Capítulo 26

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  Paula estava sentada na mesa juntamente com Antônio. Seus filhos apenas ficaram na mesa por pouquíssimos minutos, o suficiente para serem apresentados para o homem e se alimentarem, mas logo já estavam de volta com a criançada.

  - Por que o seu pai não veio?- perguntou após limpar sua boca com o guardanapo.

  - Ele já é um homem de idade, não consegue mais acompanhar o "ritmo da juventude", como ele mesmo diz- fez aspas com os dedos.

  - Quem diria que você ia acabar virando a minha companhia nesse aniversário- deu uma risadinha e bebeu um gole de sua cerveja.

  - Pelo visto nós somos os dois excluídos- deu uma olhada em volta da festa vendo as pessoas interagindo- Eu estava na mesa com os outros clientes do Breno, mas o papo deles era chato demais pra mim- revirou os olhos.

  - Eu achava que você era mais sério do que tá demonstrando nesse momento- a morena sorriu- Está sendo uma grata surpresa desfrutar da sua companhia- ergueu o copo e ele fez o mesmo, como se brindassem ao momento.

  - É, eu também tinha outra visão de você, mesmo depois dos nossos inúmeros almoços- sorriu de lado.

  - Bebidas alcoólicas me deixam mais simpática- forçou um sorriso enquanto o homem ria.

  - Pois aproveitemos o momento- bebeu um gole de seu whisky- Eu vou ir ao banheiro rapidinho. Daqui a pouco volto para a mesa dos isolados- se levantou e foi em direção ao banheiro.

  Muitas pessoas que estavam na festa estavam especulando sobre a aproximação dos dois, levando em consideração que não haviam se separado desde que a morena chegara. Breno, que observava com um certo incômodo de longe, ao ver o afastamento do outro loiro, resolveu se aproximar da amiga.

  - Achei que ele não ia mais sair do seu pé- brincou se sentando na cadeira ao lado dela e chamando sua atenção.

  - Se não fosse ele eu estaria abandonada já que meus filhos me trocaram por crianças- brincou.

  - Por que não sentou lá na nossa mesa? Tinha lugar reservado pra você e para as crianças. Meus pais me falaram que tentaram te convidar, mas você preferiu sentar aqui- observava o fato de ela não ter olhado em seus olhos um segundo sequer ainda.

  - Não queria atrapalhar o momento de família, desculpe- deu um pequeno sorriso.

  - Você é praticamente da família, Paulinha. Já disse que você é a pessoa que eu mais confio nesse mundo, consequentemente, a minha melhor amiga- a frase fez ela soltar um riso sem humor.

  - Certo- bebeu um gole da cerveja- Sua namorada tá te chamando- apontou para a mulher que olhava na direção deles.

  - Você vai continuar estranha comigo? É meu aniversário- ele ignorou a fala anterior e fez um bico a olhando.

  - Eu não estou estranha com você- se deu por vencida e olhou nos olhos dele- Tá tudo bem, eu juro- deu o melhor sorriso que conseguia naquele momento.

  - Então promete que vai encher a cara comigo?- levantou seu dedo polegar esperando ela juntar o dela.

  - Eu não posso ficar bêbada, meus filhos estão aqui- deu um tapa na mão dele.

  - Minha mãe ama essas crianças, eu vou falar pra ela tomar conta deles.

  - Não, não vou dar trabalho à toa pra sua mãe.

  - Você tá me devendo isso! Chegou atrasada na minha festa- fez bico novamente- Me senti sem importância na sua vida.

  - Uma pena isso- tentou dar uma risada- Eu vou tentar me divertir ao máximo, eu prometo.

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