deles- ela acariciava os fios loiros dele- Acho que vai ser assim de novo.

- Luiz Miguel, Luiz Henrique, João Lucas...

- Você já tá indo lindo demais, amor- riu apesar de ter gostado dos dois primeiros- A gente vai ter tempo pra pensar em outra opção caso Luiz Miguel não seja a escolhida.

- Certeza absoluta que a Bruna vai mandar fazer um ursinho ou algo assim com o nome bordado, é a cara dela essas coisas.

- Qualquer coisa a gente finge que é o nome do urso- solucionou o problema.

- Viu, filho? É por esse motivo que ninguém que trabalhou com o papai chegou aos pés da sua mamãe. Ela sempre resolve tudo como se nem fosse um problema. É a mulher mais incrível que eu conheço- falava para seu filho dentro da barriga- O papai ia amar se ela voltasse a trabalhar com a gente, aí quando acabasse a licença, você não ia precisar ficar em creche.

- Apelando pata o filho? Que coisa feia, Breno- brincou com os olhos semicerrados.

- Eu sei que o Antônio deve amar te ter como assistente, mas o escritório seria a nossa segunda casa, mor. Aquele lugar já era de nós dois antes mesmo de nos assumirmos qualquer compromisso um com o outro- fez cara de cachorrinho pidão.

- Posso pensar sobre?- definitivamente aquilo era um avanço.

- Claro- sorriu- Bom trabalho, filho- sussurrou arrancando risadas da namorada.

Tudo que o loiro mais queria era que a noiva voltasse a trabalhar em seu escritório. Não apenas por sua agilidade, facilidade com resolução de problemas e incrível capacidade de manter tudo sob controle, mas porque ele queria voltar a ver aquele sorriso em cada intervalo e passar mais tempo ainda com ela.

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