Capítulo 53(final)

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  - Fala 'mamãe'- Paula incentivou o filho enquanto a cabeleireira fazia o seu cabelo.

  - An?- o menino balbuciou a olhando.

  Ele estava em pé com uma pequena bola em mãos. Mesmo com apenas um ano de idade já demonstrava a sua grande paixão pelo futebol, e isso que Breno nem o incentivava muito a gostar do esporte.

  - Mamãe, filho, não é tão difícil- fez um bico e o menino riu, jogando a bola no chão e chutando a mesma- É, acho que não vai rolar- riu observando o pequeno distraído com a bola.

  - Mas é normal, Paulinha, tem que crianças que demoram mais mesmo- Maria Olívia confortou a nora enquanto a manicure pintava suas unhas.

  - Ele fala bolo, bola, papa, vovô, vovó, tio, fala até sábado, mas mamãe não sai de jeito nenhum- constatou.

  - Lembra do Pedro, filha?- Kelly falou rindo ao lembrar das primeiras palavras do neto- Pelo menos a primeira palavra do Miguel foi bola.

  - Mas ele me chama de teta- revirou os olhos- Esse menino acha que eu sou só uma vaca fonte de leite pra ele- falava em um tom divertido.

  Ela não se ofendia com isso, mas achava muito engraçado o fato do pequeno não falar a palavra "mamãe".

  - Eu juro que eu tento, mãe. Todos os dias eu fico repetindo 'mamãe' pra ele, mas ele só ri da minha cara e sai chutando tudo o que vê pela frente- Sofia constatou balançando as pernas já que a cadeira a deixava com as pernas no ar.

  - Obrigada, filha- mandou um beijo no ar para a menina.

  - Tá nervosa, Paulinha?- Bruna perguntou para a cunhada enquanto sentia as mãos do cabeleireiro em seu cabelo.

  - Um pouco. Já passei por isso, mas mesmo assim não to livre das borboletas no estômago- sorriu- O Breno que deve estar uma pilha de nervos.

  - Aquele já nasceu nervoso e ansioso, minha filha- MO falou- Coitado do Gustavo que deve estar tentando controlar ele, porque o Sérgio já acordou chorando e vai passar o dia assim- disse arrancando risada das demais pessoas, até mesmo de Miguel que, apesar de não entender o que estava acontecendo, acompanhou-os.

  - O Luiz não tá diferente- Kelly constatou- No primeiro casamento dela ele até conseguiu se conter, mas agora, depois dos netos, virou uma manteiga derretida. Já me mandou três mensagens perguntando da Paula.

  - Não se enganem, o único que deve estar controlado naquele quarto é o Pedro, porque o Gustavo... Ele chora até em casamento de novela- a frase de Bruna gerou mais risadas no quarto.

  - É verdade. Ele até desmaiou no nascimento do Pedro e eu tive uma crise de riso durante o parto. Foi um terror- Paula contou.

  Elas seguiram conversando enquanto se arrumavam para o casamento. Sim, havia chego o dia do casamento de Paula e Breno, depois de poucos meses planejando— os meses mais intensos de suas vidas— finalmente havia chego o grande dia. Por mais que já levassem a vida de casados, aquilo era um passo muito importante para ambos já que vinham de famílias tradicionais e o casamento era essencial.









  - Por que a gente tá aqui há tanto tempo?- Pedro perguntou entediado. Já estava quase cansando de jogar em seu celular.

  - Porque tem a tradição de noivo não ver a noiva antes do casamento- Gustavo explicou dando um beijo nos cabelos do menino- Então sua mãe tem que se arrumar no outro quarto e nós nesse.

  - Por que a gente veio pra um hotel? Nossa casa é grande o suficiente pra nos arrumarmos.

  - Por que a igreja é aqui do lado e você sabe bem que a festa vai ser no salão do hotel- Breno se olhava no espelho analisando o trabalho do barbeiro que o ajeitava.

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